quinta-feira, 24 de setembro de 2015

singularidade

Estar 
além do espaço
da mente,
é possível ?

Um consciente,
onde não nos situamos
apenas como persona,
e sim, como
observador silente
no todo, mas,
não condicionado 
aos eventos..?

Teremos então,
liberdade
ao contemplar causar
potenciais multiplicidades
de tudo, mas, daí,
como singularidade
permeante 
do todo
e do nada,
sendo assim, os
contendores do próprio
indivisível?

(...)ralleirias


História, de fato é lucidez

História, de fato é lucidez, embora o próprio universo
da linguagem à encarcere...

O ponto de vista de quem conta uma história,
condiciona ela, será compreendida por quem
tem as mesmas referências e percepções...
ou então, pode ser aceita apenas como estória.

A lucidez não está na observação do ato, pois este,
é muito mais um meta-teatro que a própria realidade de fato,
fazendo com que a geração de realidade, seja causal,
e portanto, uma construção que não tem um compromisso
firme com a verdade...

Isso poderia explicar, o que torna os sentimentos tão poderosos,
que, mesmo sendo intangíveis, acabem por conduzir a história e
o mundo, e assim, sua compreensão e seus rumos...

Então, a lucidez ocorrerá para a mente, se esta, aguçada,
obtiver claramente a percepção da autenticidade de origem
de cada pensamento, e de posse deste 'poder',
controle e gere bons sentimentos.

História, de fato é lucidez, embora o próprio universo
da linguagem à encarcere...

ralleirias - Meta teatro

Quantum?

Um só sonho sonhava,
e nunca acabava,
pois, sempre mudava...

Milhares de sonhos
enquanto o eu
ainda não cabe,
não sabe, há?
Aconteceu?

Um nunca não acabou,
mudando não começou...

Um sonho... Um sonhando?
O que, como, quando?
Quanto, um? Quantum?

ralleirias




o motor

o motor
às custas
da não correção dos
desequilíbrios,
da exploração
pelas fragilidades,
fabricando faltas
fomentando carências,
que ainda destrói o planeta
mói até os nossos ossos,
visando apenas o lucro,
da especulação gananciosa
como fonte de poder,
se retroalimenta
na opressão
o motor
- das lutas de classe


(...) ralleirias

Epistemicídio

Como derradeiro 
castigo infligido,
pretende-se, na negação,
muito mais que impor
um desconhecimento
compulsório
a outrem ou algo, ou coisa...

É então, um impingir também
algo como um mecanismo
de nulidade quase absoluta,
e só não total,
dada à própria
necessidade da
existência de negação.

O impossibilitar
da formação histórica
do existir e
do compor mundo...

Sentença de morte
decretada
para os desafetos
da realidade desejável

Num detestável
anulado.

Inexequibilidade lógica
nexo inato

(...)
ralleirias (Das lutas de classe)



Aquela velha história da roupa ao avesso...

Aquela velha história da roupa ao avesso...

É que ele dizia, que sempre usaria, pelo menos
uma peça de roupa virada ao avesso, sempre!

E que isto, era parte de um acordo,
um 'pacto' que ele tinha com a morte.

O dia em que estivesse tudo absolutamente,
cabalmente certo com ele, ele morreria,
disse que prometeu, jurou isto pra ela.

Pois, afinal, algo que se encerra, acaba...

E ele dizia, que se esforçava muito. mas, como não tinha certeza
sobre o que é 'perfeito', assim, usava preventivamente,
pelo menos uma peça do vestuário virada ao avesso,
como um 'algo' ainda para resolver, uma espécie de
'pendência técnica', que disponibilizará um pouco mais de tempo
pra verificar se realmente o fim deverá acontecer, algo assim,
como uma última olhada, uma última chance...

e, corre o tempo... corre 
e vai até que tudo morre...
E assim sentia, que a morte também 
os visitava todos os dias,
matando as coisas mais corriqueiras
e os mistérios mais profundos
em todas as horas, minutos e segundos...
Para não se sentir enganado por ela,
todo dia, contabilizava o que auferia da vida,
pois parecia que dela, só havia saída...
-No eu de ontem, naquele que fui, e no ontem
em que foi o eu, o que foi que morreu?
Foi então, que uma coisa estranha aconteceu,
quando, no meio do inventário do que deveria 
ser a morte, a continuação da vida, percebeu...
Ela migrava na mudança, carregada de continuidades
a morte e a vida e o nunca e o sempre, entrelaçados
numa dança, equilibram-se, em sincronicidades...
Assim, restando um tempo sempre presente,
que é o tempo da mudança aonde são e estão 
constantemente misturados nas inseparatividades...

(...) ralleirias' - meta teatro



quarta-feira, 16 de setembro de 2015

impercebível

Não percebeu,
que há
um além 
de perceber-se,
que está antes
da percepção...
também todos
não perceberam,
então..
pois estavam
percebendo-se...

E quem teria 
a capacidade,
de olhar além 
do próprio umbigo?

Alguém correria 
tal imperceptível
perigo?
o impercebível

ralleirias- meta teatro


vencedor nas coisas em que não deveria

Queremos mesmo,
um mundo,
que é vencedor
nas coisas em que não deveria,
que moi os ossos das pessoas,
visando lucro,
e conta-se isto como alegria..?

(...)
ralleirias - Do Rabo do Diabo - fragmento



qual for o tempo

Esteja aqui, seja em qual for o tempo...
E ao olhar o passado, legitime este momento daqui.
Ao projetar a vontade, construa sua próxima realidade, 
um além, o lá, o futuro... apenas à partir daqui. 
Será verdade, se for de inteiro sentimento... 
Sua atenção dará o consentimento, mas, daqui, deste momento... 
O tempo acontece, mas sua história, é você quem tece... aqui.
(...)
ralleirias

os porquês inventados

Sendo os porquês inventados, 
assim, o propósito da vida, então, 
precisaria ser explicado?

Mas, dum grande logos de nada, 
foi criada?

Meu tempo, é um rebento lógico
como vento, um acaso pródigo...

E sempre nesta rotação, desenfreada.
Luz e sombra, nada e tudo e... nada?

A realidade percebam, 
aconteceu à um segundo...
Então, fazendo um agora tardio, 
não perdemos o mundo..?
ralleirias - meta teatro





domingo, 6 de setembro de 2015

a narrativa real

Revelada fosse, a narrativa real
do que está acontecendo...
Será que entenderias?
O sistema está se alimentando.
E ele está te comendo...


sexta-feira, 4 de setembro de 2015

'A RAIZ DE TODO O MAL'

que uma cédula pode representar? Como está escrito na 
cédula: THE ROOT OF ALL EVIL - 'A RAIZ DE TODO O MAL'...
Ou trabalho, poder, riqueza, civilização, tempo, liberdade, vida,
autorização, cumplicidade?
Parece bastante ingênuo, querer atribuir à uma única coisa, 
todo o mal que paira sobre às nossas cabeças, pois, 
há toda uma dinâmica de sustentação deste mundo torto, 
que é fabricada pela obtusidade dos avarentos sistemas econômicos 
que suprimem direitos sagrados das vidas das pessoas, destroem 
o mundo, mas, em nome, não apenas do lucro, mas sim da ganância 
especulativa sem limites... e até mesmo, em nome de nossas identidades... 
O problema, talvez, seja a nossa seminal e estruturante estupidez...