Como fossem minhas mãos
pintadas numa parede arcaica
duma caverna, marcas de um
desconhecido
que agora foram descobertas.
Escrevo para quem
é quem eu nem sei.
De tempo algum,
época incerta.
Mensagem compreensível somente
num domínio magicamente compartilhado
mas, curiosamente, de instancias pessoais secretas.
Vê este tempo que te tomam estas palavras?
Rendido, teu pensamento às persegue.
Não fosse isto, ele provavelmente estaria
consumindo outras verdades prontas.
Quase tuas certezas.
Elas vão ficar, depois de ti.
As palavras e as certezas.
Cárcere histórico do logos corrente.
Na luta contra as intempéries do mundo
formado em significados pragmáticos
mal se percebe o consumo de linguagens.
que nos transformam
em mutantes lógicos ad aeternum (...)
ralleirias