sábado, 29 de janeiro de 2022

em emaranhamentos

 E sou eu, é tu, são eles.

O que corta o espaço, e cria tempo.

Nossos tempos...  

E estamos fabricando nós e

nos amarramos em cada momento.

Assim, nós somos nós, em emaranhamentos.

E das forças de arrasto que somos

somamo-nos em empuxos e pulsos

nos nossos caos e aprimoramentos.

E sou eu, é tu, são eles.

O que corta o espaço, e cria tempo.

Nossos tempos... 

ralleirias - ouroboros



quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Sonhar é destino.

 O sonho, abre uma porta para um suposto infinito.

Um bardo múltiplo, aonde as palavras têm desdobradas

as suas atribuições, em novas e veladas significações.

Onde imagens, são emoções, e onde não há limites

apenas dimensões... Sonhar é destino.

ralleirias -meta teatro

sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

arena

Parece que há uma arena invisível que nos cerca, 
nela, desarmados e ignorantes sobre nossos possíveis 
papeis e destinos lutamos nus e sós numa encarniçada luta de classes... 
pode nos parece isso, um tanto dramático... mas olhando ao redor, 
vemos enfim, que nosso tempo de resistência é incerto
e isso está bastante cruel e real ...
- Crônicas das lutas de classe

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

programada

A obsolescência programada, 
mira você, seus afetos e sua vida...
Assim, prepare-se para leiloar-se 
como escravo, das  especulativas 
vontades capitais do capital...
Ou jogue-se de vez, no lixo 
imposto nesta e desta história...
- Crônicas das lutas de classe

Poder se alegrar...

 Parece, que o mundo não anda bem... 

e vai rogando fracas preces, as quais quiçá, 

nem chegam ao além...

e assim cambaleia, tosse e briga, 

por muitos motivos, parece que chora

e lhe ronca a barriga...

E não sabe bem, se vai ou se vem...

ninguém lhe vê ou ouve, ou acode

ninguém se toca, ou se se toca, 

com algo pode também... 

E é mais complicado até do que  

consigo falar... diante de tanta dor

não há como estando sério, 

poder se alegrar..

Crônicas das lutas de classe

permitir-se e permitir..

 A alma toma corpo, quiçá preenchendo nossos pensamentos...

O corpo, tomaria a alma, realizando-se assim, em movimentos.

E os movimentos, esses... tomam nossas histórias em saberem-se e 

consolidarem-se além dos atos das nossas particulares estórias,

e mesmo entre perdas e glorias... e entre todos os nossos sonhos 

sobre ser, existir e permitir-se e permitir... 

- meta teatro

pagaremos por nossa omissão

 O massacre e a violação aos direitos e a dignidade das pessoas e do 

povo, que vemos sistematicamente acontecendo na Palestina, é o que 

oportunamente também nos espera, por nossas distantes indiferenças, 

certamente chagará a nossa vez... assim, pagaremos por nossa 

omissão.... Como sociedade, como humanidade, um mal que é feito à 

outrem (povo ou indivíduo) se não combatido, é o mal que há de cair 

em algum momento também sobre todos e à cada um de nós....

 - Crônicas das lutas de classe

quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

véu

É meio dia, e o sol está à pino, 
e ele brilha tanto 
como todas as estrelas 
que também estão lá no céu...
não as vemos, mas, as sabemos... 
e então a terra gira e a noite chega 
e daí, é o mágico brilho da lua, 
entre as estrelas o que nos aconchega... 
mas ainda sabemos, esta luz também 
é do sol, que está lá em algum lugar no céu... 
e o breu que existe e que por ora até persiste, 
é apenas como um momentâneo véu...
 - meta teatro

de onde sai

 O que ou quem dita 

de onde sai a beleza? 

É como algo que 

é da vontade, ou seria 

das vaidades... 

Mas em quais verdades?

E de quais certezas?

Como se faz ou cria-se 

aquilo o que é belo?

É do que é complexo, 

ou do que é singelo? 

Brota como do furor da cor...

do azul ou verde 

do vermelho ou do amarelo...

Mas, por qual valor?

O que lhe diz?

É a forma, 

ou é o que 

lhe conforma?

Mas, quem dita 

estas benditas normas? 

É daquilo que o faz 

ou é do que já o fez... 

E aquilo que é o belo,

é como era o de outrora 

ou é como o desta hora 

e nesta vez? 

- meta teatro

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

a dignidade

No nada 

do tempo,

crio... 

e volto 

consciente

olhar,  

adentro...

atento.

No agora

entro.

Vem, só o amor

tem a dignidade

para ocupar todo 

o momento...

ralleirias  - Aonde está o blues

teus silêncios

 O amor?

Te espera.

Nas confidências

feitas à ti

pelos teus 

silêncios...

- Meta teatro

sábado, 1 de janeiro de 2022

Cabe-me

 Cabe-me talvez pedir desculpas, 

porque eu nunca te esqueço, 

por causa do amor que eu acho puro,  

sem culpas, e que insistentemente 

eu te arremesso... 

Pois sei, sinto, é que só cabe-me amar, 

o que também é a única coisa que 

à essa dor de solidão do ser 

e do não ser, pode amenizar... 

E cabe-me esperar, que um dia, 

eu possa humildemente à ti, me entregar

para assim de alguma forma, realmente

eu, no teu ter, me pertencer...finalmente.

ralleirias - Bravo amar