quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

sabe de si

De certo, é que
todo mundo
sabe de si, nos seus
próprios mundos,
e conforme as próprias crenças...
E que a vida humana é preciosa,
e muito mais, enquanto pudermos
nos mover entre os nossos afetos.
E o silêncio e a ausência constroem
esquecimentos.
E que o amor, é entrega e gratidão,
e de resto, é confusão...
-Metateatro

em todas

Ao estar, não está.
Lá, em todas as tuas
memórias, o que há?
A observar o todo em tudo,
sem manifestar, compreender,
ser ou julgar. Não, nem apenas,
nem contudo, ou poréns.
Sem lugar, aqui ou lá, ou além.
Abriga toda forma, acolhe todo som.
Passando o presente num futuro
de qual evolução?
-meta teatro


No fio da espada

No fio da espada da vontade,
a lucidez jaz na força do corte,
ganhar vida, vencer morte,
e trazer boas sortes..
Nessa mão de luz
que à glória conduz..
Fazer-se humanidade
e em perenes verdades...
De amor, justa gratidão,
e no respeito sagrado
em toda humilde aceitação.
- meta teatro


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

do próprio provimento.


Horizonte ou fronteira, assim,
na mudança tudo é dharma,
tudo é carma, quando samsara é nirvana,
e nirvana é samsara e nem é nem não é..
mas, distinguem-se nas ações.
Semeiam mundos nos seus carregamentos
e descarregamentos e fazem e refazem
o movimento do próprio provimento.

. meta teatro


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

será que eu achei?

E será, que foi quando eu achei?
Que o caminho já estava formado
e então eu o caminhei? 
Que eu estaria enganado
e destino é demandado, 
e foi então que me enganei?
E que quando estava doente, 
assim me empesteei?
Que doía e demorava, 
e então eu compliquei?
E será, que eu achei?
Que estava apaixonado, 
e daí, vai que me apaixonei?
E quando o então foi optado, 
o agora, este agora, já estava
formado em qual o tempo de execução,
aonde sou, aonde fui ou aonde serei?
Será, que foi quando eu achei? 
Que compreensão, vêm pronta de dentro, 
ou vem como alento, e que sai dum além?
E será que foi quando, eu achei?
Que achar é chegar, a nenhum ou 
a algum lugar, aonde inventamos que
somos nós e que queremos ali estar?
Será, que foi eu que achei?

ralleirias - meta teatro


sábado, 16 de fevereiro de 2019

sub identidades

Verdade... capacidade de dar como
realidade um conjunto de vontades
empurradas pela causalidade
e executadas pelas posições
de conexões obrigatórias
destas corriqueiras personas
e suas sub identidades ?
E o que é que está acontecendo?
Não são aqueles mesmos enganos
que estamos sempre cometendo?
Será a linguagem, roupagem das
vontades que matizam os fatos?
Mas, nos atos de quais personagens?
ralleirias - das lutas de classe


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

os humanos enredos...

Vontade, dá solidificação ao mundo,

e a glória e ao medo, e ali, o tédio é um veneno,

e também guardião de um grande segredo...

do solilóquio ao colóquio

em prosopopeias inócuas

fazem-se todos

os humanos enredos...

meta teatro


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

eis que voltei...

Lá na ponte lógica
dos 'sincericídios'
há um vigia que cochila.
E tem portões enormes,
pra passarem também
os enormes apegos e
egos dos donos dos
sagrados lugares de fala...
Quando ele dorme
as identidades rasas
se jogam em pencas...
mas o que não aparece lá
nunca, são as dores escolhidas
pra gerar as identidades
que gostam de manterem- se
nas cercanias aonde acontecem
as sagas de medo e preguiça...
Fui lá um dia e me joguei...
Mas, como acho que não fui
realmente sincero, eis que voltei...
ralleirias- meta teatro


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Parece também

Parece também, que seguidamente
vamos nos complicando e  ferrando,
principalmente nas escolhas,  
pelas ingenuidades sobre intenções 
e sentimentos, 

e talvez isto seja bastante comum nas dinâmicas sociais 'atuais' ... 
mas, nada como o tempo, e ainda bem, pra nos revelar nossos
devaneios sobre as personas, pessoas...e sobre esse imaginário 
de felicidade, que está sujeito e  composto ou posto
sobre os movimentos de terceiros, 
e mundos alheios, que sempre são frágeis, 
nos seus encarcerados suprimentos 
possíveis de fantasiosas felicidades...

ralleirias - meta- teatro


precisamos conversar...

Ah! Sim, precisamos
conversar...
Falar com tempo...
para se conectar.
Sim, temos muito pra falar...
Aqui, o momento, juntos,
poderemos re-significar...
Pelos bons tempos do colher
e os meios hábeis do bem plantar...

Ah! Sim, precisamos
conversar...
Falar com amor
do que surgirá
e sobre quem não é quem
e do que irá ou não acabar
nas migrações dos sonhos
e sobre como nada,
alem do amor vivido,
restará...
Ah! Sim, precisamos
conversar...

ralleirias- meta teatro - fragmento


domingo, 3 de fevereiro de 2019

estão num acontecer...

O que podemos fazer
além de amar 'em ser'?
Compreender, esperar e saber?
Mesmo que mal e bem possam 'não haver'...
e talvez, apenas uma relação causal
está nos horizontes de
todas aquelas potencias
que ainda estão num acontecer...
Integra-se em agradecer.
Entregar-se ao merecer..? 

ralleirias - Metateatro