segunda-feira, 29 de setembro de 2014

se escondem de mim.

Nada, coisa nenhuma...
Nem dor, nem ódio, nem desejo, nem amor...
Sei que, não trata-se simplesmente de uma desistência.
Talvez, tenham sido de alguma forma, apagados os meus sentimentos...
E o que eu tenho agora, é como uma espécie de limbo,
um espaço ainda não preenchido, pelas minhas razões e esperanças...
Estas, às quais acho que mesmo timidamente, também cansadas
e envergonhadas, por causa de seus enganos, se escondem de mim.
ralleirias

A arte, antes de mais nada é expressão de vida

A arte, antes de mais nada é expressão de vida,
requinte da inteligência, e sinal da transcendência
rumo à um mundo de melhores possibilidades.
Todo artista, ainda que insuspeitamente, é um herói...
ralleirias

 TURF FEINZ RIP RichD Dancing in the Rain Oakland Street 


 YAK FILMS

sábado, 27 de setembro de 2014

Dementes catedráticos

Falava e escrevia, 'errado'.
mas, pensava muito certo...
Tinha o dom de conhecer 'além'
E era sabiamente esperto também...

No entanto, para aqueles de ouvidos críticos,
sedentos pelo ideal da expressão culta,
e presos em floreios analíticos...
'Só' sabedoria... não indulta.

O excludente esmero gramático,
matava preciosidades durante sua audição,
justamente pelo preciosismo de tom enfático...
E, sem estas pérolas, contemplar-lhes a razão ...

A norma culta,  fazia-lhes desserviços então...
Ocupando suas mentes, com o desentendimento...
Tornava-os radicais, por muito dramáticos, e tão,
tão espertos... Eram mestres jumentos, dementes, catedráticos.
ralleirias (Das lutas de classe)


Todos os dias

Todos os dias,
esqueço um pouco quem eu sou.

Cada vez menos,
restam memórias e sentimentos.

Desejos, razões e histórias...

O que foi quê... como ente, me formou?

Onde ficam e ficavam,
estas lembranças
de cada um destes momentos?

Quando fui frágil, pobre,
belo, nobre, forte...
Qual foi meu sul, e o meu norte?

O tempo?
Não, não foi o tempo
o que tudo me deu ou tomou...

Não foi a lógica, que em novas razões
dissolveu-se e assim, mudou...

Minhas paixões, o meu grande amor...
Ela? Quem ela foi?

Já desconheço, portanto,
assim não às mereço?

Somos o enquanto?

Minhas conquistas,
que foram muitas...
não sei, foram quais?

Isto não me causa espanto,
e sem menos e nem mais...
o mundo, contudo,
permanecerá o mesmo,
sem mim...
Até o meu, e depois,
o seu fim...
E parece que pouco importa
olharmos para trás...
ralleirias (Das mortes não morridas)


Imagem: Untitled -© I O A N N I S • N I K I F O R A K I S

Afronta ao inesperado

O legado de nossa cultura, tradições e costumes,
pode nos dar algumas vantagens, nestes enfrentamentos
aos desafios, com os quais nos depararmos em nossas
caminhadas pela vida, ... sim, pode.

Mas, às vezes nos limitam e mesmo, nos encarceram
brutalmente em nossas percepções. Excluem todo o resto.
Assim, o desconhecido, pode provocar em nós, os
maiores temores e transformar-se num grande desafio...

E na medida em que avancemos e eles se apresentem, daí,
como uma realidade, nossa única opção será enfrenta-los,
mesmo que estejamos contudo, efetivamente despreparados...

Mas, justamente assim, eles surpreendentemente nos colocarão
em situações e lugares, os quis jamais imaginaríamos...e então,
eis que estamos ainda, naquela mesma situação e no mesmo lugar...
No 'desconhecido'... mas agora, navegando com velas plenas e cheias...

Assim, neste mesmo lugar, também torna-se o inesperado uma força
de propulsão, emanada desta energia relacionada ao desconhecido...
Desta forma, nos tornamos obrigatoriamente os criadores e inventores
de nossos destinos, rasgando este limbo confuso e fugaz das certezas,
das quebras das certezas, das incertezas e dos enganos...

É uma experimentação rara, onde seremos nós, uma afronta ao
inesperado, mas, num amalgamento com este pretenso algoz, e
com ele emaranhados, através da invenção.
Assim o desconhecido e a incerteza, se tornam agora, os motores de
nossas vidas e de nossa redenção, habilitando-nos à pesar de tudo,
para construirmos, nossos novos mundos, como numa entropia...
ralleirias




sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Quem sabe, os gatos consigam antever múltiplas realidades?

Quem sabe, os gatos consigam antever múltiplas realidades?
O desencadeamento e as sincronias possíveis à partir de cada
tomada de decisão, a cada instante novos desdobramentos....
E então, consigam arranjar o futuro de forma mais tranquila,
mudando de decisão, evitando possibilidades não tranquilas ao máximo...
Assim seriam então, estas atitudes, apenas verificação das 'pré' singularidades...
Ou... meros testes dos poderes de convencimento e manipulação?
Seres esnobes? Não..!
Mas, quem sabe?


pode ser apenas uma escolha...

Se você sente que pode ser mais consciente,
esta é uma boa indicação de que está ainda aqui,
capaz de ser mais lúcido, mais vivo, de que tem
ainda uma certa autonomia...
E pode ainda, tomar decisões que lhe incluam
numa outra história, fora destas estórias que
planejaram ter um 'você' como mero coadjuvante...
Não trata-se de apenas revolta, não é uma fuga
contra todos os enganos.
Para resgatar a construção legítima de seu real mundo,
basta um acordar, pode ser apenas uma 'escolha'...
ralleirias

 Zeitgeist 

A Vida é a Escolha entre Amor ou Medo 

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Apenas o que restará...

O planeta, parece estar está morrendo em silêncio.
'Um bom cabrito não berra', não é assim?
Há tantas informações e desinformações acontecendo junto com isto.
Muito barulho, muita conversa, e ações aparentemente de pouco exito,
para impedir ou mudar este muito provável rumo, ao silêncio absoluto
que se fará. Talvez este silêncio, depois da morte do planeta e de tudo,
seja apenas o que restará.
ralleirias


irresistível e indestrutível.

Tudo muda, absolutamente.
E isto acontece, para cada coisa,
em velocidades diferentes...

Ao observador, suas próprias certezas
são matrizes de seus enganos...
Então para fixa-las, um pouco mais, eis que
surgimos assim, como parte dos arcanos.

Portanto, se olhássemos de fora de nós
e de nossos intrincados mundos
talvez, diluiriam-se todos os mistérios...
e mesmo, os mais profundos...

Mas, no entanto, há antes de todas estas instâncias
fragilmente construídas, uma soberana e única resiliência
da qual, todas as coisas do multiverso, guardam nenhuma distância.
E ela opera, com simples e poderosa inteligência...

Não é como uma entidade,
não representa nenhuma vontade,
compartilha espaço, sem estar
e assim, há em toda parte, mas também, em nenhum lugar...
Não se trata de divindade, suas identidades mais próximas
são algo como a impermanência e a liberdade...

Enquanto tudo acontecer, isto permanece, sem perecer.
Quando nada mais existir, isto resiste, sem desistir.
Em todos os espectros,  de tudo que há
do mais denso concreto ao inefável e intangível
sempre e somente será então o silêncio
a única referência irresistível e indestrutível.
ralleirias



V2-
 Não se trata de divindade,
suas identidades mais próximas
são algo como a impermanência
e a liberdade...E não é como uma entidade,
não representa nenhuma vontade,
compartilha espaço, sem estar
e assim, há em toda parte,
mas também, em nenhum lugar...
... se olhássemos de fora de nós
e de nossos intrincados mundos
talvez, assim diluiriam-se todos os mistérios
e mesmo, os mais profundos...
há antes de todas estas instâncias
fragilmente construídas,
uma soberana e única resiliência
da qual, todas as coisas do 'multiverso',
guardam dela nenhuma distância existida.
E ela opera, com simples e poderosa inteligência...
Enquanto tudo acontecer, isto permanece, sem perecer.
Quando nada mais existir, isto resiste, sem desistir.
Em todos os espectros, de tudo que há
do mais denso concreto ao inefável e intangível
sempre e somente será então o silêncio
a única referência irresistível e indestrutível.
ralleirias

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Moeda sentimental...

Há esta intuição, sobre uma espécie de moeda sentimental,
e muitos creem que ela existe e acham mesmo que à utilizam
cotidianamente...
No fundo, parece mais uma ilusão que envolve desejo e mito.
No entanto, os estragos que este conceito faz, são bem reais...
Amores baseados em trocas, são bastante complicados,
e se ainda, elas não forem espontâneas, é bem possível que
estejam então,  fadados ao fracasso...
Neste campo, talvez apenas os investimentos à fundo perdido,
é que possuem alguma chance real de 'retorno'...
ralleirias


Mesmo as memórias, podem ser meras fantasias

Mesmo as memórias,
podem ser meras fantasias
sobre um mundo de ficção
onde, não há tais instâncias,
ou são elas, vazias...

E às vezes, vamos tateando,
num limbo, que é imensidão...
assim é breu escuro o passado...
insistindo em nos mentir,
pra apaziguar nossa solidão
com versões de velhos legados
que teima em construir...

E sofremos...
Entre significâncias
que são apenas desejos
daquilo em que nós cremos...

Na prática e na maioria,
são um misto de pouca história,
e menos ainda lembranças...
Quase todas, são assim, fantasias
dos desejos de glórias sobre
 heroísmos e esperanças...
ralleirias



Nada é planejado, mas acho, que há um caos orquestrado...

Entre uma batida e outra
de todos os corações da terra, está ali.
Na grama, que quando seca,
encolhe numa forma de caracol... também.
Nesta forma enrolada de qualquer espiral...
E na cristalização, no um, dois, três, cinco, oito, treze....
Esta força, esbarra em nossas ignorâncias
e faz delas, potencial... E cria bem, e cria mal.
Sempre e constantemente impregnando,
permeando, dissolvendo e fermentando,
e mesmo, degradando... num pulso continuado...
No entrelaçar quântico, matriz da incerteza e vontade,
as gêneses de desejo e lembrança, planejam esculhambar
com todas as esperanças... estrutura-se então a realidade.
Assim, o inicio é fim, que é início... e é fim...
Nada é planejado, mas acho, que há um caos orquestrado...
ralleirias

terça-feira, 23 de setembro de 2014

As palavras, brincam de ciranda, nas gêneses das novas vontades...

As palavras, brincam de ciranda, nas gêneses das novas vontades...
Lá, elas se conhecem e assim, firmam suas amizades.
De mãos dadas, a admiração brinca com a beleza...
A alegria, pula corda com a graça... é diversão com certeza...
O carinho e o desejo, sobem e descem numa gangorra...
O ódio e o medo, 'fazem de conta', numa fictícia masmorra...
A inspiração, lhes cuida na hora deste divertido recreio,
e lhes atiça a imaginação, com o sim e com o não
usando-os como acelerador e freio...

Logo, já empreendem idéias mais sérias
tecem algo, que são como 'teias'...
às vezes, reeditam ilusões outrora velhas
outras vezes, injetam novos ânimos em antigas veias...
Mas, toda palavra deixa pegadas...
uma pista fugaz marcada
são elas, como os rastros na areia...
ralleirias -fragmento
(num jardim de infância das palavras)






segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Ele nos vence, e nos move, sem nem mesmo, precisar nos convencer.

Outras chances? Outras vidas?
Pouco provável...
A estupidez desmedida
é como a gravidade.
Infalível, só que, lamentável...
E nem carece de insanidade,
pois o ódio, é mesmo muito maleável.
Não devemos esquecer...
Ele nos vence, e nos move,
sem nem mesmo, precisar nos convencer.
ralleirias


pra tentarmos outra vez...

Estou sempre lá também.
Onde o humano é possível,
e a humanidade transcende o incrível
em doações e dádivas
em força e luta, pela bondade.
Que nunca nos falte ânimo
para vencer nossa própria estupidez
e nossa desmedida truculência...
e haja sempre paciência
pra tentarmos outra vez...
ralleirias

Como se toca o céu à partir do chão?

Como se toca o céu à partir do chão?
Nossos átomos que estavam agora à pouco
(em tempo cósmico) pulsando num quasar
agora sem cor, sem cheiro, sem brilho,(!?)
no nosso DNA, sugerem estes devaneios...
Se toca, com a imaginação...
Mesmo que o céu, seja já no primeiro
centímetro à partir do chão.
ralleirias

imagem

capacidades plásticas

Um bem estar.
Um 'não incômodo'.
Um desconforto, que é conceito.
Um desejo, que é construção...
Um erro, que não é defeito.

O que a alma sabe sobre suportar
suas capacidades plásticas?
O quanto lhe custa ser?

Como água...
Congelada, evaporada
como ela é, sem ser?
Tudo e nada, fluida
ressurgida, pressurizada?

Magicamente, não 'há', sem 'haver'...
Será? Agora, só posso crer...
O que somos, ainda está à carregar
aquilo que queremos vir a ser.
ralleirias


Foi a minha imensa felicidade ao morrer...

O que realmente me surpreendeu?
Foi a minha imensa felicidade ao morrer...
Sem sentimentos de perda, nem medo, ou pavor.
Mais ou menos, como quando morremos em um papel
que ocupamos em nossas vidas...
E, ser assim, um 'ex-alguma coisa' não desejada,
pode ser mesmo muito libertador...
(embora, de imediato, nem sempre percebamos).
E me fui, sem toda aquela mística exotérica,
contudo sim,  aconteceu como na percepção aristotélica...
Eu tinha mesmo uma alma, e ela, era igual a eu,
mas, muito mais abrangente.
Não era presa necessariamente, em apenas 'ser gente',
era conceito provável, era mesmo o imponderável,
loucura, imensidão, ternura e sim, mais que tudo... pura paixão.
Aliás, agora eu acho, que é a paixão, o que provavelmente nos faz,
partindo desta energia, realizar esta transformação para um ente humano.
E que às vezes, confunde felicidade, com a alegria,
ano após ano, vive um engano, até o fim de seus dias...
ralleirias - fragmento.




Complexidades existem...

Complexidades existem.
Mas todas, sem exceção,
passam antes pelo olhar,
contudo, antes ainda
fazem-se na compreensão ...
As complexidades,
existem mesmo
sem a sua percepção?
ralleirias



Imagem: The Dark Side of the Psychedelic Freaks

Num bardo eterno de ser e não ser.

Atravessamos todos
os dias e noites 
incontáveis mundos.
Camadas e véus de
realidades subjetivas...

Grosseiras, sutis e secretas...
Magicamente no fundo de 
um abismo, em meio ao 
real espaço e tempo 
numa queda sem fim, 
mesmo acordados
nós ainda sonhamos...

Somos, fomos e seremos
este mesmo ente não permanente 
que assim sempre e nunca existiu... 
mas pulsa persistente..
.no que viu e no que não viu...
E no mesmo silêncio, em que nos
encontrávamos antes de um nascer.
Num bardo eterno, de ser e não ser.
ralleirias - das asceses místicas


domingo, 21 de setembro de 2014

Ragnarök ....

De onde chegaram, as decisões que conduziram
sua vida, até onde ela está neste momento?

Você tem certeza de que as decisões que você toma são suas?
De onde vem suas certezas?

Há algum contexto social abstrato, que sustenta a integralidade
de seu mundo?  E estes valores que definem o que é, e o que
não é integralidade, tem validação em que contexto?

Você é opressor e ou oprimido? Em que instâncias? Tem certeza?

Sua contribuição para manter este contexto é relevante?
Quem é você, em relação aos diferentes círculos sociais
que você frequenta?

Você dá quorum para o poder de alguém?
Estes entes lhe dão poderes também?

E estes poderes lhe fazem bem? De verdade?
Lhe fazem refém de algum grupo de poder, em alguma instância?

Há estruturas na sua realidade, talvez possivelmente artificiais e que
sejam  sustentadas, apenas no seu grupo social?

Seu mundo 'particular', onde você passa a maior parte do tempo,
integra um universo de estrutura formal ou natural?

As pessoas que você ama já foram reféns do seu afeto,
e você o foi do delas?

Sabe reconhecer, estruturas violentas na sua forma de se expressar
e se comunicar? Elas são opcionais? São recíprocas?

Suas estruturas de pensamento, são ainda validadas por suas crenças?

Já examinou a base real de suas crenças?
Elas estão atreladas a estabilização de algum grupo social
afastado do seu? Mesmo?

Obter sua felicidade, está cada vez mais simples ou complicado?

O que restará de real, quando você deixar de existir, e isto
vale alguma coisa? Para quem? Por quanto tempo?

Dos, aproximadamente sete bilhões de humanos que existem hoje,
quantos acreditam que você existe? E que você é significante?

Quantos parecem lhe amar, ou depender socialmente ou
emocionalmente de você?

Quem dá quorum para sua existência neste exato momento,
em seu papel social e mesmo... real?

Você é invisível, para qual percentual da população do planeta?
E do seu país? Do seu estado? E da sua comunidade local?

Já percebeu, que o investimento que você faz nas pessoas e coisas
que ama, não tem base monetária, e são 'à fundo perdido', e que isso
não se encaixa, nos fundamentos econômicos que dizem ser,
a 'base do mundo moderno'?

Você é importante para as pessoas que estão próximas de você, e na
prática, são elas e você, que integradamente validam todo o mundo...

E então, vale ou não vale a pena, lutar por um mundo melhor?

Todo novo entendimento é crepúsculo e é uma alvorada...
ralleirias - Ragnarök - Das lutas de classe


contínuo ar...

Nem sempre é generosa a vida...
Mas continuar é preciso.
E contudo, respire!
O que resta, senão contínuo ar...
E poderemos sempre contar, com
a obsolescência de nossos enganos
e, com eles, vão-se também
invariavelmente, os nossos
problemas mundanos...
ralleirias
Imagem

O pós moderno, desavisado.

O pós moderno, desavisado, seguia pela via,
olhando assim, para um lado...
Veio então a velhacaria, num carrão incrementado
(um 'moderno' turbinado).
Pois, não é com mentira e patifaria que o moderno
parece querer construir seu legado?
E eis que passou-lhe por cima, e o pós moderno,
foi assim atropelado!
O pós moderno, sobreviveu... mas, por enquanto,
está com cara de um arcaico, esculhambado...
ralleirias

A mente, é o lugar mais resiliente.

Por evolução, por sofrimento, por desejo, 
por medo, pelas angústias e vontades... muda-se.
E vai-se onde for necessário ir, 
aonde julgamos o essencial estar, 
para as nossas incontingências... 
Contudo, o lugar onde tudo realmente acontece 
é sempre o mesmo, independentemente de onde 
estejam os catalisadores destas transformações... 
A mente, é o lugar mais resiliente.
ralleirias - meta teatro


Para sempre... é como o nunca.

Para sempre... é como o nunca.
O permanente, significa-se como um estado,
onde há infinitas outras impermanências...
Como uma compreensão de realidade, que exclui
todas as outras possibilidades...
Prisão eterna em um instante.
Relevante, é que não dure mais
do que um devaneio deve durar...
E que isto seja, só enquanto for bom.
ralleirias


Frágeis às vezes, são assim nosso mundos...

Das muitas coisas ocultas, sobre nossos
entendimentos da realidade, é que, há um
equilíbrio na inter-relação de certezas que
nos dão continuidades...
Frágeis às vezes, são assim nosso mundos...
ralleirias



Graças à ela...

Estou novamente em paz,
graças à ela...
Que não acredita em novenas.
e não gosta de fazer novelas.

Aqui jaz, com sua calma,
seu jeito (nem sempre) suave,
convenceu-me, que a vida, assim, vale a pena...
Que ela é delicada, bela e sempre muito pequena...

Quem me deu, tão amplo norte
motivando a vida,
independentemente da sorte..?

A sempre presente, (embora escondida)
Pois sei, que ela não falha em sua lida.
Esta, já muito bem resolvida...
ainda preterida, mas,
só até a derradeira  morte.
ralleirias

É melhor aproveitar.

O que faz a qualidade real do instante?  Consciência, presença, lucidez,
percepção, imaginação ou resposta? Se soubéssemos quais são realmente,
nossos melhores e mais preciosos momentos, talvez os apreciássemos muito mais,
em cada milésimo de segundo nosso... o tempo passa sem perdão, aproveitemos ou não...
E como, nem desconfiamos quem, ou o quê é que os detém, deteve,  ou deterá, então...
É melhor aproveitar!
ralleirias

Jim Croce

Time in a bottle - 1973


sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Estou bem melhor agora...

Então, o eu, se separa de mim...
Aquele eu,  foi assim, ao fim...
Não há, nem haverá, um novo eu...
A vontade de ser, se perdeu,
e espero, que para sempre...
E que este sempre,
seja como o nunca...
Assim... perpetuamente.
Minha humanidade, agora,
já não corre perigo...
Nem se importa com o relento...
E não precisa de abrigo...
Acabou-se por sentimentos...
Findou-se sem lenitivos...
Estou bem melhor agora...
Enquanto minha lucidez vai-se embora
E a altivez do ego, também se dissolve
A solidão e o esquecimento, me resolvem...
ralleirias (Das lutas de classe)



domingo, 14 de setembro de 2014

Gestos tão simples...

Quando se proporciona bem estar, para alguém,
mesmo com gestos simples...
Seja para quem for... em qualquer circunstancia,
Isto é uma oferta legítima de uma das coisas mais
preciosas que existem em relação à vida...
É como um extrato instantâneo de felicidade.
E sim, é uma dádiva para quem recebe,
mas talvez, seja infinitamente muito mais,
também para aqueles que podem dar.
ralleirias


Fazem nenhum sentido

Talvez, apenas não foi o que poderia ter sido...
Quiçá teria mudado todo o depois?
E também o antes...sim...aquele até então, já existido...
Num mar de significâncias tamanhas
que todo o resto, seria preterido..?
Ou, num monte de bobagens como esta...
E que realmente, fazem nenhum sentido...
ralleirias



Domada a verdade da realidade

Domada a verdade da realidade,
a loucura, começa a lhe ser conivente...
Então... em rédeas curtas e retesadas
se conseguirá manter 
a alegria viva da vida ajustada, isso
para ser um ser, muito condicionado, 
mas, bem mais producente...
Nenhuma sombra de dúvida
há ou haverá...e assim, 
a maior estupidez faz-se 
nesta certeza muy inocente!
Daí, cada passo, cada gesto... 
serão errados, absolutamente...
E como num breu total, 
estranha e tosca assim nos parecerá, 
então, qualquer clareza evidente...
ralleirias- das lutas de classe


E em não ser...

Não sou, não fui, então não existo...
E em não ser... há futuro nisto..?
O que posso como nada?
Mas, nada ser, absolutamente...
Supera mesmo, todo o tudo!
ralleirias

pontas sem nós...

Trabalhei por muito tempo em atividades, onde, de maneira indireta
a real e principal função, era resolver problemas de outros (empresas).
Minhas áreas específicas são administrativas, contábeis e financeiras,
mas é impressionante como elas podem ser bastante abrangentes.
Geralmente, estes problemas estavam relacionados a conflitos
humanos, estes, de um gradiente espectral bastante amplo e 'variado'...
Incapacitação, falta de treinamento, conflitos comportamentais,
carências, injustiças, todos costumam entrar como variáveis,
às vezes secretas, todas no mesmo saco...

O que logo aprendi, é que não se pode deixar pontas sem nós...
Resolver um problema, criando um outro (imediato ou não) na maioria das
vezes, pode ser pior do que deixar tudo como está...
Já vi, e não de muito longe, empresas sucumbirem às suas próprias soluções...
Assim como pessoas também... aliás, às empresas, não são muito diferentes
das pessoas em vários aspectos... mas este, já seria um outro assunto...

Quando realiza-se trabalhos em consultorias, ou se é contratado apenas
coadjuvantemente em alguns projetos, resolver, dissolver, dinamizar
situações e problemas, deixando um outro problema em seu lugar, pode
significar, numa hipótese menos danosa, fechar às portas para futuras
oportunidades, quando não, causar mesmo a morte de uma operação.
(sim e também a do cliente...).

Outra coisa bastante importante, mas muito delicada, que parece até uma
blasfêmia mas não é:  Ser assertivo sempre, com soluções imediatistas, ou pior,
ser assim  responsivo, não basta ou é realmente proveitoso...
Surpreendentemente em determinados casos, às vezes é necessário deixar o
problema atingir uma dada dimensão necessária, e que então proporcione e
viabilize a solução definitiva...
Incrível né? Só quem vive vê...mas esta visão, dependerá do seu 'infernal'
espaço amostral...

De modo geral cada problema tem três faces... uma obvia, uma não óbvia
ou podemos dizer..'sutil' e quase sempre todos têm uma face oculta...
mas isto, também já é uma outra história...
ralleirias


quinta-feira, 11 de setembro de 2014

versão de vida

Passado todo o tempo
da vida sobre a terra,
num outro éon, muito além,
apenas algumas forças
minerais restarão...

Em meio à estas massivas
forças elementares
mais básicas,
haverão talvez, também
algumas sutis energias telúricas.

Mas, nenhuma reminiscência
atávica mais...

O que cremos ser a morte,

talvez,
limitados
em nossos olhares,

...Como, se,
uma filha
bastarda e
maléfica
do tempo
fosse...

Deixará esta roupagem
ilegítima,
e agora
em suas reais vestes,
mostrar-se-á com espírito e força
invencível e constante...

E nesta condição, não tão singular,
de base imensamente elementar,
não existirá versão de vida,
e assim, a existência
em toda a sua sutileza,
como o próprio 'universo',
e ainda, despojada de mecanismos
orgânicos, seguirá plácida e sem urgências...
ralleirias- Meta teatro

Foi bom pra você?

Sentimento vencido.
Amor amortecido.
Razão esquecida.
Foda inacabada.
Gozo irrealizado.
Tesão broxado.
Um engano.
Decepção.
Tristeza.
Traição.
Tédio.
Ódio
Nojo.
Fim
Foi 
bom 
pra 
você?
- Crônicas das lutas de classe




quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Às palavras, parecem renderem-se às intenções

As palavras, parecem renderem-se às intenções
das bocas de quem às diz...
Como por exemplo, estas duas, entre as mais abusadas
palavras: democracia e liberdade...
Desvirtuam seus significados, estupram suas lógicas...
Como? Quem?
Pois, não é que há, estes demônios perversos,
que são como entidades de pura intenção...
Miasmas de prédicas fascistas...
Eles tomam a linguagem, viciam palavras para viciarem às mentes...
Como vírus, que entra disfarçadamente num sistema,
supostamente imune e o corrompem, e o adoecem e finalmente matam...
Surge assim um zumbi do ódio e do mesmismo,
que replica seu mal em mais impropérios e cinismos...
ralleirias

Imagem: isto é a mídia...(?!)

O que eu sei, do que tenho consciência?

O que eu sei, do que tenho consciência?
Nada! Porra nenhuma...
Estas pedras que carrego em meu sapato
nos caminhos da vida? São nada..!
Diferenças entre tudo que é tão igual...
não são fatos, são atos...
Malditas certezas, malditos medos,
mil vezes malditos amores apreendidos,
ficarão me amaldiçoando pela eternidade...
Infelizes certezas sobre pseudo verdades...
Mente petrificada...Pedras no sapato da eternidade...
A certezas são um peso sobre a minha real humanidade!
ralleirias

Imagem: Twelfth stair of the Jacob's Ladder- by Monakov Dmitry

terça-feira, 9 de setembro de 2014

A imanência de ser...

O que somos nós?
Não os nossos desejos...eles estariam num 'vir à ser'...
Não os nossos costumes... eles são o que 'já' fomos...
Mosaicos? Amálgamas? Projetos? Processos?
Somos nós, os nossos saberes?

Se uma bofetada pós moderna,
te acordasse para um novo real...

Com todas às crus e inexploradas possibilidades,
ainda do arcaico...

Onde às vezes o mal é bem,
o bem, pode fazer mal,
e mais o mau, também...
O bom, fica além...

E onde, fragmentando os teus saberes
e depois reunindo-os,
aparentariam então
ao teu próprio olhar,
serem como um monstro...

E daí, tu os acolheria novamente... todos?

O que nos atribui alguma identidade?
Se nem os paradoxos resistem,
quando o nunca adentra o sempre
e há assim, a certeza de não haverem certezas.

A imanência de ser, talvez,
num 'apenas' transfigurado e randômico acaso,
e ainda, de impressões fugidias,
transite pois, permanentemente
em mutabilidades...
O que somos nós?

ralleirias


Nossas persistências

Desta profusão de desejos que extrapolam quaisquer limites...
Saem à vida, o destino, a evolução, a sorte,
alegria e tristeza, prazer e dor e então... à morte.
Nas tantas certezas do certo e errado,
parece que vamos e voltamos para um e outro lado...
O que nos prenderia nestas ciclicidades?
Devaneios sobre nossas vontades?
Com a evolução e a existência,
dadas nossas persistências,
o que nos deixaria quites?
E, quais são mesmo
os nossos limites?
ralleirias


Parcial, desvairado e soberbo...

Não nego.
Parcial, desvairado e soberbo...
A virtude, que se foda!
É mais divertido embriagar-se em devaneios...
Que deixar-se acabar por esta seriedade toda.
ralleirias

Heart Attack and Vine


Tom Waits ...

lúdica!

*- Eu gostaria de viajar pelo universo!
0- Meu amor, isto é exatamente o que estamos fazendo neste instante...
girando em torno do sol, o sol viajando pela galáxia e a galáxia pelo universo...
*- Não! Eu falo só de mim! Eu, viajando pela galáxia...
0- Sim... entendo...
*- Eu veria os anéis de Júpiter...
0- Saturno.
*- Os de Saturno também!
0- Claro...
*- Mergulharia naquela luz do sol!
0- Do sol?
*- Naquele brilho!
0- Que linda esta tua viajem, como ela é lúdica!
*- Tu quer ir junto?
0- Eu..? Tu sabe ... continuar nesta viagem contigo, é o que mais quero..!
ralleirias (de: Baseado em 'fotos reais')


Imagem: Inspiradora madrugada. Collage de Scott Locke.

A manutenção dos conceitos do que é o real

A manutenção dos conceitos do que é o real, quase sempre,
exige atitudes condizentes com estas expectativas, então...
Imagem: Daniel Lafayette - Carneirinhos

Amostra de futuro.

Sábios de uma outra dimensão, vieram colher
uma amostra de específico futuro...
Não erraram, mas encontraram o fragmento de uma anomalia
dum passado remoto, impregnado neste presente...
Contrariando suas expectativas, a barbárie colorida
e confusa, pensava que neste agora era moderna...
Contudo, era mais estúpida, cruel e violenta,
do que nos tempos das cavernas...
ralleirias

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Não podemos subestimar a ira e nem a malícia das forças contrariadas na última década...

Não podemos subestimar a ira e nem a malícia das forças contrariadas na última década...
O ódio e a prepotência dos poderosos, travestem-se de indignação na boca e até nas mentes de alguns desavisados inocentes úteis, mas como isto é possível?
Os principais meios de comunicação e diversos mecanismos de formação de opinião, conseguem ser persuasivos ao ponto de cegar, mesmo àqueles que foram beneficiados pelas mudanças sociais, que sim, é fato, amealhamos com muito trabalho e lutas, neste relativamente curto período histórico, onde os interesses dos trabalhadores, bem ou mal, conseguiram finalmente se sobrepor aos do poder do capital elitista e falsamente meritocrático. Mas o legado de centenas de anos de desigualdade é enorme...
Muitas conquistas ainda nos aguardam, pois temos que enfrentar esta enorme desestrutura derivada deste tempo em que o poder foi só de uma pequena elite que se julga ainda dona do Brasil e de nós, os trabalhadores.
O sonho neoliberal nos encantamentos da 'fada das florestas' está recheado deste ódio e destas pretensões. Suas propostas plagiadas e indefinidas e mesmo contraditórias, não só revelam a falta obvia de um projeto para o país, mas, refletem os interesses apenas de elites, e o mais preocupante, é que servem-se também de referências messiânicas, baseadas em devaneios de supremacia racial, cultural e radicalismos sanguinários e prepotentes, e ainda, tem a obvia subserviência à pastores de sucursais de seitas norte americanas, que demonstram mesmo que de forma turva, à quem serve sua lógica colonizada. E ainda, ela vai de encontro ao neo-fascismo que cresce em todo o mundo.
Libertária aos poderes dos capitais... Semeia desigualdade selvagem pela meritocracia às fortunas... Nisto consegue ser tão natural... Serva do conservadorismo capital... Esta capacidade de mudar de ideia, nela, não é algo positivo como deveria ser... é claramente uma mostra de maleabilidade, mas apenas diante dos interesses de quem quer retomar o poder a qualquer custo... Então, esta é a 'nova política'?
ralleirias - das lutas de classe

conhecimentos somados

Existem momentos, que carregam conhecimentos somados
por inúmeras sabedorias e que repelem assim às ignorâncias.
Epítetos de genialidades, brotam daí, e conseguem penetrar
nas cascas refratária das certezas...
As soberbas, que lhes desprezavam, percebem-se de repente
diluídas em ingenuidades e ajoelham-se em agradecimentos
pelas novas chances de reconstrução num real mais digno...
ralleirias





Seletivamente, queremos os abismos...

Seletivamente, queremos os abismos...
mas, só aqueles aonde valha 
à pena nos jogarmos.
Do amor, e da labuta na dor, 
à glória do desejo realizado,
num mergulho ao que foi desejado...
Neste jogar-se, requeridas são algumas certezas...
Será a clareza no desejo como loucura benfazeja?
Mas, no fundo desse abismo, haverá um inferno
chamado engano... (ou seria um demônio?)
E assim, ele mudará, constantemente...
Nisto, ele é eterno...certamente.
Talvez, não fosse assim, ao abismo
chamar-se-ia 'paraíso', e não inferno
evidentemente...
-meta teatro
imagem: Katerina Bodrunova

Torço pela tua felicidade...

Torço pela tua felicidade...
de verdade!

E tudo o que juntos não conseguimos fazer,
para ti, será! E, há de acontecer..!

Mas, para mim, não...
Pois eu descobri que existe,
a palavra 'desquerer'...

Não é que eu tenha posto fora meus sonhos,
é que eles agora, não cabem mais em mim...

Ficaram pequenos, a despeito de todas as
noções de grandeza que carregavam,
me parecem agora tão pouco,
mas, por serem supostamente tanto...

E agora é assim.

Eu andei vagando...
Pensando muito...
Muito mesmo, quase como um louco...

Dos sonhos convertidos em conquistas
de legítima alegria real,
nenhum me deu alguma pista...

Transformaram-se assim, num mal.

E, já não me servem, enfim...

Então percebi, que os desejos que me bastavam
não eram meus, eles só me assombravam...

Poderíamos ser felizes? claro!
Pois fomos, em alguns fragmentos de 'enquanto'.
Não somos mais...
ou, eu não sou, neste nós incapaz.

Ainda que eu tenha amado tanto...

E também assim como meus desejos,
aquele nós, é um limbo inacessível
que ficou pra traz...

Delírios da vaidade?

Mas, eu torço pela tua felicidade...
Sim,
de verdade!

Este eu, para um tu,
que nem existem mais...
ralleirias

Imagem: Alberto Pancorbo




domingo, 7 de setembro de 2014

A expressão da própria individualidade...

Mesmo a expressão da própria individualidade,
é como um sonho, uma idealização sobre quem nós somos...

E assim como nós, também cada um de nossos diferentes pares,
nos enxergará conforme suas compreensões
e principalmente os anseios sobre quem somos...

Nossas identidades, assim, são móveis, e
morreremos em algumas destas personas,
muito mais rápido que em outras...

Neste emaranhado de certezas e desejos desta
concretização de nossas identidades,
há muitos possíveis enganos e provavelmente
os cometeremos quase todos...

Mas há também nisto, muitas lições valorosas,
e talvez, a mais importante, é que temos a
possibilidade de alcançar algumas alegrias,
e estas, podem inclusive nos trazer uma certa paz...

E mesmo que o medo e a incerteza emaranhem-se com nossas
esperanças, fazendo da felicidade um mosaico que muda
constantemente enquanto o construímos, transformando assim
nossa realização idealizada, numa tarefa praticamente interminável,
essencialmente, somos esta liberdade de migrar e de mudar,
de fazer e errar... e aprender.

E ainda que mesmo a coroação de um sonho, possa nos levar à um engano,
contudo, ainda assim, é o que em nossa humana posição, podemos!
E só poderemos realizar isto, vivendo plenamente...
ralleirias

inconsistência...

Parece bem uma inconsistência... 
o que supomos alma.
Não digo que não exista... mas, como tudo que se passa
pela compreensão humana, talvez, seja apenas um misto
de desejo, mito, folclore, medo e esperança e casualidade...

E que consistências têm, cada uma destas coisas?
Assim, tão consistente também, seria a alma,
tanto quanto pretensamente somos..?

E o quanto somos consistentes, nestas bases que nos significam? 

O que haveria em nós, de possivelmente eterno?
E dos nossos mundos? Ou em alguma coisa, em todo o
incomensurável universo?

Desta forma, a tal alma, talvez não seja diferente de nada,
nem dos átomos, nem dos sóis, nem galáxias, buracos negros,
ou da energia... enquanto observáveis, podem ser tão particulares,
definíveis, mas, ante a vastidão do que compreendemos como tempo...

Um momento haverá, em que tudo se embrenhará num esquecimento,
causado por outras realidades da incerta eternidade, e assim, o todo, 
ocorre como em ondas...(?) Qual a consistência de uma onda, se não é, 
a própria inconsistência ?

 ralleirias (das mortes não morridas)


sábado, 6 de setembro de 2014

Podemos dizer que evoluímos..?

Não tenho dúvidas sobre a infinitude da ignorância, ela é óbvia.
Um paradoxo fácil e observável... quanto há para saber?
Do tanto que há para saber, potencialmente há o tanto que se ignora,
e cada vez mais...   e assim, exponencialmente...
Gosto de pensar nisso, como se o conhecimento
fosse propelido pela consciência que temos de nossa ignorância
e ele, é como um tesouro que espera por nossa conquista...

Parece haver, o que podemos imaginar, como um certo 'equilíbrio'
relacionado à este  paradoxo que constantemente se desfaz:
Quanto maior o conhecimento, maior a ignorância...

Pende o fiel da balança, para um lado ou outro...
derramando os excessos...e em criatividade!

Talvez, o nosso maior período de desenvolvimento como humanidade,
historicamente, talvez biologicamente também, foi no paleolítico,
algo entre três a dez milhos de anos...
Neste período, não socializávamos muito bem, nos matávamos uns aos outros
com lanças, flechas, clavas, paus e pedras ... mas 'evoluímos'...

Talvez, nunca tenha ocorrido maior demonstração de como
somos ainda tão ignorantes, mas além... como somos violentos,
brutos e absurdamente ingênuos, e ao mesmo tempo, tão extraordinariamente
inventivos, a ponto de transformar um enorme conhecimento científico
acumulado e uma das maiores demonstrações de barbárie imagináveis...

Então, quem sabe, somos ainda os mesmos animais violentos que viviam no
paleolítico, mas apenas, notadamente evoluímos em nossas capacidades...

Estas malditas armas e bombas, que existem ainda aos milhares, capazes de extinguir toda a vida que há sobre a terra, várias vezes...
Elas e toda a tecnologia, recursos e o poder envolvidos... e todas as pessoas
que estão relacionadas tecnicamente à isto, e que teoricamente  deveriam estar entre as mais qualificadas, além de cientificamente, socialmente...

Sem dúvidas, tudo isto compõe o quorum. é como prova de que apenas nos revelamos no nosso 'mais' moderno potencial, mas, não é o do alcance de conhecimentos, ou apenas prova de nossa notória ignorância, mas sim, de nossa infinita e bárbara estupidez, e sim, também de nossa intencional e cruel maldade...
Podemos dizer que evoluímos..? Talvez em nossas loucuras.
 ralleirias

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Críveis sempre são.

Tudo é possível como metáfora...
Críveis sempre são.
Pois sabemos que o cotidiano
se faz capaz de surpreender
muito mais, do que qualquer ficção...
ralleirias
Imagem(Beauty, Brains & Sadism): Caitlin Clarkson

instâncias em que a escravidão acontece

Há tantas instâncias em que
a escravidão acontece...

O gradiente espectral é amplo e
a sua maior parte é invisível...

Está aqui entre nós, apenas não à
compreendemos suficientemente
para nos libertar... Sim, nós...

Também estamos encarcerados
e somos escravizados pela
forma como nos expressamos, e
na maneira que nos relacionamos,
e contundentemente... na porção
irreal das coisas em que acreditamos,
e mesmo, ainda somos escravos
principalmente daqueles
para quem rezamos... (desejos ! ?)

E... até na foma como amamos.

A escravatura persiste, e parte
do seu espectro visível, comum,
é o que há de mais desprezível
nas relações sociais e humanas.

Mantém-se ela, também, pois há
aqueles entre nós, que são tão
apegados à própria escravidão,
que a defenderiam, até a morte...

É como se dela, dependessem
suas próprias vidas... e sorte.

E de certa forma, estão certos.
Provavelmente, não conseguiriam
viverem libertos.
ralleirias

Encontrar a paz que está dentro de nós...

Encontrar a paz que está dentro de nós,
é mais complicado do que parece,
mas com alguma vontade pode 
ficar mais simples e possível...
O que parece, tende a 
predominar a razão
e ensejar-se à realização...
Pois a razão, rende-se aos sentidos
 e a percepção, e assim, 
a razão é serva,
talvez das lógicas da emoção.
Talvez da dor...
Talvez do medo ou mesmo do amor,
e a razão apesar de tudo, ainda curva-se à paz.
A paz, expressa-se muito bem pelo silêncio,
e o silêncio, talvez seja, a nossa forma mais simples e
perfeita de tocar na felicidade, mas também,
na eternidade e assim, no sagrado.
O sagrado que há em nós, 
é a nossa felicidade
e nossa paz...
ralleirias -meta teatro

>>> Imagem

O fascismo vem chegando, ele serve-se de expedientes de ódio...

O ódio à política é compreensível, diante de tantas canalhices...

Mas, ele não é apenas inútil, por manter tudo como está,
como ainda beneficia os mal intencionados
e nos transforma todos em maus políticos...

Vê-se facilmente que temos um enorme legado
de centenas de anos de diferenças sociais e econômica à vencer...
A ignorância política geral, faz justamente esta prova.

Se acha que adianta, chute sim o cavalete destes conhecidos
canalhas, mas, não manche sua ética cidadã, com atos inúteis,
ou algo estúpido como 'voto 'útil'  ou voto de 'protesto'...

Informe-se, divulgue as boas propostas e faça sua parte, busque projetos,
pesquise resultados, verifique as informações, leia, veja, comprove...

Se é que realmente quer um país melhor... comprometa-se, e daí,
tenha a coragem também de cuidar do cavalete do seu candidato!

O fascismo vem chegando, ele serve-se de expedientes de ódio...

Cuidado pra não se tornar um inocente útil para ele, fazendo o jogo
de cartas marcadas deles, pois depois, você poderá ser a próxima vítima...
E ainda, terá colaborado com isto.
ralleirias - das lutas de classe


quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Quando enfim, a lucidez nos parecer lirismo...

Quando enfim nos parecer, lirismo, a lucidez,
se evidenciará assim, que a razão,
está à beira de um abismo.
E a humanidade, adentrará num
limbo lamacento de pura insensatez....

Disto saber, parece não bastar...
A lógica diria: é provável, mas,
só isto, nada pode comprovar...

Portanto, talvez...
Façamos então, a prova...
Por nossa extrema estupidez.
ralleirias