O agora,
é nato, mas o
silêncio sempre há
e é ainda maior
que os fatos.
O tempo,
a história
e o esquecimento
também
movem-se
nos verbos.
Silêncio no
agora, é ato.
Mas paradoxo,
sempre não é eterno.
Silêncio, supera tudo.
Só, se permanece mudo
em contato com o nada
mas paradoxo,
há coisa alguma registrada
Silêncio pequeno
silêncio graúdo
o silêncio completo
é sem conteúdo.
Silêncio mudo.
-meta teatro
Queria saber, sobre o
que estou falando...
Penso, logo nisso,
estou me encarcerando?
Quem pensa que pensa,
que está observando
enquanto a atenção pula
entre uma ou outra coisa
construindo um compreender
e tentando e inventando
num ou noutro nível
se auto referencia e
ali, também vai
se significando...
Quem quer saber?
O saber, que está
por algo ou alguém
se auto registrando?
Penso. O que pensa
que pensa no que
está o pensamento
pensando, que está
pensando?
Que sejamos todos libertos, ó tempo misericordioso
em cada esquecimento, sem nem campa de cimento,
sem nome, ou uma pá de cal, largados, alguns palmos
abaixo, na beira de qualquer estrada da história.
Uma insubstancial nuvem de pó sem qualquer glória
levantada numa rápida passada... pó que fica para trás,
rasteado, mas sem sequer ser olhado...
Que sejamos todos libertos, para aprender a existir
no farfalhar das palhas e folhas e nas aragens e
nos ventos, nos sutis movimentos do surgir.
Ao espírito tudo é possível,
e mesmo existir no incrível
e também no lugar do inimaginado.
E será assim, intangível para uns,
realidade para outros
igual como qualquer lugar vulgar
de objeto e de identidade
naturalmente referenciado
Solipsisticamente e
permanentemente
o mundo revela-se em fato
ato, narrativa e realidade
apenas aonde a atenção
do existente, surge e foca
resiliente como singularidade...
ralleirias- solipsismos
