As palavras e os conceitos, gostam de lugares confortáveis,
os quais, acham que conhecem... e que lhes cabem...
As pessoas idem... mas, parece que não sabem..!
É como se certezas, realmente fossem...
Pois estão bem entrelaçadas,
com conhecimentos complexos,
mas, na verdade, desconexos
e limitados e temporários...
Assim, somos constantemente doutrinados,
então, talvez possamos até ser ingênuos,
mas, não é que sejamos otários...
Distraídos estamos, num casulo que às certezas tecem,
mas, da realidade nos desconformamos, e nos readaptamos
enquanto uma metamorfose acontece...
É que ocorre este descobrimento, num determinado tempo,
que estes lugares, quase sempre, são como invenções de um momento.
Então, assim como quando as palavras se reciclam, e dai se decidem,
mudam e migram em seus sentidos, e parece que as pessoas, idem...
São reconfigurações em provimento...
O sentido das palavras, deste jeito, vai e vem...
As razões que comportam as identidades
das pessoas, e dos mundos, também...
Somos e estamos em transitoriedades...
E assim, ainda que este colapso de algumas realidades
possa às vezes ser traumático, ele é também libertador.
Uma identidade de palavra ou de pessoa não é imutável,
ao contrário, por natureza, é maleável...
E ainda bem... pois isto evita muita dor...
Acontece, que nas palavras,
a significância é sempre atribuída...
Pois estas, antes foram ensinadas e daí aprendidas,
e só então, depois de apropriadas, é que são proferidas...
E eis que suas palavras,
também são como um mapa,
destas cercas que limitam sua vida.
Mas, ao acontecerem as mudanças, dali se escapa...
As identidades, da mesma forma,
compõem-se de um semelhante mosaico,
que está em montagem, num determinado tempo e lugar ...
Nele, os preconceitos como norma, carregados,
pelos pensamentos e pela razão, direcionados,
estão também bastante amarrados...
Como será que é possível à isto, alterar?
Então, é assim que o tempo e o espaço (o lugar)
transitando pelo 'sempre' podem nos ajudar...
Pois contudo, e como tudo, eles 'sempre' passam...
E ainda bem, que como nós, nunca se cansam de mudar.
ralleirias