E presos em nossos currais invisíveis, nós sorríamos...
E quando gaia e a genuína vida, nos pedia e clamava
por uma trégua às nossas absurdas e abjetas iniquidades
consumistas, nos auto consumindo, não a ouvíamos...
E nós, sorríamos...
E concordávamos calados, cegos, surdos, obtusos,
vendidos, comprados... Com o holocausto de tantos seres,
e nós todos, entre eles... E nós, sorríamos.
Seguimos sendo finados, nos tantos açougues de todos os
tipos, desta servil escravidão, subjugados à fome vorás
da lucrativa especulação... E nós, sorríamos...
Em meio à infinitas dores dos outros, aceitando toda indigna
normativa rasa, e a miséria de quem gritava, ninguém a notava.
E nós, sorríamos...
E assim marchávamos com um estandarte de vitórias,
nesta luta louca e inglória e por esta vida atropelada,
empurrando a máquina de moer mundos, nesta funesta
estrada, aonde jazem já, tantas vidas cimentadas,
nessa coisa incerta que nunca por nada parava ...
E nós, sorríamos...
E agora, será que é chegada a derradeira hora..?
Do não sorrir, do não compartir, do não tocar, do não ver,
do não exprimir, do não falar, do não amar e do não viver...
E se não de forma digna e legitimamente por todos nós,
nem por eu ou por você...Até quando, por quem, e por quê?
ralleirias- Das lutas de classe
sábado, 21 de março de 2020
Tudo para ti
Tudo para ti,
eu quero poder...
O todo de mim
que queres
que eu queira,
eu me faço
em te conceder...
- Bravo amar
eu quero poder...
O todo de mim
que queres
que eu queira,
eu me faço
em te conceder...
- Bravo amar
sexta-feira, 20 de março de 2020
Atotô, Obaluaiê. Atotô! O Rei da terra chegou..
Atotô, Obaluaiê. Atotô! O Rei da terra chegou...
E nos comanda o silêncio, na postura do aquietar-se
no próprio espaço do que nos cabe por direito.
E nos comanda o silêncio, na postura do aquietar-se
no próprio espaço do que nos cabe por direito.
Pela atenção naquilo que criamos, nesse respeito,
pelas palavras que não proferimos, no silêncio que é perfeito.
Atotô, há o espaço e a criação, há a cura, que é a aceitação.
Atotô, há o espaço e a criação, há a cura, que é a aceitação.
segunda-feira, 9 de março de 2020
O equilíbrio das polaridades
O equilíbrio das polaridades
deve ser dinâmico, na troca
do pulsar em dar e receber.
Meu equilíbrio com toda
minha amorosidade,
está em querer eu,
à ti, pertencer.
Assim, a troca
é bem-aventurada
quando ressoa
em um, e no outro
um mesmo querer.
E sistematicamente,
pulsará o amor a crescer...
ralleirias -Bravo amar
deve ser dinâmico, na troca
do pulsar em dar e receber.
Meu equilíbrio com toda
minha amorosidade,
está em querer eu,
à ti, pertencer.
Assim, a troca
é bem-aventurada
quando ressoa
em um, e no outro
um mesmo querer.
E sistematicamente,
pulsará o amor a crescer...
ralleirias -Bravo amar
sábado, 7 de março de 2020
Eu uivaria
Eu uivaria o teu nome,
em qualquer lua.
Gritaria lindos poemas
românticos, no meio da rua...
E saberia tudo daquilo
que queiras gostar...
E eu sonho sempre
que possamos
realmente
no amor
nos encontrar...
E é tão grande,
este amar
que sinto
que é como
um infinito
daquilo que há
de mais bonito
no céu
na terra
e no mar.
ralleirias - Bravo amar
em qualquer lua.
Gritaria lindos poemas
românticos, no meio da rua...
E saberia tudo daquilo
que queiras gostar...
E eu sonho sempre
que possamos
realmente
no amor
nos encontrar...
E é tão grande,
este amar
que sinto
que é como
um infinito
daquilo que há
de mais bonito
no céu
na terra
e no mar.
ralleirias - Bravo amar
quarta-feira, 4 de março de 2020
sempre aflora
Me expresso, da boca para fora.
E eu falo, de minha alma para dentro.
O teu nome é algo que sempre aflora
no brotar de todo o meu pensamento.
Tanto que te quero, que eu te sonho.
E tanto que te amo, como fato real,
que em teu desconhecido mundo,
eu nada temo.
ralleirias - meta teatro
E eu falo, de minha alma para dentro.
O teu nome é algo que sempre aflora
no brotar de todo o meu pensamento.
Tanto que te quero, que eu te sonho.
E tanto que te amo, como fato real,
que em teu desconhecido mundo,
eu nada temo.
ralleirias - meta teatro
Necessário
Necessário o inferno
quando há paraíso.
Desejo como corpo,
forma como a vontade.
Crença como o fato,
Intensão como verdade.
Confronto como dor
paciência como o amor.
Desequilíbrios como
equanimidades...
ralleirias - meta teatro
quando há paraíso.
Desejo como corpo,
forma como a vontade.
Crença como o fato,
Intensão como verdade.
Confronto como dor
paciência como o amor.
Desequilíbrios como
equanimidades...
ralleirias - meta teatro
reptiliano
O medo reptiliano
opera na fuga,
na reatividade.
Há força, mas
sem lucidez, pois
opera na prontidão
da responsividade.
Mas, solução ...
faz posturas,
ordena movimentos
salva das loucuras.
Num restruturar-se
em francas atividades
por auto provimento.
ralleirias -meta teatro
opera na fuga,
na reatividade.
Há força, mas
sem lucidez, pois
opera na prontidão
da responsividade.
Mas, solução ...
faz posturas,
ordena movimentos
salva das loucuras.
Num restruturar-se
em francas atividades
por auto provimento.
ralleirias -meta teatro
segunda-feira, 2 de março de 2020
Será o amor ?
Será o amor, quem faz vontades?
São as fugidias verdades,
frutos de quais segredos?
Será que o amor real,
suporta todas as vaidades?
Ou ele é quem desmancha
quaisquer enredos?
Será o amor, uma força mestra,
da vida, e da mudança
de tudo o que não presta...
Será o amor a esperança
de dissolução
das mazelas do coração,
e assim, de todos os medos?
E o que nos faz querer em nós,
o todo sanar.
Como panaceia, divina flor...
E o que nos faz continuar...
Das coisa mais sérias,
da vida, é assim o amor...
ralleirias - Bravo amar
São as fugidias verdades,
frutos de quais segredos?
Será que o amor real,
suporta todas as vaidades?
Ou ele é quem desmancha
quaisquer enredos?
Será o amor, uma força mestra,
da vida, e da mudança
de tudo o que não presta...
Será o amor a esperança
de dissolução
das mazelas do coração,
e assim, de todos os medos?
E o que nos faz querer em nós,
o todo sanar.
Como panaceia, divina flor...
E o que nos faz continuar...
Das coisa mais sérias,
da vida, é assim o amor...
ralleirias - Bravo amar
A dor
A dor, pode ser irrefutável ao ser.
Oculta, nas loucuras das diversas personas que usamos.
Oculta, nas loucuras das diversas personas que usamos.
Pode a loucura, ser a salvação, para a dor ora
irremediável que na doença, sentimos.
irremediável que na doença, sentimos.
Pode a doença, ser a fronteira
aonde combatemos a própria morte.
Pode a morte, ser desconexão definitiva, quando,
com a vida que vivemos o ser, este o é, somente em dor.
ralleirias - meta teatro
aonde combatemos a própria morte.
Pode a morte, ser desconexão definitiva, quando,
com a vida que vivemos o ser, este o é, somente em dor.
Contudo, a dor como pulso é natural, e quando pulsa,
podemos compreender sua origem, e isso pode vir a
transformar, valorar e curar nosso mundo e toda vida.
ralleirias - meta teatro
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