E preso naquele inferno, sem opção alguma de escapatória,
com seus cinco sentidos, inundados constantemente com
toda aquela insalubre tralha, que chegava aos borbotões...
Começou o lento e gradual processo de desconstrução das
significâncias que suportavam o que conhecia como realidade...
Buscava os rastros de cada referencia fictícia ou pressuposta
como o real, até mesmo na raiz das palavras
e de todo o logos...
E tão próximo chegou da essência, que viu extinguirem-se
o mal, o bem, e o que conhecia como identidade ...
Mergulhara perceptivamente, em uma dimensão amorfa,
ampla, maior, onde um estado de permeabilidade abrangia o todo...
Parecia algo, não como uma especie de presença,
mas, uma indefinível constância, onde não há referenciais,
e há as possibilidades, 'todas'...
Então, reencontrou a paz absoluta
na liberdade daquele silencio...
Neste instante, tudo o mais que há,
pode ser simplesmente uma opção.
O impossível, é uma acomodação desconfortável.
Ralleirias