segunda-feira, 28 de março de 2016

mas, é mesmo

Nem dá... é melhor esquecer! 
Melhor nem falar, talvez não mostrar, não, não compartilhar, 
é chato, não menciona, é desnecessário, é deselegante, deixa assim, 
nem convence, não muda, confirma, tá conformado... tá suave, pra uns... 
Que pretensioso, que convencido, que inculto, que bobo, que jeca, cheio, 
convicto, insistente...bruto, grosso, confunde-se, arroga-se, pensa? 
Reclama... nem é como nós, nem é dos nossos amigos, nem tá na panela, 
tosco, arigó, nem sabe, nem pode, que provinciano, taão vazio, tão pouco, 
alucinado, louco, esquecido, iludido, raso... mas, é mesmo boboca?

ralleirias(Das lutas de classe)


domingo, 27 de março de 2016

Honre o seu tempo e escolhas.

Sinto muito, não é Ostara, é Mabon...

Mas, o ciclo, só assim pode suceder-se.

Tempo de cores com os mesmos tons, e
matizes em fim de espectro a desvanecerem-se...

E não à toa, a terra desfaz-se no que é necessário.

Vida é trabalho em que a vida é salário...

Honre o seu tempo e escolhas.

ralleirias  (Do Samsara )









 

para quem?

Meu mau
também
não é meu
e nem é
de ninguém...

Ah... Isto é bom...
bem... é bom?
Bom...
pelo menos
é bem!

E é um bem
ou o bem..?

Mas,
o que seja,
eu ainda
não sei
de quem...

Mau tem
bastante
e mal,
sempre
tem,

Ainda há bem?
Ainda bem...

Mas, bom
não tem
sempre...
Insurge a
razão
novamente...

Mal e bem
bom e mau,
para quem?
E, além?

ralleirias
imagem : Kim Basinger em 'Cool World'

cético

Havia um demônio
cético
que não acreditava
em maldade.

Daí, tudo
o que ele presumia
parecia bom.
Pensava ele que
nunca fugira
do tom...

Sempre acertava-se
no atual compasso.
Laçando pescoços,
coletava assim 'cabeças'
também por certeiro laço...

Exprimia-se por ilusões
e então, daí, espremia
cérebros e corações,
bebia seus sucos..
solidões,
emoções,
demolições...

ralleirias (Do rabo do diabo)


quinta-feira, 24 de março de 2016

igual?

O cada e o qual,

um era o bem,

outro era o mal.

Mas, quem é quem?

Pois veja, este também, o

tal de quem é quem..

é um igual?

(...)

ralleirias

Crédito na imagem.


quarta-feira, 23 de março de 2016

dança, dança, dança...

Às vezes, Nataraja, nos meus sonhos,
me convoca, numa alucinada festança,
me ensina sobre este pulsar, que é a vida
e que ela, sempre pulará feito criança...
Que cairá, ferida, e às vezes,
já sem esperança...
Mas, eis que ela sempre se levanta
e dança, dança, dança, dança...
(...)
ralleirias

Google imagens

adequadamente

Resistência é atitude.
Daí, a 'Atitude', pode ser o exercer
controle sobre as próprias potências.

Não ação, pode ser sim como uma violência,
invisível aos desatentos e encrustada como
estas ausências programadas, no minguar dos direitos alheios,
aonde, num paradoxo oculto, principalmente ao proposital
desinteressado, esta fragilização destas outras identidades,
e seus mundos, suas histórias, dores e idiossincráticas humanidades
até a sua completa negação, expõe e fragiliza todos, e mesmo aqueles
que se imaginam intocáveis e privilegiados...

Mas, também é neste poder de pautar ausências 
que encerra-se uma fórmula de dissolução do mal feito,
do esvaziamento de contextos deformantes, do errado
do feio e até do mau...

E é assim que migra esta força,
que nem sempre é lenta, ou suave,
e que escorre num poder real, consciente
mas em compasso de vigília,
demonstrado via paciência...

Paciência, como foco encarcerado num querer
vultuoso e abarcante que é assim controle,
mas,  ainda isto tudo, será inteligência do desejo...

Força assim, é a inteligência, distribuída adequadamente,
daí é uma força legítima, do contrário é como violência
desesperada, como a de uma presa acoada, ainda que se 
pense e imagine como um hábil caçador...

Resistência inteligente e não violenta, temos este poder.

Experimentássemos secar as fontes, que são abastecidas
com as nossas respostas de desejos, sobre o que 'eles'
dizem que queremos... estas entidades que se sobrepõem
sobre nossos direitos e nossas vidas esvaziariam-se rapidamente...

Aglutinemo-nos com os bons e pacíficos como nós,
interessados em construções para a vida, e ali,
ainda que existam discordâncias, estas são como
chaves, funcionam também contra o totalitarismo
e as unanimidades engessadas,

e eis que sempre se constrói
se houver ordenação dispensada na humanização
e nas conquistas pelas vias pacíficas dos saberes
colaborativos de todos...

Já sabemos, que não queremos mais
estas sombras mesquinhas, más, e fúteis,
sedentas de desejo e poder sobre nós.

Resistência é atitude.
Daí, a 'Atitude', pode ser o exercer
controle sobre as próprias potências.

ralleirias (Das lutas de classe)

crédito na imagem

uma toca

... e, segundo ela contou, tem estes seres,
também nos quais os demônios já acharam uma toca!
Daí, se escondem ali dentro,  e assim,
na vida dos outros, o 'bicho' se atreve e se desloca...

Então, nestas pessoas, eles misturam-se
e se tornam quase como um só ser,
no geral de seus procedimentos...

Mas, sempre fica claro quem carrega quem e,
porque está daquelas vontades sedento...

Por isto, fazem 'de' si, este aprisionamento.

E ainda que expressem-se por eles,
os demônios, dia a dia
nada nunca acalma seu próprio
e natural comportamento...

O humano acaba por devorar
os tais demônios e sai faminto
mundo afora, em total enfurecimento...

ralleirias (Do rabo do diabo ) fragmento

Foto: acervo de demônios particulares



uma leva nova

Ela dizia que enxergava demônios.
Os descrevia, como se os carregássemos na garupa do pescoço...
Às vezes eram alados, como ideias passageiras,
pulavam de cabeça em cabeça, como se elas fossemos poleiros.
E apenas os nomeava pela expressão
que 'exalavam', segundo ela.

- Olha, aquele senhor ali, carrega um 'rancoroso'
Outro lá, e lá, ali, lá atrás, vejo vários outros.
Uns bem novos, outros já bem, bem mofados...
- Vejo muitos ignorantes, estão em rodopio,
são de todas as cores.
Nossa, como fazem estrago uns nos outros!
- Lá vem! Olhe, tem uma leva nova descendo!
E são muitos!

(...) ralleirias (Do rabo do Diabo)

Crédito na imagem

Afaga a fera!

A fera arfa,
afaga a fera!

Afaga e fere?
E a fera, fere!

Afaga a fera,
e a fera arde...

Afaga a fera
E a fera arfa.

Afaga a fera!
Ainda assim!

Afaga a fera!
Afaga a fera!

Fera feliz, é
fera solta...
faz caminhos
... ida e volta

A fera faz
a fera fez
e a fera fará
outra e outra vez...

Olhem a fera...
Olha a fera!

Fera feia
Feia e má...

Mas, a fera,
ainda está
no lado de lá?

Afaga a fera!

ralleirias - das lutas de classe







segunda-feira, 21 de março de 2016

ordem!

Sargento Piranídes, sabia e detestava que o chamassem
secretamente de sargento Piranha, alusão às devoradoras 
que não deixavam nada...

O outro apelido dele era traíra, este ele não conhecia, 
era como um código, ainda que estivesse escrito no teto 
da guarita principal... 

Foi riscado à baioneta, por algum outro soldado da guarda, 
como um alerta e aviso codificado, gravado assim: 

piranha=TRAÍRA . 

Volta e meia, algum dos escutas era afastado e sumia, e depois,
 'ficávamos sabendo', que os tinham acusado de atividades comunistas... 
Espiavam os próprios espiões... para que não se convertessem...

-Soldado Asnú, ouça estes subversivos, mas, não os escute!
Está me ouvindo, está me entendendo?
Sim senhor! Sargento. Não senhor!
- Como assim! Isto é uma ordem!

ralleirias(Da caserna)



entregas ...

De tudo o que é mais libertador ao ser?
Amar sem o temer, talvez, dum perder...
Pensar ou não pensar. Poder errar?
Elucidar o que é o correto perceber?
Calar, centrar-se, e se reconhecer...
Me parecem entregas ...
todas sem medo
de ser e viver .
- Meta teatro



domingo, 20 de março de 2016

a palavra que faltava...

E assim dizia,
nada.
Esta palavra que havia
trancada
lá no lugar das palavras,
e ela,
não queria dizer nada...
Contadas todas as palavras
era sempre a palavra
que faltava...
Mas, quando perguntada,
ela, não dizia nada!
Mas, palavra?
Calada?
Que assim signifique-se.
E assim, dizia nada.
ralleirias


sábado, 19 de março de 2016

algumas...

A construção do real, essencialmente
é uma ocupação planejada
pelas palavras.

O desprezo pode ser uma tábua de salvação
para a própria miséria... mas, também
para isto, o amor funciona melhor e é
bem mais agradável...

Se você for muito bom, por muito tempo,
verá que precisão e conquista de metas não
são o suficiente para verdadeiramente acertar o alvo...
a vaidade da certeza, será sempre intransponível?

Tá brincando, fazer alguém feliz?
Nestes tempos, em que nem a gente
se aguenta... hercúlea tarefa conseguir...
E será, que não é bem esta a agenda
do zeitgeist?

Quem está à esquerda
luta essencialmente
pelos outros... certo?

* Só quem já não teve, sabe a importância, de não ficar sem...
 - Ah, sim, dinheiro em qualquer tempo é importante...
* Não amigo, me refiro à esperança...

Minha fé, é nas
pessoas boas.
Eu acredito, porque conheço
um velho ser iluminado
que, mesmo com Alzheimer
preservava lucidez suficiente
para, com algumas palavras
e gestos, acalmar qualquer coração ...

ralleirias


em círculos

E, tinha um demônio dançando em círculos,

ele estava tão assanhado que às vezes,

mordia o próprio rabo.

Quebrou um dente, lascou uma aspa,

perdeu um casco, o outro ele rachou,

quebrou duas unhas e trancou o zíper

na guarra, urinou na calça, babou na

namorada, caiu na sarjeta, com a cara

aonde havia mijado...

Levantou, se sacudiu e deu-se um basta....

afinal, potencia não é nada sem controle,

pensou. Virou pastor, continua demônio,

e no fundo, faz as mesmas maldades,

mas, num outro tipo de farra e de loucura...

ralleirias (Do rabo do diabo)






Sempre o debate,

Sempre o debate, sem ódio, daí crescemos...

Mas, lembremos pois, que à direita, não é o lado
do coração... e parece que nas cabeças deles, o vazio
só não acontece totalmente, talvez, porque estejam
muito ocupadas com o ódio de classe, gastando
a maior parte do tempo em que poderiam pensar propostas
viáveis de construção de realidade, contaminando e
confundindo umas às outras, sobre seus reais propósitos:
O umbigo.

E é à esquerda que bate o coração de toda a humanidade.

Parece a natureza mostrando o caminho, não?
,,, eu acho.

ralleirias (Das lutas de classe)


nunca se sabe o suficiente...

Minhas duas avós, costumavam sentar lado a lado 
na garagem à sombra de uma goiabeira, cada uma 
com a sua pose típica, carregada de seus cacoetes 
sociais de origem ancestral, uma sentava como 
deusa nórdica e a outra era a própria pacha-mama... 
nas suas cadeiras ficavam escutando, cada qual o 
seu radiosinho, ouviam o mesmo programa, destes 
populares, de utilidades e recados...mas, escutavam 
coisas diferentes... Após as primeiras notícias, já não
mais escutavam o programa, discutiam longamente, 
parecia que a conversa crescia quando elas 
empoderavam seus pontos de vista especialmente, 
uma nas falhas de raciocínio da outra, na maioria das 
vezes, quem aprendia mesmo alguma coisa, era quem 
observava de fora, no caso, quase sempre eu... 
E uma coisa que aprendi, é que não há clareza do todo 
realmente, a realidade tem dinâmicas incalculáveis e 
nunca se sabe o suficiente... 

ralleirias

sexta-feira, 18 de março de 2016

Desmascarado

O demônio do medo
espiava em segredo...
E irrequieto, esperava
 o seu tempo, assim,
no fim do nosso fim.
Mas, perdendo a paciência
roupou-se em virulência...
E a sua presença
foi bem notada, enfim...
Desmascarado porque
atravessou o espelho...
Desesperado enxergou-se
preso em mim...

ralleirias (Do rabo do diabo)


como é essencialmente o blues...

Este talento, ele lembra, redescobriu lá nos idos
primeiros anos do século passado: Memórias...
Mas, assim, como o cantor de blues, por um tempo,
ele sumiu....

Reapareceram daí, no meio, daquele mesmo século...
Sucessões de eventos, que foram quase idênticas àquelas outras vidas,
como se fossem marcações, e algumas, precedidas por dejà vu,
lhes despertavam epifanias, e mais estas muitas outras lembranças,
de diferentes tempos...

Mas, afinal, também circunstâncias parecidas,
são comuns e a história, e os arcanos, os tipos,
todos sabemos, repetem-se!

Conquistaram as mesmas cicatrizes, assim,
também as mesmas dores e da mesma forma,
paixões e amores...

Apesar de tudo, produziram muita felicidade
ao ponto de transborda-la,
não importando o quanto ruim tudo parecesse estar.

Se perguntados, diziam, que quase nunca realmente
se divertiam, se sentindo inconformados com o mundo,
como é essencialmente o blues...

ralleirias (Onde está o Blues)


Metateatro - impondo ficção na vida alheia

Companheiros, já podemos baixar alguns conteúdos
para os novatos, pois segundo informado pela CIO, 
possivelmente teremos de implanta-los muito em breve...
Sugestões, façam 'inbox', e discussões, por favor, 
só em canais seguros e respeitando as hierarquias de acesso...
ralleirias (Metateatro - impondo ficção na vida alheia)


___________________________________


Capacete robusto de esqueitista na cabeça, combinando 
com a camisa polo verde-amarelo, circulou pelo 
shopping toda a tarde, quando perguntado o motivo, 
afirmava tácito, sem cruzar olhar em momento algum:
- Precaução, é por causa da minha cabeça mole.
ralleirias (Metateatro - impondo ficção na vida alheia)


____________________________________


Num duplo sentido invencionado,
houve um livro de poesias rasurado. 
Sim, introduzido foi um dicionário 
obrigatório anexo...foi 'recomendado'. 
Vazando o significado em diferentes tons, 
os sopros tingiam transparências inimagináveis 
diante dos olhos fechados dos conscientes de todos os enganos,
menos o da identidade posta em paradigmas inventados pela
linguagem possível, randomicamente emulada no imaginário 
significador, enclausurado em si...
ralleirias (Metateatro - impondo ficção na vida alheia)




olha a hora!

Pensei dez caminhões e botei fora!
Veja bem , olha a hora!
Não é hora de perder caros e queridos amigos...
Que sempre são como fraternos abrigos...
Que são tão lindos, nas suas idiossincrasias
e até nas nossas diferenças...
Não, não existe mundo possível, sem os outros.
ralleirias


já passaram tanto, juntos...

Dai, um demônio,
aprisionou o herói
num mundo só seu,
para deixa-lo
completamente
deslumbrado...

O herói sonhava com o demônio
todos as noites e assim,
era como se estivesse apaixonado! 

Artimanhas de um demônio sádico e malvado... 

Mas, já passaram tanto, juntos... 

Que hoje,
é como se o demônio e o herói
fossem casados!

ralleirias

não vivem sem nós...

Certa feita, infernizamos tanto os demônios,
que eles abriram as portas do inferno e soltaram todos nós...

Eles acharam muito bom, nos largar de mão um pouquinho...

Daí, começaram a notar que o inferno já não era mais o
mesmo e resolveram vir para cá, em nossa busca...

Eles, secretamente nos desejam com um ódio tão puro,
que já se confundem... 

Isto, é na verdade uma paixão e é a fraqueza deles,
pois assim, nos revelam que não vivem sem nós...
ralleirias


formatar a máquina.

Vou mandar formatar a máquina.
Tem esta pasta, 'fantasma'
com o nome dela, foi ela quem criou.
Eu apago ela da memória, e depois, ela ressurge...
Entendo bastante de códigos, examinei
cada DLL, vasculhei o erro por todo o sistema,
passei anti vírus, e o escambau...
E não tem jeito, não some esta maldição...
Aparecem todos os arquivos e 
os títulos daqueles poemas que eu sei de cor, 
porque ela recitava pra eu ouvir, depois das nossas 
melhores fodas... coisas 'românticas'...
Ela curtia isto, e escrevia bem, no estilo do velho buk... 
E tem estas malditas miniaturas das fotos, que ela enviava 
fazendo poses nua, e que aparecem, mas, não estão efetivamente lá...
ralleirias




quinta-feira, 17 de março de 2016

irão se envergonhar...

As velhas técnicas de uma direita que tem o ódio de classe
e o medo como armas. 
Olha o naipe das pessoas que estão apoiando o golpe...
Ou é a tradicional massa de manobra 'indignada' modelo padrão 
que precede às ditaduras, ou gente muito burrinha lutando 
contra os próprios direitos, e até os bem mal intencionados... 
e há ainda os representantes de castas que nunca precisaram 
de amparo social ou foram humilhadas pela falta dele, 
que sempre levaram vantagem sobre os pobres, 
e acham que isto compõe seus direitos 'natos' e a sua identidade
'social nobre' e ainda torcem e sonham com a vitória dos interesses 
de outros países colonizadores sobre nossos interesses. 
A história registrará suas caras e nomes realmente indignos e miseráveis... 
Se uma sociedade mais justa existir no futuro, os seus descendentes
(se houverem ) irão se envergonhar...

ralleirias (Das lutas de classe)


representará?

Que bagunça! É o processo escatológico, claro... 

Mas, este 'teu' ódio de classe, tá todo mundo vendo... 

E ficará registrado para as futuras gerações saberem 
um pouco de ti, e de toda a merda que tu legará à eles... 

Teu produto, bem te representará? 

ralleirias (Das lutas de classe)


profundidade?

Questão de profundidade?

A loucura, parece,
é sempre 'tanto', que
acaba por afoga-se
nas lágrimas
do próprio pranto!

A imbecilidade,
quer imaginar-se leve
e flutua com tanta agilidade...
Que perde-se para sempre
seguindo em incontestes
canais oficiais de superficialidades...

Ambas encarceraram o 'real'
nos mundos de suas vaidades...
ralleirias (das lutas de classe)



cura

Acho que o saber é cura, lenitivo, panaceia, 
é construtor de mundos, ou mantenedor, 
o saber pode ser também destruidor... 
pois o saber, é ferramenta e assim, 
é armamento para transformação em 
embates e combates com o não saber, 
com a ignorância e com os erros das 
defasadas ou impostas certezas. 

ralleirias




confusão

A esta hora
e nesta altura
nem confusão é fato
e toda certeza é loucura...
ralleirias


inspiração?

Há vários espaços no senso comum,
que são ocupados por banalidades, 
outros, por coisas incríveis. 

O senso comum, parece um MIX quase incomensurável. 

O mesmo acervo compartilhado como referência, 
dada por exemplo, a contemporaneidade destes indivíduos, 
pode conter itens que são banais para uns, 
e expoentes da vanguarda para outros, 
sendo uma referencia comum, 
mas atingindo de forma significativamente diferente os dois.

O que é legal? Brega, lindo ou ridículo? 

O que é informação ou propaganda... 

O que é grotesco ou simplório? 

Ou... o que é inspiração?

Nossa compreensão é formada coletivamente... um código.

Todo escrevem este código juntos, com muitas variáveis.

A incapacidade de assimilação plena do código escrito pelos outros, 
gera a necessidade em alguns indivíduos, de escrever novas variáveis, 
e isso as vezes acaba em uma nova interface, 
que pode até ser considerada arte... ou não,
e inclusive, irromper novos mundos...

ralleirias  - crônicas das lutas de classe


Hermético?

Sobre seguir idéias e concepções de alguém, 
acho que já não é grande segredo, 
que um guru, no fim, é você, 
mas não haverá fim, 
então, sempre precisará mais, 
ainda... até não ser mais... 
Hermético? 
Nem tanto... 
Talvez.

ralleirias (Poemas com chave - fragmento)


plebeu

'Este plebeu, ousou mudar a história de um feudo de nobres
e fez, o que todos diziam que não dava para fazer...

Ele, não estava só, juntos eles mudaram a história, malditos.
E era pra ser só mais um dos rudes... peça, refil, servil.
Era só mais um dos desinformados, dos incultos, desta gente
que não 'sabe nada', que não faz 'leituras sofisticadas',
tão necessárias à vida culta e rica, dos eleitos abastados
e dos 'justos' bem nascidos... Ainda que uns poucos
loucos entre nós os apoiem...

E o que eles querem, acabar com as diferenças? 
Mas que coisa mais estúpida!
O mundo não pode mudar, sempre foi assim! Há privilégios.
Era apenas para ele ser útil por um tempo,
era pra ser massa de manobra, escória,
deveria manter-se gentinha ignorante e pobre,
principalmente de sonhos, pobre de realizações.
Já não era para ele ter caído? Este desgraçado!

Já era pra ter sido esquecido... desconstruído,
desmascarado, pichado, esfolado, varrido, linchado!

Este ser tão odiado, que pecha, que desaforo!

Este monstro destruidor dos privilégios divinos
de uma estirpe fina, de gente sempre boa e nobre
que sabe bem viver e tocar o mundo.

Agora, parece que tudo isto está acabando,
certamente é por causa de gente assim.'
Matarão o 'nosso' mundo. 
Que ódio mortal!

ralleirias (Das lutas de classe)

Aviso, isto é um texto com ironia.
Nas lutas de classe estou à esquerda e sempre estarei, 
e acho que jogaremos o jogo, por um tempo, para não 
termos que pegar nas nossas foices e nos nossos martelos 
e usa-los inapropriadamente, pelo menos enquanto não 
for necessário...

cheio


Sobre este olhar, cheio de soberba, destes pretensos arcanos,

mesmo que assim intitulados, só por seus servos e seguidores,

que insistem em nos dizer que um poeta não pode mudar

o mundo, (ainda que ele fique uma merda), é de uma ingenuidade

incomensurável, Ho Chi Minh entre outros, manda lembranças...

ralleirias (Das lutas de classe)


nem precisa

Aderir ao ódio é mais fácil ... 

Os palavrões já estão ali prontos
para serem usados...

E a campanha, já está no 'ar'.

Adquira já, o seu novo 
ódio pautado, com ele, 
você nem precisa pensar..!

ralleirias (Das lutas de classe)



defendo até o fim.

Defendo, estas pessoas com as quais já trabalhei.
Estive ao lado delas diretamente e tínhamos um projeto,
que vingou. Nosso projeto principal foi vencer 
a fome e a ignorância e a absoluta miséria, também 
obter mais dignidade social e estabelecer direitos básicos...
As pessoas que eu defendo, estavam em cárceres,
porque queriam ser livres, veja que loucura!
As pessoas que eu defendo, foram torturadas por defender
outras pessoas que defendiam liberdades, e a soberania
na vida delas... Algumas já foram mortas, outras ficaram
marcadas para sempre, pelas lutas que lutaram por todos nós.
Não foram conquistas muito complexas... coisas como direito
ao trabalho, alimento, educação, saúde, cultura, cidadania e
então diversão, prazer, felicidade, na verdade, vejam, é uma
luta por direitos bastante simples.
E sim, as pessoas que eu defendo curtem dançar, beber,
fumar e se divertir, quando não estão matando leões ou
combatendo lobos, ou loucos fascistas...
Sabe, sabemos que não somos todos iguais, e sabemos
o que queremos e queremos os mesmos direitos, acho
que esta é talvez a nossa maior vantagem, esta nossa
diversidade nos faz únicos e potencialmente inigualáveis
em nossas proposições de vida e de mundo.
Estas pessoas, junto comigo, lutam uma luta simples
por conquistas simples, mas, que foi transformada
em uma guerra complexa, suja, por outros interesses,
fomes de um perfil elitista, segregador e sabidamente
nocivo, e que certamente não, não são as nossas...
Eu defendendo estas pessoas, não tenho certezas
absolutas, principalmente  sobre a integridade de
outros e assim, também delas, mas, tenho clareza
sobre as minhas intensões e os meus sonhos de
igualdade e soberania, e sobre a minha capacidade
de lutar e mudar o que for preciso, e as defendo 
até o fim...

ralleirias - crônicas das lutas de classe

Crédito na imagem

quarta-feira, 16 de março de 2016

e ai poder sim

Poxa vida! Onde está minha cabeça!
Quantas bobagens ando falando!
Parece que estou ficando louco!
Será este desejo de entrega e idealismo,
esta alma em guerra, como uma espécie de paixão?
Será, como o equivalente a um amor erótico, romantizado,
destes frenesis encantados?
Não! Acho, que na verdade tem muito mais força...
O romance e amor romântico, num embate com a dor, 
parecem tão pouco, diante destas misérias forçadas, 
da indignidade impingida como mecanismo de conformação 
e implementação de forças e cárceres das dores e realidades alheias, 
que é quase como egoísmo o amar de amor romântico...
Eu quero a delícia da entrega à vida maior e a plenitude 
de viver realmente livre ... e ai poder sim, amar... mas, 
então para isto, se necessário, que as lutas, sejam ao menos justas, 
olho no olho, com as mesmas armas. Pode ser? Ah, não!
Então saiba, que já estamos acostumados a lutar contra as diferenças ... 
E assim, estamos aqui... e ainda veremos quem de nós vencerá...
Ah, também não topas? Não importa mais agora... 
Existir num mundo indigno, não vale a pena mesmo! 
Lutemos pois... até o fim, queira você ou não, pois certamente,
ainda nos enfrentaremos pessoalmente, prometo o inevitável ....
ralleirias (Das Lutas de classe)


O lugar comum.

Prezado John, os ânimos estão acirrados, não venha!
Sabe aquele pessoal que dizia te curtir muito? Cara,
lamento te informar, parece que eles não entenderam
nada do que tu disseste...
Tão totalmente loucos, que não reconhecem mais
o que é o bom ou o bem e misturam o mal e o mau
no mesmo mingau... um abraço cordial. Tchau.
Ps. Sim também acho que já li isto em algum lugar...
O lugar comum.
ralleirias (das lutas de classe)




'Inconsciência de classe'.

'Inconsciência de classe'.
Metaforize como quiser.
A miséria dorme?
Não, não é no chão.
Cérebro que não pensa,
humanidade dispensa?
Despensa cheia de
ódio, ignorância
arrogância ou
indiferença?
(...)

terça-feira, 15 de março de 2016

tempos rudes

Me preocupa bastante, que além da simples afirmação da identidade 
(que é natural, de fato, existir é expressar-se até em comparações, 
e mesmo como um 'ente-proposta' de mundo... ), aconteça, a 
sobreposição destas vontades capitais de uns indivíduos, sobre 
a vida dos outros, vejo daí no fundo, as razões puras do capital 
especulativo, parece que 'ele' numa espécie de mecânica de 
desconstrução do humano, então, subverte até a identidade 
dos seus próprios agentes, transformando-os em 
entes desumanizadores, e que por aderência, estes marcham 
sobre a lógica da vida, e eis aí, o desprezo como capital... 
que inflaciona o medo, que usa  a violência como linguagem 
e nos faz de sua moeda. Pois é... são tempos rudes... tomara, 
que pelo menos,  nos gere bons frutos, como desalienar 
parte da massa, humanizar as vontades... 
E afirmar a diversidade... e igualdade.
Parece lógico, parece simples... contudo necessita luta.
ralleirias -das lutas de classe


segunda-feira, 14 de março de 2016

inalcançável luxo.

Solidão sem par...
Desejar o 'depois',
até virar inalcançável luxo.
E então, o suportar,
até um acabar-se, e, acabar.
Assim, cada coisa de uma vez, e tudo,
estará respectivamente, noutros mundos
e o agora, assim como o eu,
no seu indevido lugar.
ralleirias


Primordial

Defina liberdade, após, 
reinvente a solidão, daí, 
como uma primordial 
necessidade.
ralleirias


domingo, 13 de março de 2016

Copiando e colando

Copiando e colando
segue, parte desta geração
como multidão acéfala
coordenada de longe
pela mídia e 'televisão.'..
E bradam com força.... é
contra a corrupção? Ou
preservando o mercado
dos corruptos, ladrões e
manipuladores fascistas
de ocasião..?

ralleirias


ainda a vontade

O caminho, mesmo
com direção e sentido.
pode não ter estrada,
Mas, ainda a vontade
o faz ser percorrido.
ralleirias


sábado, 12 de março de 2016

absurdamente errado...

Sempre que eu penso sobre propor um Boicote total aos anunciantes
desta Tv da elite golpista e claramente associada aos interesses 
do psdb e de outras canalhadas semelhantes... 

Como a destas empresas nacionais e multinacionais que estão apoiando
o golpe, principalmente às com histórico de sonegação, e agora de
antinacionalismo golpista, lembro dos trabalhadores que ali serão
prejudicados. mas...


Talvez devêssemos tentar secar estas fontes, não comprar, recomendar 
que amigos não comprem, e dissuadir os seus que queiram comprar, 
e se possível canalizar nossas forças e capitais em direções amigas, 
em campanhas permanentes, para escolhas de associações virtuosas 
e com práticas humanistas, socialmente justas, pacíficas e sustentáveis, 
e para os nossos interesses estratégicos nacionais preservados...

Percebe-se, que quem força a barra agora, são também os interesses
geopolíticos, claro que não são puros e ideologicamente 'capitalistas',
mais pela manipulação dos mercados, que são usados como arma,
pois sobrepõem-se irremediavelmente às questões de autonomia
dos povos, e agora, com isto, eles empurram pra baixo todo o mundo,
espremendo os direitos sociais com sua pujante e coordenada crise
 instalada, velha estratégia usada historicamente para aumentar os
lucros de acionistas dos capitais especulativos...


Talvez pudéssemos sim, optar por incentivar mercados como
os que estão ligados ao modelo de sustentação de vidas,
como economias 'informais', diversas, não 'necessariamente'
associadas à especulação e práticas mercadológicas nocivas,
mas, à subsistência e ao histórico de culturas tradicionais e locais).


À direita, o lucro tem se mostrado
como algo que se pretende mais 
importante que a própria vida, e isto 
simplesmente é absurdamente errado...
ralleirias-  crônicas das lutas de classe

quinta-feira, 10 de março de 2016

O lado dos que primam pela vida.

Parece que o mundo corre o risco de repetir 
o que aconteceu nas primeiras décadas do século passado, 
colapsando profundamente em crise.... 
As mentalidades formadoras do Zeitgeist ('espírito' destes tempos) 
estão em ebulição, e necessário é posicionar-se com firmeza diante 
da estupidez fascista, e argumentar e fazer quorum no lado certo 
da humanidade... e qual o lado certo?
Me parece, que é aquele que tem como foco, o bem estar das pessoas
e a harmonia social como principais interesses, acima do dinheiro e do poder. 
O lado dos que primam pela vida.

ralleirias

crédito na imagem: © Istvan Csomortani

'o simplório', inconquistável.

A Laicidade é necessária para proteger todas as religiões e tradições,

e os diversos povos que compõem nossa 'nação'.

O dogma religioso de uma determinada seita, não deve ser imposto

em leis aos praticantes de outras tradições... simples, mas devido

a obtusidade dos que não percebem que suas tradições e privilégios

'forçados' historicamente, atropelam os direitos dos demais, vemos

absurdos e intolerância todos os dias... E isto mostra, como a fé pode

ser instrumentalizada para os interesses de determinados grupos

econômicos e políticos, e que não têm muito à ver com espiritualidade

ou santidade e ou tradição, necessariamente... 

A laicidade, parece ser 'o simplório', inconquistável.


ralleirias - das lutas de classe


terça-feira, 8 de março de 2016

poemazul - Juramento da linhagem

Juro, que eu
quero ser mais
monge do que
samurai...

E pró paz, ainda
que em pré guerra.

Serei eu, o que acerta
e o que não erra?

Mas, me renderei
ao dever, sempre,
de proteger quem
ninguém protege.

E ainda os que
todos odeiam, e
até mesmo aqueles
que eu muito detesto...

ralleirias - crônicas das lutas de classe

Imagem: Juramento da linhagem " "

segunda-feira, 7 de março de 2016

é único....

Que tempo faz, não sei...
Pois o meu, é único....

Minha mente, parte em espiral,
seguindo o desdobramento
da percepção silenciosa da existência
que me trouxe até este meu instante,
mudando 'na' realidade, e conforme
o ângulo lógico, aplico um foda-se mágico,
que melhora tudo, um instante antes...

Não há calendário
enquanto não olho
no relógio a data...
Ainda há datas?

Durmo, quando com sono,
como só com fome, bebo
apenas com sede... e
fumo e sorvo, das almas
que me cercam, o sumo.
... todo do meu mundo...

Daí, o durante,
é no âmago real,
parametrizado por
ideais sonhados
sensorialmente no
êxtase de estar e ser...

e fodo, o tempo todo
em tremores e espasmos
catárticos de criação orgástica
numa gozada quântica atravessada
transpassando o cosmos...

Assim, crio o meu tempo,
crio eu e crio o meu mundo.

Projeto-me no silêncio,
e encontro algo maior
que o todo e o nada.

Que tempo faz, não sei...
Pois o meu, é único....

ralleirias





sexta-feira, 4 de março de 2016

venceremos.

A direita está 'alinhada' pelo desespero, 
atirando para todo lado e não tem limites nas suas ações 
contra os direitos civis, com o seu tentáculo fascista, 
ataca em todo o mundo com as mesmas estratégias...
toma de assalto ao judiciário na sua partidarização
descarada, converte o poder executivo em máquina 
de arrecadação e carreamento dos interesses dos 
grupos dominantes locais, com suas facções proselitistas, 
tresloucadas e fanáticas ... parece enredo de filme.... 
É sinal dos tempos,  contudo, creio que nós ainda 
em algum momento os venceremos.
Eles já são derrotados... 
pois seguem o dogma da dor 
como motor 
da linguagem 
formadora 
da realidade...
ralleirias - das lutas de classe


dentro do seu tempo...

Todo o pensamento
faz momento.

Sem julgamento...
Só o faz.

O seu pensamento,
corre dentro do seu tempo...

E este,
corre da frente
para trás...

E assim o novo foi, era,
não é além do instante,
e, não volta mais....

Ainda quando se é,
só e mais
´apenas 'outro',
como todos...

Pois não é que,
para a entropia...
Tanto faz!?

Faça seu
então o instante...
És capaz?

ralleirias - Das lutas de classe

quarta-feira, 2 de março de 2016

Novidade

Ditaduras e imposturas,
sejam elas voluntárias, sociais,
econômicas ou religiosas, 
que se apoiam em dogmas,
medo, violência e ignorância, 
para preservar um modelo
de poder e servidão 
ainda da era do bronze 
não são novidades....
Novidade, somos nós
e nossa vontade
de mudar isto.
Mude.
ralleirias - das lutas de classe

imagem: Tom Colbie Art


Relatório Analítico Livre - Críticas à Petrovichi - Nota nº5

Relatório Analítico Livre - Críticas à Petrovichi - Nota nº5

Estimamos pelos atuais indicadores, (e também devido as circunstâncias 
da matriz de escolha), que possivelmente acontecerá outro grande desvio, 
e este, poderá alastrar-se também nas demais unidades, o problema percebe-se
claramente numa falha do processo de idiotificação planejada,  pois esta aprofundada,
passa à desorientar os consumidores na execução do esquema padrão de extração 
de lucro, e assim também acarretando antecipação da obsolescência planejada 
dos produtos e recursos nos sistemas e por consequência nos controles,
principalmente de pragas e epidemias sociais, pois como sabemos, referenciados
nas amostras similares anteriores, nestes casos, estas, apresentam tendências
a findar a coleta abruptamente, muito antes do desejado, portanto, quanto mais 
prolongarmos o ciclo maior será o desvio e saldo negativo.

Recomendamos exterminar todo o lote.


Parecer: Em análise.

ralleirias - Relatório Analítico Livre - Críticas à Petrovichi - Nota nº5