sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

em legitimidade

 De recursos, em legitimidade, 

o que temos mesmo... 

É um apenas 'nós'...

Poder real? 

É só o de olhar pra dentro.

Nos resta, assim, como destino 

e mesmo de forma muy guapa  

apenas humildemente aceitar o ser...

ralleirias- dos solipsismos 

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

coragem

 Coragem, será o tentar, ou o querer, 

será assim como o amar, e portanto define

se esperar ou não esperar, ou até o 

próprio saber, e por isso este sonhar, 

e por isso este fazer... 

De onde saiu, como nasceu,

quem foi que pariu, e porque

que surgiu este novo empreender? 

É da vontade de ir para um além,

é da necessidade de se firmar 

como um determinado alguém?

Será que é luta, será que é 

inconformidade, ou plantio

de semente de uma nova verdade?

E é da etimologia, e move-se por

mais valia... é da solidão, 

é necessidade, ou é dum heroísmo infantil,

de ser campeão... ou é da naturalidade

do viver, assim como buscar o seu pão

e se alimentar em necessária satisfação...

Será ao final mentira, ou verdade

que só os covardes é que de fato

precisam de coragem?

A coragem cuida do 

que o desejo alimenta ...

Posta a necessária ação 

que se inventa... 

é da estruturação. 

movimento natural

após auto compreensão.

É só expressão, ou não...

E se bate o coração, 

é com coragem...

- das lutas de classe

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

domina

Aquele que se domina,
sem um contexto,
nem existir precisa...
Existir, nem é coisa concisa...
Não sem ter um porquê....
E existo eu ?
E, se existe ?
E existe um você ?
O que resiste ao
que existe é silêncio
e espaço, do que
ora sempre ou
nunca, existiu
em pulso e
em compasso
do que já
acontece ou
aconteceu
do nunca
surgido
e do que
já surgiu...
ralleirias - Crônicas das asceses místicas

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

integralmente

Amor, há e está em tudo.

O que percebo, todo o tempo 

é amor.

Assim, em todo o momento 

compartilhado com cada um de vocês, 

estive integralmente presente,

em amor

e em consciência disto.

E cada troca, 

foi dádiva

recebida e consagrada 

em amor.

E cada expressão

foi benção,

e foi vida, 

num rogo de verdade 

e presença do amor.

Assim também 

vos agradeço, 

neste amor,

que é a verdade 

manifesta 

em tudo.

Pois daquilo que foi, 

do que é, e do que virá,

é isso tudo o amor acontecendo, 

neste seu amplo manifestar...

meta teatro 

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

o ponto

Definitivamente,
quem procura o
derradeiro lugar
pronto é o ponto.
Gira o mundo
assim há tanto tempo
que ninguém mais
percebe que
estamos tontos...
E todo escravo
de uma vontade
não conhece a
própria verdade,
assim despreza sua
real liberdade...
Acolhimento para o jumento
pode ser um bom curral...
Assim a satisfação
é para o dono,
mas, serve-se
ao animal....
- das lutas de classe

entrega

 Postas as certezas

estabelecidas são

assim realezas...

Contudo, 

se forem erigidas 

fora da viva mobilidade

encarcerada estará 

a verdadeira nobreza

da real realidade.

E se quem ensina 

ao faze-lo também 

não aprende,

faz do seu ensino 

um herói morto 

que por isso,

nunca vence 

nem se rende...

E se quem aprende, 

humilde, nunca

se entrega...

constrói pra si

um saber morto

no qual a verdade 

livre e viva 

não trafega.

meta teatro

gabarito

 Quando tudo 

se perde, 

pode ainda 

nos sobrar 

dor, ápice 

do comum.

Quando tudo

se ganha, 

pode ainda 

nos faltar a

real satisfação,

ápice do 

extraordinário.

Que gabarito

define um termo 

satisfatório? 

Se não é que 

tudo parte 

dum imaginário...

- meta teatro


terça-feira, 17 de novembro de 2020

Poeta também é

Poeta também é guerreiro...

valente cavaleiro e guapo infante, 

Vai buscando destino altaneiro, 

batalhando para levar o amor adiante....

E poeta também milita,

nas trincheiras das existências

para torna-las todas menos aflitas

e ir dissipando as carências ...

Poeta, também canta

e sai muito além de só melodia

e usa bem mais do que a garganta...

e pode nem ter alegria, mas encanta

Poeta também perde, 

e também se engana

e o bom e humilde poeta 

nunca bota banca de bacana...

poeta fala a verdade, mas

às vezes mente um pouco

assim como às vezes é são

e às vezes é como um louco...

- meta teatro

é, sobre todas as possibilidades

 Exu.

No cruzeiro 

o eixo.

E descem na cruz, 

sete raios. 

Oxalá, é sobre todas 

as possibilidades.

Na estrela de oito pontas

da atemporalidade.

Exu.

No cruzeiro 

o eixo.

meu caminho 

sou eu e Deus...

e ele, eu 

nunca deixo...

- das asceses místicas


quarta-feira, 4 de novembro de 2020

bendito porto

Amar tua alma, 

é também ao corpo...

E é o que me comporta 

em teu conforto.

E ver em tua calma, 

um bendito porto

com um belo e 

florido horto ...

- bravo amar

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Trimúrti ...

E assim nos situamos,
tal qual sintonia andamos,
com Brahma, Vishnu e Shiva
como numa passada,
aonde ainda
de onde
viemos, estamos e vamos...
ignorância, desejo, aversão
pois agora sim, pois agora não
pois agora talvez, mas não agora,
mas, numa outra hora, ou noutra vez...
O que eu crio,
no que mantenho
porque destruo,
no que eu creio,
e o que eu desdenho
em que mundo entulho?
E vem do que é
vai para aonde está
nem trocou
na passada
os pés, mas,
já estava lá...
- Trimúrti


segunda-feira, 19 de outubro de 2020

se não é tudo invenção?

O buda o dharma 

e a sanga

e o multiverso 

como carta 

anti drama

na manga...

discorro por conformação...

Ignoro, gosto, não gosto...

talvez... o sim, o não

Mas, porque fujo ou aposto

se não é tudo invenção?

- das asceses místicas



sábado, 17 de outubro de 2020

Tomo refúgio

Tomo refúgio,
No meu próprio
assentamento
na lei, em que
por tudo me oriento
no sol e a lua
e as estrelas
e no povo todo
que me acompanha
meu abrigo,
meu alento...
Tomo refúgio,
no buda
no dharma
e na sanga.
Como quem traz
a cara joia
de sentir e ser
e não ser
nas próprias mãos...
Como o boi que
se livra da canga
Tomo refúgio.
aonde só me resta 
paz, presença e
mesmo o nada
me trás
consciência
além e antes
da consciência 
Tomo refúgio,
no buda
no dharma
e na sanga
no próprio
silêncio
e amplidão
como quem
declina de si
e permite-se
lá e no todo
que há aqui.
Tomo refúgio.

-Das asceses místicas





terça-feira, 13 de outubro de 2020

puro e convincente?

Humilde amor...
haveria amor prepotente?
Amor anárquico,
puro e convincente?
Amor atávico, telúrico...
Amar, insólito e persistente..?
Amar inglório, de amar sofrido,
perdido, do ser nem lembrado,
nem sabido... do amar ignorado
e então, por isto, indecente..?
Eis um verdadeiro amar histórico
e resiliente...
Amar, pode ser grave ofensa...
Amar as formas, todas elas, por belas.
Amar todas as instâncias ainda incompreendidas
Amar mesmo, as coisas mais fodidas...
Amar um vazio, e sem querer respostas.
Amar absolutamente entregue e sem apostas...
Amar permanentemente, sem ter condições para amar.
Amar, pode ser até em consistente ausência dum desejar...
Amar, mesmo assim, na eterna descrença...
Amar, tanto se fez que tanto faz...
pois já há do amor, uma onipresença...
-Bravo amar


terça-feira, 6 de outubro de 2020

formatados

Sim, colonizados, alimentados e formatados, 

pelo açúcar, por games nos celulares, 

pelas maratonas e séries, 

pelas pautas prontas, 

pelos interesses de castas , 

pelo medo de descobrirem-se inexistentes como entes autênticos, 

pela falta de uma identidade que viva e exista 

sem os artifícios do sistema que lhes facilita... 

- Identidade zero



sábado, 3 de outubro de 2020

significado da pauta...

Verdade, é como 
uma eleição
ao que nos é caro,
às identidades
que aquecem
e fazem pulsar 
nosso coração.
Contexto, firma-se muito
pelo significado da pauta...
É como a música que sai
além do sopro, nos 
buracos de uma flauta.
Combate é necessário
e imprescindível...
Contudo, sem poesia,
não há alma alguma,
nem força para seguir,
nas lutas, pelo que
por ora, nos parece,
incrível...
Olhe bem para quem e o que
faz e fez o que é você...
Pois é daí que cria-se o mundo
e tudo o que se vai receber...
meta teatro


terça-feira, 1 de setembro de 2020

entre delírios e pertencimentos

Existir num fazer-se
em equilíbrios
entre delírios
e pertencimentos
em espontâneos
aprimoramentos
Que transformam o espaço...
Inícios, fins... 
em pulsos e compassos
Vontades, que historiam
atos e fatos
do que vai e volta 
num viver em laços...
Nutrir e criar
num deixar-se
deixar...
- meta teatro


domingo, 30 de agosto de 2020

Um que quer

Um que quer
um que faz
um que cultiva
um que aguarda
um que floresce
um que deseja
um que acontece
um que ouve
um que diz
um que ajusta
um que doa
um que espera
um que acolhe
um que abençoa
um que melhora
um que ama
um por um.
podemos 
todos tentar. 
- Crônicas das lutas de classe




sábado, 29 de agosto de 2020

atávico, telúrico

As vontades parecem induzir 
os caminhos das verdades...
Daí, o eu que se pretende acordado,
tenta ser e existir num agora lúcido, 
projetando-se à partir e contudo,
além do paradigma. 
Amar neste contexto, 
se faz num bom tanto, 
preso aos mistérios 
das vontades cocriadas
e impostas por papeis sociais... 
Mas tem um amor que é atávico, telúrico 
e vibra tão junto ao que nos apropriamos como nosso 
que merece e carrega a própria transcendência
e é um amar pleno, e em consciência...
meta teatro



quarta-feira, 20 de maio de 2020

cultivando

Te vejo num futuro iluminado
entre alegrias e bendiciones graciosas,
conversando, rindo, construindo
coisas muy maravilhosas...
Vejo tu e eu, lado à lado
como se estivéssemos cultivando
amor num só coração apaixonado
que por coisas boas, vai se elevando...
Centenas de vezes penso em ti,
todos os dias... e eu penso em ti,
milhares de vezes todas as semanas
no meio de minhas tantas andanças,
Sinto que é um misto de amor muy forte,
e de paixão com guapas esperanças...
- Bravo amar

quarta-feira, 15 de abril de 2020

o que aconteça

Não importa o que aconteça
eu só consigo mais
e mais te amar,
e tu não me sai da cabeça...
Vastidão é esse meu sentir
aonde só penso que queiras
me gostar e então,
também me possuir...
E seja qual o tempo,
que possa levar
não consigo
não te pensar
e sobre tudo
só consigo
te amar...
Bravo amar



normal

Quem sabe, o normal
more no mesmo lugar do talvez...
normal pode ser assim,
uma ou mais rupturas
do agora particular
ou coletivo,
feita pelo imaginário
sobre o que é desejo...
- Meta teatro


perceber-se

Criar momento
é um dar-se inteiro,
fazendo reais
oportunidades.
Desacelere...Pois
o impulso também
nos encarcera
na reatividade.
Encerre, não saber é
como não fazer
de verdade.
Aterre, os limites
podem ser apenas
sobre as vontades.
E integre-se
num perceber-se,
e recrie-se neste
reconhecer-se.
-meta teatro


segunda-feira, 13 de abril de 2020

proposição

Quem e quando é aonde
o real está a acontecer.
Assim, o conhecimento
só alcança valor
como sabedoria
e traz verdadeira resposta
quando a proposição
erige a questão correta
frente ao justo
propósito desse ser.
Aonde é 'quando', no espaço.
Quem, é um silêncio.
O real é vontade ao acontecer
e faz-se num sonho dum se entender...
ralleirias - meta teatro


quarta-feira, 8 de abril de 2020

e para quais escolhas?

Quais verdades e
em quais bolhas,
ditam-se as liberdades
e para quais escolhas?
Assim, como gerador
de instâncias, este
ente, surge quando
todas as identidades
tomam-lhe as formas,
ocorrendo o necessário
obrigatório alinhamento
voluntário, involuntário
mas, em todos os casos
num mote subconsciente
com algumas das verdades
impostas nas aparências
vigentes? A identidade
faz-se num pseudo lugar
que será de alguma forma
algo pertencente à um
sisteme e uma norma
e sempre subserviente?
O que e quem
controla o poder,
o discurso, a narrativa
e as armas diversas
e decorrentes...

ralleirias -das lutas de classe


Perceba agora amor

Perceba agora amor
é a vida, pulsando...
Veja então amor
é o sol, brilhando
e sinta agora amor
estamos, amando.
E é a nós dois...
Perceba agora amor
é o vento, soprando
veja então amor
há um fogo, queimando
e sinta agora amor
estamos nos amando.
E é a nós dois...
E na terra e no mar
e em toda parte...
Perceba agora amor
é o amar... vibrando...
ralleirias - aonde está o blues

novo agora

O agora é um novo agora,
onde o antes deixa de ser,
mas decide-se
num novo agora no agora,
o que, agora, vai acontecer...
Agora, decida agora,
sentir agora o que agora vai ser...

-meta teatro

tresloucado

Queria intuir um poema,
de sentimentos exaltados, 
revelando compreensões
que nunca havíamos notado...
de algo à nós, novo e insuspeito,
como dons curativos e sagrados
surgidos de dentro do peito, 
que, por deveras, apaixonados...

Queria eu, estar contigo, abraçado
e sentindo os nossos corpos quentes
e que assim, estivéssemos muito presentes
e conscientes, num mundo bom, 
possível e encantado...

Eu queria intuir um poema
de sentimento muy apaixonado,
que me revelasse mais que uma emoção,
surpreendente, sobre esse teu ser sagrado
e além desse meu querer contundente...

E queria eu, estar ao teu lado,
comungando num olhar, 
de carinhos trocados...
e num gesto meu, que por ti,
consentido, mas, tresloucado,
beijar essa tua boca 
ao ser também por ti, desejado...
ralleirias- Bravo amar


sábado, 21 de março de 2020

E nós, sorríamos...

E presos em nossos currais invisíveis, nós sorríamos...
E quando gaia e a genuína vida, nos pedia e clamava
por uma trégua às nossas absurdas e abjetas iniquidades
consumistas, nos auto consumindo, não a ouvíamos...
E nós, sorríamos...
E concordávamos calados, cegos, surdos, obtusos,
vendidos, comprados... Com o holocausto de tantos seres,
e nós todos, entre eles... E nós, sorríamos.
Seguimos sendo finados, nos tantos açougues de todos os
tipos, desta servil escravidão, subjugados à fome vorás
da lucrativa especulação... E nós, sorríamos...
Em meio à infinitas dores dos outros, aceitando toda indigna
normativa rasa, e a miséria de quem gritava, ninguém a notava.
E nós, sorríamos...
E assim marchávamos com um estandarte de vitórias,
nesta luta louca e inglória e por esta vida atropelada,
empurrando a máquina de moer mundos, nesta funesta
estrada, aonde jazem já, tantas vidas cimentadas,
nessa coisa incerta que nunca por nada parava ...
E nós, sorríamos...
E agora, será que é chegada a derradeira hora..?
Do não sorrir, do não compartir, do não tocar, do não ver,
do não exprimir, do não falar, do não amar e do não viver...
E se não de forma digna e legitimamente por todos nós,
nem por eu ou por você...Até quando, por quem, e por quê?
ralleirias- Das lutas de classe


Tudo para ti

Tudo para ti,
eu quero poder...
O todo de mim
que queres
que eu queira,
eu me faço
em te conceder...
- Bravo amar


sexta-feira, 20 de março de 2020

Atotô, Obaluaiê. Atotô! O Rei da terra chegou..

Atotô, Obaluaiê. Atotô! O Rei da terra chegou...
E nos comanda o silêncio, na postura do aquietar-se
no próprio espaço do que nos cabe por direito.
Pela atenção naquilo que criamos, nesse respeito, 
pelas palavras que não proferimos, no silêncio que é perfeito.
Atotô, há o espaço e a criação, há a cura, que é a aceitação.
Atotô, o Rei da terra chegou...e comandou-nos a quietude,
independente de qualquer condição evanescente, pede-nos a virtude
e impõe-nos a firmeza, nos cobra humildade e paciência, frente às incertezas.
O Rei da terra chegou... Atotô, Obaluaiê. Atotô! 
- Das asceses místicas




segunda-feira, 9 de março de 2020

O equilíbrio das polaridades

O equilíbrio das polaridades
deve ser dinâmico, na troca
do pulsar em dar e receber.

Meu equilíbrio com toda
minha amorosidade,
está em querer eu,
à ti, pertencer.

Assim, a troca
é bem-aventurada
quando ressoa
em um, e no outro
um mesmo querer.

E sistematicamente,
pulsará o amor a crescer...

ralleirias -Bravo amar

sábado, 7 de março de 2020

Eu uivaria

Eu uivaria o teu nome,
em qualquer lua.
Gritaria lindos poemas
românticos, no meio da rua...
E saberia tudo daquilo
que queiras gostar...
E eu sonho sempre
que possamos
realmente
no amor
nos encontrar...
E é tão grande,
este amar
que sinto
que é como
um infinito
daquilo que há
de mais bonito
no céu
na terra
e no mar.
ralleirias - Bravo amar




quarta-feira, 4 de março de 2020

sempre aflora

Me expresso, da boca para fora.
E eu falo, de minha alma para dentro.
O teu nome é algo que sempre aflora
no brotar de todo o meu pensamento.
Tanto que te quero, que eu te sonho.
E tanto que te amo, como fato real,
que em teu desconhecido mundo,
eu nada temo.
ralleirias - meta teatro


próprio

Da alheia 
dor,
nada toca.
Ensimesmado
dentro do umbigo
do próprio mundo,
constantemente 
num sonho
triplamente evoca:
Eu, sou, meu.
ralleirias - Ex-ante




Necessário

Necessário o inferno
quando há paraíso.
Desejo como corpo,
forma como a vontade.
Crença como o fato,
Intensão como verdade.
Confronto como dor
paciência como o amor.
Desequilíbrios como
equanimidades...
ralleirias - meta teatro


reptiliano

O medo reptiliano
opera na fuga,
na reatividade.
Há força, mas
sem lucidez, pois
opera na prontidão
da responsividade.
Mas, solução ...
faz posturas,
ordena movimentos
salva das loucuras.
Num restruturar-se
em francas atividades
por auto provimento.
ralleirias -meta teatro


segunda-feira, 2 de março de 2020

Será o amor ?

Será o amor, quem faz vontades?
São as fugidias verdades,
frutos de quais segredos?
Será que o amor real,
suporta todas as vaidades?
Ou ele é quem desmancha
quaisquer enredos?
Será o amor, uma força mestra,
da vida, e da mudança
de tudo o que não presta...
Será o amor a esperança
de dissolução
das mazelas do coração,
e assim, de todos os medos?
E o que nos faz querer em nós,
o todo sanar.
Como panaceia, divina flor...
E o que nos faz continuar...
Das coisa mais sérias,
da vida, é assim o amor...
ralleirias - Bravo amar

A dor

A dor, pode ser irrefutável ao ser.
Oculta, nas loucuras das diversas personas que usamos.

Pode a loucura, ser a salvação, para a dor ora
irremediável que na doença, sentimos.

Pode a doença, ser a fronteira
aonde combatemos a própria morte.

Pode a morte, ser desconexão definitiva, quando,
com a vida que vivemos o ser, este o é, somente em dor.

Contudo, a dor como pulso é natural, e quando pulsa,
podemos compreender sua origem, e isso pode vir a 
transformar, valorar e curar nosso mundo e toda vida.

ralleirias - meta teatro


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

no infinitivo

Ama,
no infinitivo.
No gerúndio,
vai amando.
Ama, num
vocativo...
ama mais
outro tanto.
Sonha,
no infinitivo.
No gerúndio,
vai sonhando.
Sonha, num
vocativo...
sonha mais
outro tanto.
Cura,
no infinitivo.
No gerúndio,
vai curando.
Cura, num
vocativo...
cura mais
outro tanto.
ralleirias - meta teatro


sábado, 15 de fevereiro de 2020

de novo

Desculpe, de novo
eu entrar aqui,
e só pra falar
mais uma vez,
do que eu reparo em ti...
Que é mesmo em tudo
a coisa mais linda,
e, como eu nunca vi...

Que graça que tem
esse teu sorriso,
das coisas do mundo
pra ser feliz
ele é tudo,
e sei,
que é só isso
o que eu preciso...

Que forte
é o teu olhar
Nessa mira dele,
e sendo desejado
é aonde, mais que
tudo, eu quero estar...

Gestos, palavras, graça.
Das perfeições
todas do ser
nada parece haver
que tu já não faças...
Me é impossível
não querer eu
te pertencer...
ralleirias - Bravo amar




domingo, 9 de fevereiro de 2020

pura intenção.

Entente nunca e sempre.
Daí, derramada a verdade
derretida a certeza
abalada a realeza
destituída a identidade
quebrada a vaidade...
porque, quando e onde
perdidos o sim e não
nada, tudo e contudo
antes agora e depois,
então, faz exposta
a invenção.
Sentir, ser, existir
é pura intenção...
ralleirias- das asceses místicas



Rogo

Rogo agora
que lembrem,
rogo agora,
Que sintam.
Rogo agora
compreendam
como a força
que está,
o real do que é,
e que, o são em tudo.
Rogo agora, na intenção,
verbo somos, dessa luz
e todas as sombras.
Não, nem há decisão...
Mas, somos a passagem,
no sonho, pomos verdades,
e vida como invenção.
No espaço, a paciência
do amor, que nos aceitamos
servidos, por silêncio.
Rogo agora
sentirem,
tempo,
vida e morte,
ser, existir
como nossos
nomes
secretos.
ralleirias-  das asceses místicas



segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

como nunca

Te amo, como nunca amei ninguém, 
e isto me assusta.
Te amo, tanto e completamente, 
e mais além...
mas sei que isso, não encerrou ainda 
essa minha busca. 
Te amo, tão logicamente e apaixonadamente 
e tão fervorosamente... 
num amor lúcido e muy valente, 
que assim, 
o mundo só faz sentido 
se houver um nós, 
com tu como meu norte 
até o fim e o após..

ralleirias- Bravo amar


sábado, 25 de janeiro de 2020

pulso

Meu pulso, continuado
é desejo sincopado
do que vejo e o ignorado
entre o agora e o depois
e o antes do que já se foi
amo e pulso,
e odeio, apaixonado...
ralleirias- meta teatro


quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

as cinco sabedorias...

Medito constantemente nas cinco sabedorias...
São meus guias, estas cinco qualidades, são as
sabedorias dos cinco Diani Budas.. .
Em sua base, podemos dizer que opera o Prajnaparamita,
palavra que combina o sânscrito prajñā (“sabedoria”),
com paramita (“perfeição”). 
Aonde de forma simplificada podemos referir que tudo 
depende de outras coisas para 'significar-se e assim, 
'ser', existir e ou coexistir'...
Sabedoria do Espelho- azul- Buda Akshobia. 
Criamos co-emergência entre o mundo externo 
e o mundo interno. 
Sabedoria da igualdade- amarelo- Buda Ratnasambava
Com um interesse maior pelos outros há assim, compaixão.
Sabedoria Discriminativa- vermelho -Buda Amitaba
Podemos perceber o que é real e o que não é real.
Sabedoria da Causalidade- verde- Buda Amoghasiddhi
Toda ação produz resultados. 
Sabedoria de Darmata- branco- Buda Maitreya. 
Todos os aspectos são transitórios, construídos.
Todos os seres tem a natureza livre...aplicam-se e 
atravessam constantemente, todos os mundos 
grosseiros, sutis, secretos e mágicos... 
facilitam assim, as quatro nobres qualidades
incomensuráveis, a compaixão, o amor, a alegria, e a equanimidade, 
que podem derivar as seis perfeições, que são a generosidade,
moralidade, paz, energia constante, concentração e sabedoria...
ralleirias 
 

Mais referencia (- CEBB  ) sobre: as cinco sabedorias 

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Guapa...

Gosto do cheiro da pele dela, e de todos os seus humores.
Ela quase não usa perfumes, pois realmente não os necessita.
Aprecio os teores fortes nas suas opiniões sinceras, emanados e
encrustados, pelo sentir que ela porta majestosamente.
Todo desafio, é na vida coisa linda, para quem em si,
se nutre, se faz e se habilita...
Não esconde suas posições, ou se assusta com os medos e a ira,
mesmo quando os sente, e nem com a estupidez e as violências,
de quaisquer terceiros, de forma bela, os combate de frente.
Nos seus nãos e sins, admiro assim, a sua força contundente,
dos propósitos que se constroem por suas vontades justas
e incorporam-se perfeitamente nos seus fins e suas lutas.
Trava e faz peleia justa, e em qualquer sina.
Aprendo com toda e cada palavra que sai daquela boca divina.
Forte, soberana e linda, mulher guapa à quem quero servir
com todas as minhas forças, e com minha vida
e por quem a minha admiração e meu amor, sinto,
é como uma coisa que nunca finda...
ralleirias -Bravo amar






quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Criamos

E é só o agora, não há ou haverá um depois,
não acontecerá outra ocasião para ser bom 
ou perfeito, ou para fazer melhor
ou refazer direito 
ou um após para acertar-se
o tempo não se moverá, 
o quando do instante
é só o possível que há, 
a existência, apenas faz-se ilusionando 
este eterno permanecer, nada perdura 
frente a passagem contínua do acontecer, 
aonde a vida na morte se cura
na sucessão de eventos encadeados
nem menos nem mais
e sempre interligados
Como o pavio queimando, a água correndo, 
o vento soprando, e a terra nos valendo. 
O sol nos testemunha,
as luas nos assistem, 
o dia vem, a noite vai, 
nas móveis e fugidias luzes
e sombras causais
em que todos como um se fazem e insistem... 
Aonde é onde morremos o tempo todo, 
nesse fugidio instante
das linguagens que usamos, 
e em todas as passagens que emulamos... 
Assim, em todas as comunicações 
sagradas ou profanas do entendimento 
e que assim, só se findam, 
quem concebe lugar para o todo, 
é o espaço e o silêncio, uma coisa só,
que só verdadeiramente ocupamos
quando nós, daí, nem não estamos....
Sendo, nos permitimos o tudo,
e mesmo o nada, neste então,
ocupados ficamos, e assim
os possíveis aceitáveis, formamos.
Eis que estamos neste
mesmo e único lugar , 
que é um construir,
como esse diverso sonhar
aceitável das nossas imaginadas sagas,
nos significados atribuídos de cada coisa, 
emulamos posições pretendidamente diferentes, 
e assim, móveis...presumidamente.
Mas será no sempre a mesma instância, 
aquilo o que conhecemos como o paciente amor,
independente de sucesso e fracasso, prazer ou dor
perfeito como se apresenta, como Deus,
e que imaginadamente assim nos alenta,
como o tu, como o eu, eles e o nós...
e tudo que se materializará e ou já se concebeu
por não saber ou notar que não o precisamos,
enfim nos reconstruímos, destruímos e
destituídos do poder,  nos criamos...
ralleirias -das asceses místicas


segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

é só uma palavra

Perdão é só uma palavra.
que expressa o impossível
mesmo assim, perdoai-me ó tudo
pelo tanto de ti que ocupo ou nego
pelas minhas potencias e falhas
perdão pelo meu tempo e esperanças
perdão pelas verdades, e mentiras
pela sinceridade e o fingimento
por minhas fraquezas ou confianças
perdão pelas vitórias e derrotas de todos
pelos amores que pretendi e não vivi
e os que nunca consenti
e perdão pelos que conquistei
e depois desprezei e esqueci
pelas esperas que fiz e que não escolhi
perdão pela pressa, quando não estive aqui
e por minha pouca paciência
pelas palavras que proferi
perdão pelas minhas sabedorias e demências
por minha tosca ignorância
Perdão por minha suposta importância
e minha real irrelevância
perdão por cada manifestação
e por meu contundente ou raso silêncio
perdão pelas dores e prazeres
por cada alimento que ainda me sustenta
pelo mundo que por isso, se acaba para tantos
Por minha insistência,
por minha cobiça e pelo pouco caso
perdão por todos os meus interesses
pela minha gloriosa ou infeliz existência
Perdão por eu não saber viver bem
mesmo com tudo o que já recebi
perdão pelo que nunca consegui
perdão por minha vida, mas
perdão, perdão é só uma palavra...
-meta teatro

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

legítimas vontades...

O que possuo, é o verbo.
Apropriado do sentir, 
trabalho o compreender, 
vivo pelo amor ,
rezo no meu próprio esclarecer.
O que trago, 
é a paciente escolha 
do servir,
à mim, à todos, 
tudo junto e misturado, 
meio confuso, meio ajustado, 
tudo muito vivido 
e o todo, muito amado...
à luz do ser, 
o querer se faz 
cárcere e liberdade...
a vida flui em verdade
do criar realidade
e de fazer valer 
um novo mundo
de boas e legítimas 
vontades...
- meta teatro