sábado, 30 de outubro de 2021

consumado

Parece, que 
consumado está, 
que sempre 
fomos e somos 
reféns 
da nossa 
própria ignorância, 
quanto aos nossos papeis 
sociais e reais. 
De tudo posto, talvez 
nos coubesse assim, 
apenas falhar,
e então 'agora' 
na consciência 
destas sempre
mais 'novas' derrotas, 
acordarmos em 
realmente nos mobilizar. 
Noves fora os 
romantismos heroicos, 
teremos apenas
a nós mesmos 
como um miserável, 
mas, verdadeiro trunfo...
- crônicas das lutas de classe

sempre nos espreitando

O capital especulativo, seus representantes...
estão sempre nos espreitando.
Às vezes travestem-se de modernidade 'salvadora', 
como as grandes corporações dos aplicativos, 
mas por traz delas, estão os velhos motivos especulativos... 
nos arrebanham via nossas necessidades... 
Para criar um rico, são necessários milhares de pobres e necessitados ... 
E em nossa reatividade sob nossas precariedades, não conseguimos 
dar conta das ações e  dos posicionamentos necessários 
para sairmos destes cárceres... 
Pois assim, é que operam e perpetuam através de nós 
e de nossas misérias, esta farra continuada de desigualdades.
- das lutas de classe

domingo, 24 de outubro de 2021

é ainda nosso trunfo

Nossas práticas de lucidez, creio, são nossas mais 
poderosas ferramentas de resistência e mudança, 
para um lugar mais íntegro e rico ao nosso existir... 
a posse das nossas mentes, são como a posse de 
nossas vontades e enfim, identidades... até a real liberdade. 
E é por isso, um momento histórico este o de agora, 
a barbárie no mundo todo está se ampliando, 
e ou nos insurgimos de alguma forma ou sucumbiremos todos, 
por omissão, fatalidade ou pior, por servilidade.  
E esta consciência é ainda nosso trunfo, por enquanto 
ainda podemos nos insurgir via lucidez, para quiçá nos 
organizarmos e avançarmos de forma efetiva e então 
compartir e cambiar e fomentar desenvolvimentos e 
trocas, estruturando um caminho de resistência... 
que nos permita dignidade e alegria e vida... 
O horizonte nebuloso, trouxe as nossas fronteiras 
para bem diante de nós.
- das lutas de classe

o inesperado

 E mesmo esperar 

o inesperado, 

também não é 

como estar 

preparado...

- meta teatro

Lembra...

 Lembra... em todas

as necessárias vidas

e nas tuas lidas, 

do trabalho de ser

que em teu Deus,

tu concebeu...

O amor que perseguias,

e tudo o mais o que 

querias e o teu mundo 

te deu... vê se percebes,

sempre foi o teu.

-meta teatro

pilhagens

 Na subversão do que convenciona-se 'sucesso', 

há pilhagens históricas e emaranhados sistêmicos aonde 

graça a injustiça e a covardia de uma sociedade doente.

- das lutas de classe

nutrir-se

 Além do desejar nutrir-se, 

é que se estabelecem 

as reais trocas. 

Querer, sabemos, não basta, 

há que que se ter para dar, 

tanto quanto para o receber...

Amar pelo que se pode amar 

em dar-se e sentir e trocar, 

no tanto o quanto 

se pode ser...

ralleirias - meta teatro 

A raiz do agora

 Dos afetos... todos estamos no mesmo campo, 

o dos mesmos sonhos, aonde tudo sobre a vida 

e os mundos possíveis, ocorre de acordo com 

as nossas crenças comuns. 

Assim, só é o possível, aquilo em que se pode acreditar. 

A raiz do agora, está na sua percepção sobre seu instante 

e lugar, no exato momento de onde o 'sempre' emana 

e assim acontece no sentir...

Sua atenção sobre o que é a verdade 

e de quais vontades e de onde elas surgem, 

criarão o seu fato e instante históricos, 

aonde sua persona manifesta-se, e 

de onde brota todo o seu próprio mundo. 

ralleirias - meta teatro

terça-feira, 12 de outubro de 2021

idiossincrático

Eu preciso renascer
no poder em me acreditar
em minha vontade de viver
e do querer manifestar, 
suficientes descobertas
em invenção e novidade
do amor com sobriedade
no clamor pela verdade...
E acionar o detonador
idiossincrático
como conformador 
parassimpático
do norteador
ante sofismático
e me recriar...
ralleirias -meta teatro

domingo, 10 de outubro de 2021

colorir

Saí deste meu olhar antigo, 

onde corria perigo.

Essa porra toda, 

já não serve mais, 

nem à mim nem à ninguém.

E pro mundo e pra vida... 

era um triste desbotado, 

inexpressivo

olhar de desdém ...

eu tento agora, 

um novo mundo vivo...

busco as cores novas, 

para o colorir também...

meta teatro

ausente

 ... e os poderes de invisibilidade...

Eles escondem também as tuas vontades?

Estar invisível não é o mesmo que estar ausente...

Para aqueles que sentem tua falta, 

na verdade, para estes...

estás sempre presente...

meta teatro

voluntário

 Escravo voluntário, qual é o teu nome?

Ignorância nata, servidão barata?

Escravo voluntário, qual é o teu nome?

Ingênua ganância, que auto consome...

Escravo voluntário, qual é o teu nome?

Especulação lucrativa, inteligência inativa.

Escravo voluntário, qual é o teu nome?

Títulos em atas escolados nas 

virtudes insensatas...

Escravo voluntário, qual é o teu nome?

É medo, e impotência nas fomes?

Escravo voluntário, qual é o teu nome?

Qual é o teu nome? Escravo voluntário?

ralleirias(das lutas de classe)

extra absoluto

Motivos e lógica 
de forma rimada
desenvolta e sincopada...
E faz-se assim a poesia
que além de tudo,
é como transcendedora
de instâncias e alegria
do mais extra absoluto
não nada.

como também é o
Amor dissoluto, pois
recolhe-se
fiel e resoluto
à si.

Bendito é
qualquer
fruto
subjetivo
qual há
ali.
- meta teatro  




um vórtice

Mais um abismo.
Mais um inferno
Mais um vórtice infeliz
Desta vez, eu achei que conseguiria...
E foi mesmo por um triz.

Escalei as paredes através do breu
Emergi das profundezas
Nunca, nunca soube o que é o desistir.

Mais um voluntário mergulho cego
e de costas...
Acho que lá no fundo,
já encontrei as respostas...

Sempre foi e é o que eu quis...
A verdade, é que há momentos
em que desejamos os infernos e os abismos.
Acreditamos que eles fazem parte do pacote
do que é 'ser feliz'...
ralleirias - meta teatro



Berzequer

 Na paz que quer.

Bem me quer,

mal me quer.

Na paz que faz.

Bem me faz

mal me faz

faz capaz.

Bem me quer,

bem me faz

mal me quer

mal me faz

Berzequer.

Faz capaz.

Da paz que quer.

ralleirias -fragmentos 

exibida

Mas, às vezes as coisas só aparecem, 

porque muito bonito, de fato, tudo é...

Coisa exibida, é quando algo aparece.

Beleza é conceito, segue preceitos.

E o belo, bom é. Me parece.

Mas às vezes as coisas só são algo

se forem autorizadas pelo

reconhecimento das outras coisas...

Se  assim não forem, já outra coisa são e serão.

E é assim que as coisas vão mudando, no 'então'...

ralleirias - meta teatro