quarta-feira, 30 de abril de 2014

Efetivamente? Talvez ela não estivesse mesmo lá...

Efetivamente? Talvez ela não estivesse mesmo lá...
Não há como contar com aqueles momentos
onde o pensamento é como nuvem e vapor ao vento...
Assim, simplesmente e não importa o evento...
Não haverá memória deles...
Num limbo próprio, são 'não imemoráveis',
pois de fato são imemoriáveis.
ralleirias


Um passo em falso da 'verdade' e eis que logo ela cai na realidade.

Um passo em falso da 'verdade'
e eis que logo ela cai na realidade.
Nem sempre se entendem bem estas duas...
Há de fato discordância mesmo quanto ao seus números e dimensões...
por vezes valem-se de subjetividades
e noutras são mesmo ilusões...
A história dança com a estória e então
Uma à outra acusa, de ser apenas uma versão...
ralleirias (fragmento)

A surpresa e o inusitado acontecem...

A surpresa e o inusitado acontecem...
Mas como elas nos afetam, apesar de tudo
ainda é por nosso consentimento...
ralleirias


Só pra aproveitar esta brecha...

Só pra aproveitar esta brecha...
Algumas rupturas que surgem ocasionalmente nestes nossos muros,
estes que erguemos em torno de nossas existências temporárias,
protegendo nossas duvidosas e até ingênuas certezas,
podem ser realmente, grandes oportunidades para novos olhares,
e até novos caminhos em nossas vidas...
Eis a rachadura...
Dura até que racha,
e nem a racha dura.
ralleirias


A verdade, pode ser apenas desejo...

A verdade, pode ser apenas desejo.
O desejo, pode ser uma realidade.
E que, embora provisória,
em si, traz autenticidade...
Esta autenticidade, 
exigiu um quórum...
Do perceber e do sentir,
aprovados foram pela vaidade.
A Razão e a crença, assim 
debateram num fórum...
Onde, o que importava mesmo, 
era a vontade...
- das lutas de classe


Um longo momento...

Houve para mim, um longo momento,
onde o senhor da vida era um relógio: Dono do tempo.
O tempo marcado imperou e eu... na galé.
Ele, soberano do depois e do antes, do durante e do até.
Mas entre tudo, eis que houve um ínfimo instante...
Nele pariu-se lúcido um novo agora, relevante.
E aconteceu um levante contra o relógio e o que ele é
O relógio não é senhor é servo e não espelha a verdade.
Seguramos o agora e sua continuidade, apenas por nossa vontade...
E deste então, já não sou mais escravo à remar na galé...
ralleirias

terça-feira, 29 de abril de 2014

Não estava nos desafios...

Não estava nos desafios
nem mesmo, nos tantos perigos
Partia de minhas crenças...
desequilíbrio deste equilíbrio,
entre o olhar preocupado
e o meu mais franco sorriso...

É costume rejeitar o medo
no entanto, eu o bem digo!
Decidido, venci, fui à frete!
Mas, quando foi renitente,
ele sinalizou para mim
assim, os verdadeiros perigos...
ralleirias (fragmento)

Foi mesmo Vênus quem me contou...

Na madrugada, as 4:30 h. de 'hoje',
Vênus, brilhava acima do horizonte
no nascente...
(Algo muito próximo à esta imagem...)

Então, lembrei da primeira vez
que o céu me despertou para
a consciência de nossas finitudes...

Foi mesmo Vênus quem me contou
que nem mesmo o amor
pode durar para sempre...

ralleirias

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Não é loucura, falar sozinho...

Não é loucura, falar sozinho...nem mesmo é inútil,
ao contrário, possivelmente assim surgem os embriões
das mudanças...
Pode ser isto, também o fermento do estado meditativo.
Também é mesmo muito útil analisar 'quem fala à partir de ti',
senão, as crenças em certezas que muitas vezes, sim,
de fato não existem... e são apenas ecos de certezas alheias
ou aculturações, e que quando não estão apenas apegadas
às nossas vontades, acabam até mesmo por molda-las...
ralleirias



A lucidez mostra-se como principal força de transformação...

A lucidez pode mostrar-se como principal força de transformação,
e talvez nosso maior desafio, seja justamente esta percepção.
Nossas crenças, parecem reguladoras de nossos
medos e desejos, como válvulas da realidade...
Assim, mesmo o obvio pode estar oculto.
Empoderamos permanentemente nossos sentimentos
e portanto, lhes injetamos na alma da realidade.
ralleirias


O poder tem limites diferentes do que o imaginário popular crê...

O poder tem limites diferentes do que o imaginário popular crê...
Fronteiras tênues, ocultas em ações e condicionamentos simples.
Em atos corriqueiros, em vontades bobas e barreiras pífias...
A queda da soberba, muitas vezes começa nas dobras de tapete,
na água fria de um banho em dia frio, numa comida ruim,
na cara feia do ser amado e nas noites mal dormidas...
ralleirias

Sapiência é legado...

Sapiência é legado...
Mas antes é permissão.
A razão pode ser um achado...
E também uma imagem... mera pareidolia
nos escombros da compreensão.
ralleirias

imagem : Jon Foster
http://www.jonfoster.com/

Tem sido a liberdade associada à tantas coisas...

Tem sido a liberdade associada à tantas coisas...
Fuzis, morte, expropriação, violência, estupidez, covardia, maldade...
Flores, vida, empoderamento, ternura, sabedoria, coragem, bondade...

É que talvez a verdade possua uma certa capacidade plástica, onde
estas possíveis realidades que lhe dão quórum, não consigam manter
assim uma objetividade, não diante de todas estas existências que passam
a lhe compor, quando são compreendidas por seus percebedores...

Mas algumas coisas, tem uma legitimidade inquestionável em relação
ao substrato, às fibras da liberdade...  E a alimentação é uma delas.

Também ela é tão subjetiva...
O ar é alimento, a luz é alimento, a água é alimento...

O amor é alimento, pois, eis que também
a própria liberdade é alimento.

É a liberdade o supremo alimento da vida
E então como a derradeira liberdade, eis a morte...

Ali, tem uma fronteira secreta, ou pelo menos discreta,
em que, curiosamente também a morte é convertida
em alimento para a vida...

A nossa liberdade e a nossa vida,
vêm como morte comida...
ralleirias

domingo, 27 de abril de 2014

Suas fronteiras são estabelecidas por suas crenças.

Suas fronteiras são estabelecidas por suas crenças.
Quais ideais norteiam estas crenças e portanto
também a sua realidade?
Quem de fato e que interesses estabeleceram
as bases de sua cultura ?
Como, o que já estava posto antes de sua chegada,
obteve seu quase total consentimento?
Quando a cultura e mesmo a linguagem encarceram
sua noção do que é realizável e do que é realidade,
o silêncio pode ser um bom ponto de partida para
o surgimento de um contexto melhor, correlacionado
sim, com o mundo que lhe cerca, mas então,
são grandes às possibilidades de que uma construção
co-emergente acontecerá legitimamente à partir de você...
ralleirias




sexta-feira, 25 de abril de 2014

Deste olhar sobre o momento...

Deste olhar sobre o momento,
que é como num jogo de luzes e sombras,
há sempre tantos poréns.
Tantas vontades existem moldando o agora.
Talvez o olhar não consiga contemplar esta
vista panorâmica,  que é muito ampla...

Não há apenas um fio...
O tecido do instante, o agora,
é uma enorme tecelagem complexa
com tantas rocas fiando o 'já', e abastecendo-o...

Surgem neste tear, fios que vêm de tantos
'antes' e com tantos possíveis 'depois'
por tantos prováveis poréns .... que talvez
acabemos por olhar ou querer apenas pousar o olhar
somente no instante onde cristalizados
estão nossos fugazes sonhos e entendimentos...

Nestas suposições de nossas vontades fugidias...
Acho que a história do nosso agora é quase estória...

O agora muito nos engana por ser móvel,
Mostra-se no depois do entendimento...
Mas também no antes das revelações...
Então, mesmo por isso, no pontual instante passageiro.

E o depois revela-se não tão misteriosamente
funcionando sobre todos os tempos, co-emergindo e
misturando realidades, passados até irreais,
criando um multi universo hermético
à cada compreensão.
ralleirias

Então começa uma transformação inusitada...

Então começa uma transformação inusitada,
onde o realismo fantástico surpreendentemente
carrega agora uma humanização que parece negada
pela aparente desumana realidade ...
ralleirias
 ARTIST . NORM •
◦ Untitled ◦
location: Korschenbroich, Germany

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Pau de bandeira...

O quero-quero parece que me arremeda,
seu canto ecoa no campo após cada pensamento meu
Pensamentos sobre esta liberdade de continuar
cometendo os próprios enganos...
Mas o que foi mesmo que me convenceu?

Quero... quero, grita como deboche ou pergunta
parece que faz uma pausa... não ouvi nunca
um quero-quero cantar assim...
parece que canta, sugerindo algo pra mim.

Meus pesados pensamentos, das lembranças de lutas
pelas coisas e planos... e pelas pessoas erradas
com intenções pretensamente boas, mas mascaradas
e então finalmente reveladas como barganhas fajutas.

E conto sempre com a ingenuidade de minhas certezas.
Meus ouvidos moucos para às razões alheias
nos prendem nas mesmas teias...

Olhos cegos para outras vidas, sofrimentos e realidades
nos condicionam numa única pretensa verdade....

E no final nos tornam todos iguais...
Soldados de outros interesses que não os certos,
que não os nossos,  acéfalos radicais,
nada menos e nada mais...

Já não me agarro firme, mais em convicção alguma
não vou mais ao inferno, queimar só... e por coisa nenhuma.

Como o quero-quero, este que canta em pausa
também não tenho mais certeza da integridade
de tantos pretensos líderes e de nenhuma causa.

E sim, há tantas lutas justas, carecemos muito de real igualdade
tantas intenções nobres, lutemos sim pois com alma e integridade...

Mas fiquemos atentos à intenções espúrias de sobremaneira
Para que não sejamos enrolados e usados
simplesmente como um pau de bandeira...
ralleirias (Carapuça é um chapéu tamanho único)



o maior contingente

E como nada havia para fazer, largávamos nossos fuzis e competíamos
caçando as muitas moscas que lá haviam, com apenas uma mão em
rápidos movimentos, agrupando-as em uma formação de ordem unida,
às organizávamos.... cada um reunia suas patrulhas, pelotões e companhias,
venceria quem juntasse o maior contingente, conquistando a maior patente e
então este seria o comandante de todo o batalhão (de moscas!).
Guardávamos o centro de informações reconhecido como um dos mais
competentes da America do Sul... Ironicamente naquela ocasião,
já largado às moscas e à um bando de moscões que haviam
sido convencidos, que tratavam-se de uma 'elite'...
ralleirias


quarta-feira, 23 de abril de 2014

Apenas subjetividades

A pós modernidade, nos surge agora, como o caminho mais provável.
Sua raiz, no entanto, parte do mais profundo veio da humanidade.
Sempre houveram, apenas subjetividades e possibilidades móveis...
Haverá um momento em nossas vidas, tão ligadas nestas
nossas referências de objetividades transitórias e pífias, em
que a pós modernidade, enfim, apresentar-se-á como a
única coisa que resta ...
E por isso, o 'nada', não restará frente à esta cascata
de possibilidades pré anunciadas...
No entanto, o 'quando', será mantido encarcerado, como uma
promessa e até aí, então, de nada...
Porém, o 'todo', está assim concretizado, nesta sempre espera de tudo.
E faz diferença agora, o tempo que será ganho ou perdido,
em incertezas, também de um outrora?
Somos mesmo azarados ... ou sortudos...
Pois, eis que este porvir, agora...não demora.
ralleirias


segunda-feira, 21 de abril de 2014

Nossas opções, quase sempre são determinadas por nossa educação.

Nossas opções, quase sempre são determinadas por nossa educação.
Podemos então dizer, que os conteúdos desta educação assimilada,
direcionarão boa parte dos nossos rumos na vida em sociedade.
Quem pensa por si próprio, pode selecionar melhor seus
próprios rumos, presume-se...
Parece uma lógica bastante simples, mas às vezes,
(quase sempre) mostra-se impraticável.
A educação é uma cerca virtualmente invisível...
E estes limites são impostos por quem afinal?
Somos escravos das coisas em que acreditamos.
ralleirias



sábado, 19 de abril de 2014

seu maior poder...

Tantas habilidades, desferia apenas verdades.
Nada era igual, supria sabidamente todos os anseios.
Nesta soberania absoluta, necessidade não havia de respostas.
Tudo perdido devido seu maior poder...
O absoluto domínio apenas do próprio inferno.
ralleirias

é do condão humano

Tudo aqui é desconexo...
No entanto
é do condão humano
distorcer o universo,
para fabricar o nexo...
ralleirias

a esperança resta intacta...

Gravada, a esperança naquela mensagem,
flutuou por uma década...
Na praia de um continente longínquo, chegou.
Tão pitoresca garrafa, lúdica...
Está em exposição num restaurante local.
E nunca foi aberta... Ao vê-la todos exclamam:
'Nossa, isso é muito legal !'
Mas, apesar de tudo, nela,
a esperança resta intacta...
ralleirias-  Aonde está Pandora?


Seja lá o que você for...

Seja lá o que você for,
quase sempre haverá o prazer,
mas, inevitavelmente a dor.
E haverão também outras coisas, até bem legais...
Sofrer é comum, e nisto não há nada de mais.
Viver a vida, basicamente é aprende-la...
Simplesmente, não daria pra saber de nada disso,
quando, como rudimentar matéria,
queimávamos no núcleo de uma estrela...
ralleirias


A maioria não percebe e não entende ...

Parecem haver tantas razões para o ódio...
Uma seguindo atrás da outra....

Os insultos, a vingança, os direitos não respeitados,
o respeito não praticado, a dor... a dor e o medo,
da vítima e do agressor.

Conheço todos eles, já os vivi, em todos os lados, todos os papeis.
Sei que quem bate, esquece... mas, quem apanha não.

Sei também como é difícil não revidar,
e até mesmo, muito mais difícil quando o podemos.
Esta auto pacificação, é uma prática extremamente difícil
pra qualquer ser humano, normal ou não...

Há valores muito condicionantes, impostos por nossa
educação belicosa...
Mas, a agressão como resposta, a guerra pela paz, é como
'foder em nome da virgindade', não é uma coisa sensata,
não há inteligência alguma operando aí.

Por outro lado, a paz, é uma opção sempre presente
e natural, tanto que, quando fazemos silêncio
em nossa mente, a paz 'grita'...
E ela, não depende de lembranças nem de pontos de vista,
diferentemente do ódio, este que necessita ser permanentemente
mantido com dores e  rancores...

Gosto de acreditar que, como diz o ditado...
"Não importam os motivos da guerra, a paz é muito mais importante",
pois a vida, sob todas as formas no planeta, assim, naturalmente o exige.

Mas às vezes, parece que a maioria não percebe e não entende ...
Parece que todos estão surdos...
ralleirias


autêntico ganho

Surpreendente é perceber que quando desarmados de nossas
certezas e pacificados em nossa paciência voluntária,
há uma expansão e uma troca que ocorrem, mesmo quando
a argumentação contrária às nossas crenças não nos convence
à mudar de ideia...
Quando começamos a entender a razão do outro, não à partir de
nosso mundo e de nossa percepção, mas à partir do dele, estará
ocorrendo neste instante conosco uma evolução e eis que
se estabelece também aí, uma verdadeira comunicação.
E levando também em consideração que ao 'perdermos'
uma discussão posta à razão, afinal de contas,
isso então, também não seria um autêntico ganho em revolução?
ralleirias

Dúvida é sempre possibilidade, o mundo é relatividade...

Dúvida é sempre possibilidade, o mundo é relatividade,
pois a realidade, efetivamente é uma permanente construção,
e onde, mesmo a verdade, pode ser uma espécie de prisão...

A mentira é filha bastarda do desejo e da injustiça,
e costuma apresentar-se disfarçada de verdade,
com eloquente justificação.
No entanto, mesmo ela, possui essencialmente
um dom de dissolução, desta imprópria realidade
construída nas inverdades.

O certo e o errado, o bom ou o ruim, estes...
Já não tem o mesmo condão, são também possibilidades,
essencialmente manipuladas pela parcialidade ou não da razão.

Mas... mesmo em relação a verdade e sua
continuidade, sempre muitas dúvidas restarão...
Sobre, o quanto é possível ela perdurar,
sem que sejam mantidas e sustentadas
todas as condições ideais de sua configuração.

Uma mentira não revelada é boa ou ruim?
Uma dúvida infundada é ruim ou boa ?
Não, não é tão simples assim...
Haverá sempre um porém,
ou um 'senão'...
Pois, eis que nenhuma
idealizada construção
se desfaz à toa...
ralleirias

sexta-feira, 18 de abril de 2014

o aprendizado

Talvez o aprendizado que começa em alegoria, migra para certeza e dilui-se em
metáforas, ainda seja uma boa resposta para um mundo onde vale mais a sabedoria
que o pontual conhecimento...
ralleirias



Destes monstros, tenho medo...

Não me preocuparia com monstros que cabem embaixo de uma cama...
Monstros desta espécie estão em extinção e evaporam-se
vão-se junto com o imaginário infantil.
São agora os monstros, entes proto-humanos,
gigantes de um mundo bizarro, multi-utilitário e pseudo-servil ...
Vivem em lugares fantásticos de sonhos tecnológicos,
feitos igual comida de pacote, ou algo industrial...
Não são monstros como feras de zoológicos...
E disfarçadamente são do mal, pois roubam estas novas vidas, já na infância....
Destes monstros, tenho medo...e sim quero distância...
ralleirias


Irremediavelmente

Conquista, insiste,
transforma, resiste..
Seja pela vitória,
ou pelo simples sorriso.
Mas, se contas apenas com a glória,
segue um pequeno aviso:
O teu lugar mais alto, único,
insuperável e libertário ...
Ficará sempre tão distante de tudo
e irremediavelmente solitário ...
ralleirias

Quando uma crise é também oportunidade?

O mundo está numa crise sem precedentes, somos mais de 7 bilhões, a maioria empobrecida por um sistema 'meritocrático' falacioso e quase todos ávidos, quando não pelo básico como alimento e conforto, por mais e mais qualquer coisa ou bugiganga que nos convençam de que vale a pena consumir e comprar...
A ficha já deveria ter caído, faz muito tempo e notadamente, quando os governos foram em socorro dos bancos em detrimento da miséria das pessoas que estes bancos exploravam... tudo por conta de especulações financeiras, que são muito mais como apostas em um cassino do que investimentos em  mercados para fomentar 'crescimento econômico'...
Mesmo aqui no Brasil, onde agora em 2014 ainda há 'pleno emprego', seguimos a mesma sina programada dos países que outrora cresciam no modelo pós industrial de consumo... Nós, gastamos nossas vidas e trabalhamos para comprar coisas que de fato não precisamos... 
Nós estamos perdendo nosso tempo e nossa saúde, acumulando e criando lixos de toda espécie...
Hoje, mesmo na Europa e América do norte que são e foram os motores intelectuais e as máquinas de implantação deste paradigma, há enorme número de desempregados e miseráveis, principalmente entre os mais jovens... Tanto, que o fascismo, dadas as pressões sociais decorrentes das manobras de sustentação deste modelo, floresce e cresce novamente...  E ainda assim, estas potências seguem interferindo sistematicamente em países e regiões do terceiro mundo, onde há recursos, alguns embora já quase esgotados, para manutenção do modelo e da continuidade destes interesses, esta roda maléfica vai ladeira abaixo e provoca miséria, morte, ruína, desestabilização social que então resultam em migrações, e estas,  resultam em mais miséria, racismo, exclusão, segregação e mais violência... 
E esta ciclicidade maléfica evidente é uma engrenagem  necessária neste sistema, onde morreremos acuados sem nos libertar... faz parte justamente por isto... não vemos outras possibilidades.
É imprescindível e necessária uma transformação do modelo de vida sobre a terra...
Ou o colapso acontecerá mais violento do que nunca... já vemos sinais claros em toda parte...
No entanto, há vários modelos possíveis para virtuosamente virarmos este jogo, mas não há chances sem quebrarmos totalmente com o atual paradigma falacioso do lucro e recurso perpétuo e da meritocracia de oportunismo.
Talvez funcione melhor, um modelo onde possamos ser auto suficientes, como já fomos na cultura arcaica, porém agora com os benefícios de algumas tecnologias, onde a capilarização dos grupos sociais e da economia poderiam trazer uma nova realidade, menos violenta, com uma reeducação para geração de demandas menos aflitivas para o mundo e a natureza e talvez, para nós como humanidade.
Quando uma crise é também oportunidade? 
ralleirias - das lutas de classe


quinta-feira, 17 de abril de 2014

ilusão...

É isso, viver requer mais que um sagrado compromisso...
Na maior parte do tempo é quase total rendição.
Ainda que, boa parte deste imenso pacote de desejos
os quais queremos realizados em nossas vidas,
seja sabidamente ilusão...
ralleirias

O que pode afinal ser tão importante?

O que pode afinal ser tão importante?
Intelecto, status, carreira, trabalho, ser descolado, ser elegante?
São estas, meras pretensões de estilo, mas por elas, estamos todos ligados...
Muito embora, não mais sejamos como antes...
Ansiamos ainda, em tempo constante, sermos desejados
Eis que no fundo,  mas não tão no fundo, o importante é ser amado...
Para podermos então plenamente amar, e de todo coração...
Pois o amor, isto sim é o mais relevante, é muito mais que importante.
É o amor ainda, e não o intelecto a nossa grande revelação...
ralleirias


aquilo que tinha de acontecer.

Muito tarde... e talvez
fique para a próxima vez.
Quem sabe então eu acerto?
E daí, estejas por perto...

Mas pode também ser,
que isto, tenha sido tudo
aquilo que tinha de acontecer.

Me consola  que, independentemente de toda sorte
Um grande amor é sempre o maior evento
entre qualquer nascimento
e sua predestinada morte...
ralleirias

Muito básico, básico mesmo...
Ninguém vive mais que alguns minutos sem respirar.
Ninguém vive mais que alguns dias sem tomar água.
Ninguém vive mais que algumas semanas sem comer algo.
É possível viver muitos meses concentrado, sem dizer uma palavra que seja...
É possível viver muitos anos, mesmo sem se relacionar com nenhuma entidade...
Mas sem amar, ninguém vive plenamente uma vida de verdade...
ralleirias

quarta-feira, 16 de abril de 2014

sequer existe...

E quando
se descobre
que mesmo
a felicidade,
sequer existe...
E que portanto,
não há a sua falta
e isto, nem é motivo
para ficar triste...
Então, o ego
não resiste...
ralleirias- meta teatro


segunda-feira, 14 de abril de 2014

E o que é melhor... sobre a poesia
Ela diminui a azia, aumentando a alegria
Reconhecidamente melhora a memória,
Torna pífia a vaidade da glória
Amplia o raciocínio sintético e analítico...
Apura o senso estético, imagético
E mesmo até o político...
E também, suaviza todo perfil patético...
Descartando o mal humor ...
Quando este é chato e crítico....
E não é somente lindo ser poético...
É mesmo mítico...
ralleirias


inapelável sentença

Elas vêm, de todos os lados
Eu aguardo que elas cheguem...
Como demônios alados...

Todo dia a qualquer hora...
Basta uma sugestão de  alegria...
Ali estão, sem demora

Trazem estampado, eventualmente um sorriso...
Às vezes, mostram-se como um desejado afago...
Ou então, apenas aquilo que eu mais preciso...

Elas vêm por minha fome
Mas também por minhas crenças...
E por aquilo que me consome...

Aumentam sua frequência
Quando lembro o teu nome
E o mal que me faz tua ausência ...

Cumpro inapelável sentença, que vivo num eterno aqui
Não há fuga, deste tempo, e também já não há esperança
de escapar destas malditas lembranças... que eu tenho de ti.
ralleirias


agora nem existe.

ahh! que saudade dela.
Ela, que agora nem existe...
Ela, que insistia em me deixar triste.
Involuntariamente? 
Mente aérea e displicente?
Mente que seguia o dia...
E inconsequente se ia... mentia? 
Descaradamente!?
Ela, com aquela sua presente ausência,
tanto, que acho então, que nunca existiu...
Mas, só na presença... e não na ausência...
Era bem assim, sem coerência, sim...
Agora, certamente não existe mais, 
nem um pouquinho...
E haja então em mim, paciência... 
eu e o meu ego, tão mesquinho.
Num mundo que nunca foi, 
um amor só meu...
Um mundo, em que sou só eu.
E o dela? Sem cabeça nem pé... 
Pé? nunca deu...
Era amor de novela, 
um amor  de engano,
foi amor, que entrou pelo cano...
E que nunca saiu...  
amor de quem desistiu...
E então, e finalmente... sumiu!
Devaneios de uma vida louca,
nesse mundo de egos, e em eterna disputa...
Dessa vida filha da puta... 
que loucos por amar...à todos nos pariu...
ralleirias- Das mortes não morridas



domingo, 13 de abril de 2014

também é

Mas sonhar, também é pensar
Num mundo inteiro ou mais...
Sonhando, a liberdade se faz...

O pensar é ótimo, no entanto,
o pensamento pode ser limitado.

Quando os pensamentos, ardilosos,
se passam por vontades.

Então, não estaremos pensando por conta própria de verdade...
Obedecemos fielmente e por vezes, involuntariamente, um código
Ele nos conduz, submete e induz...
E com nossas vidas, não importa-se em ser pródigo...
O sonhar é destino,
E o pensar...
requer tino.
ralleirias

justo e moderno...

Um mal que n'alma fermenta...
Não brota dum submundo
E não parte de nenhum inferno
Cultiva-se no próprio mundo...
É vaidade e paixão que atormenta
e enseja, ser justo e moderno...
ralleirias


Não fui o único...

Não fui o único a atravessar e nem o único a voltar
Após acordar, nunca mais se sai e nunca mais se vai...
Muitos, há tanto já fizeram isto.
Muitos estão e estarão nisso...
Uníssonos.

Não fui o único à realizar mais de uma vez
Muitos já fizeram mais, tantas vezes
E os próximos, estarão entre vocês...

E o mais maravilhoso nestas ondas de possibilidades
Que há profusão de tudo, tantas partículas em justa desigualdade
E tudo sempre era, é e será uma múltipla partida de si
e tudo ainda estava, está e estará inequivocamente lá, aqui e ali.
ralleirias

Mas, atravesse sem medo...

Acaba este breve lugar, que então se esvai.
Os conceitos, desejos, construções e normas
suas intenções, estruturas e formas... 
São dissolvidos pela gravidade, que então os atrai.

Mas... atravesse sem medo...
não há um esforço, é breve
teu jugo não é real, é enredo
deixa toda tua carga, segue leve...
Pois não há dor, punição nem segredo...
Trata-se o mundo, de um engano ou acerto
uma simples escolha, entre o amor e o medo...
ralleirias

Existe esta fronteira oculta madrugada adentro...

Existe esta fronteira oculta madrugada adentro...

próximo ao céu e ao inferno, ao êxtase e ao drama
nos aguardam múltiplas, generosas e inventivas
vidas em breves momentos, sem que saiamos de
perto das cabeceiras de nossas camas...

E parecem mundos irrestritos...

ainda que alguns alegres e às vezes, medonhos,

assim mesmo, me lanço sem medo daí, à este infinito,

contido, no bardo dos sonhos...

ralleirias


sexta-feira, 11 de abril de 2014

reconhecerei no ato...

Sigo, sigo, sigo...
tento, não consigo...
prossigo, prossigo...
meu olho arde...
e já é tarde...
procurando, procurando
no entanto, não encontrando
uma hora, duas, três e quatro...
não sei o que busco de fato...
mas quando encontrar, reconhecerei no ato...
para madrugada! avante! adentro!
ainda e sempre muito atento...
onde é, onde está, o que é, o que será?
sigo, reviro, confiro, persigo... não há...
agora, mais nenhum amigo, mais nenhum bem, irrelevante!
sigo adiante, sigo adiante, sigo adiante!
perco coisas? perco tarde? perco cedo?
descartando, vou contando
em poucos dedos
os poucos medos...
ainda encontro...
já estou tonto
que hora é?
já não dá pé?
pois é...
não é?
E é...
ralleirias


quinta-feira, 10 de abril de 2014

E quando a expressão 'sucesso' for então irrelevante...
É isso que exatamente você representa, neste instante...
ralleirias

Novamente te vi...

Sofri... sofri.
E aprendi.
Mas então, novamente te vi...
Só que daí...
Eu transcendi, não morri...
Talvez por isso, de ti...
Eu nem sequer desisti...
Pois, já 'nem estava mais aí'...
E realmente, sei que nada perdi.
Agora eu sei, o amor continua de onde brota... e é daqui.
ralleirias


Toda saga impressiona.

Toda saga impressiona.
E toda saga, tem no seu cerne como motor, a esperança.
E toda esperança, é boa, mas também aprisiona.
Nos leva à frente, mas condiciona...
Temos todos, um pouco de Odisseu.
Também, somos todos um pouco como Homero.
Admirando às sagas alheias,
cultivamos também em nós, silenciosamente a aventura
tentaremos um dia, uma fuga da rotina que é cadeia.
Eis que pois, toda vida é uma odisseia...
Pois, algumas terão mais, e outras, menos loucuras
e estas, são sim, como vocações e, que não têm cura.
E embora dormente
são como secura
que à todos permeia
permanentemente.
ralleirias

por procuração...

Te falei do quer o meu coração?
Uma terra mais pura,
de poética lisura...
Do que é certo
e então, de tudo liberto...
Veja só, o amor não tem o tempo
para comandar o mundo...
O amor, não atende à razão
mas faz tudo certo e indiretamente
por procuração...
ralleirias

te vejo

Neste lugar
tão estranho...
após perseguir 
o desejo
(e foi um percurso
 tamanho!).
até então... 
e nada encontrar!
Mas ainda assim, 
no meu olhar... 
te vejo

Ainda obcecado 
pelos teus olhos,
tua boca e 
os teus beijos...
Veja só onde 
vim parar....
Em lugar nenhum...
nenhum lugar...
Mas estás em 
meu olhar!

E tua imagem
segue perfeita
e faz esta desfeita
de me assombrar
e corro...
e morro...
e embora eu fuja
vou te lembrar
em todo 
maldito lugar !

E sei que te 
encontrar eu vou
em lugar nenhum...
nenhum lugar...
Mas... maldita e
bendita!
estás ainda
e nunca finda
neste meu amar...
estás ainda 
em meu olhar!

ralleirias - Bravo amar