terça-feira, 26 de julho de 2022
merecimento
sexta-feira, 22 de julho de 2022
não querer não querer.
Flor da Lua lunar vermelha
Para sempre é muito tempo...
Por isso é no agora o melhor
momento, para amar e viver,
para lembrar e sentir e para
o humano ser e se permitir...
Isso, eu aprendi contigo, cabocla
amada, e também, que a vida só
é pra valer de verdade num existir
em completa integridade.
E já são sete semanas de saudades.
Reza uma antiga tradição, que o
Bardo ao renascimento para uma
nova existência acontece neste tempo.
Que sejam realizados teus mais
felizes sonhos de ressurgimento
em um mundo aonde as melhores
possibilidades do amor e da felicidade
e do encantamento com o que há de
mais belo na existência, simplesmente
e naturalmente te aconteçam amada.
Com carinho e muitas saudades, para
Évelyn, muy linda e amada, sagrada
Flor da Lua lunar vermelha. 10/07/2022
tão triste...
Amada, me dói tanto lembrar
que tu já morreu...
Que às vezes, eu nem acredito.
Inesperadamente nos aconteceu...
E eu tenho as mais lindas lembranças
guardadas as quais, por dor, até mesmo evito.
Ainda hoje, remotamente eu vi cenas
da comemoração de uma vida linda,
que foi tu quem concebeu...
Amor... sem ti, eu nem encontro mais eu...
E saber que tu já nem existe
faz tudo ficar sem nenhum sentido,
o meu mundo todo anda tão triste.
E é como se a vida nunca tivesse florescido.
E só nós, sabíamos mesmo dos nossos nós,
e assim seremos mutuamente esquecidos...
Na falta um do outro estaremos
irremediavelmente, eternamente tão sós.
E, sem nem futuro ou passado e presente
agora apagou-se a nossa história
para o mundo, definitivamente...
Para a muy linda e amada, sagrada Flor da Lua lunar vermelha.
quinta-feira, 14 de julho de 2022
Anjo bom
Anjo bom, te rogo, me abraça!
Ó Anjo bom, vem logo...
e dá-me tua divina graça!
Bendito anjo, tu sabes
quão bom eu tenho sido...
E em ser, sem forçar minhas
práticas, para que as tuas graças
eu tenha realmente merecido...
Me acode nas minhas desgraças
e me salva do que não me faz bem!
Ó bendito anjo divino, que do
céu de nosso senhor, vem!
Quero por tua divina luz
me imbuir em me salvar...
Livrai-me desta pesada cruz
que eu teimo em carregar!
Tão humilde te peço o meu bem
e tão grato eu o aceito, amém!
- Crônicas das asceses místicas
sexta-feira, 1 de julho de 2022
A eternidade está toda aqui.
E mesmo a memória mais fugaz
e ainda a mais complexa
sempre é encadeada sobre
um instante de cada vez.
Um narrador refaz sinteticamente
no agora, aquilo que alguém já fez.
O feito mais glorioso
e também o mais tenebroso
em algum momento
deixarão de existir.
Mas, contados nas sagas
um ou outro, um por um,
poderão então se repetir...
Assim qualquer verdade
palavra ou identidade
necessitam um portador
que as confira e das quais
então é o manifestador...
E traz elas à partir de um acervo
que sua auto expressão histórica
porta, desde um passado que lhe importa
e aonde as mede, e no qual lhes
confirma e as reafirma quando repete.
Mas sempre só no agora que lhe compete.
Ontem já foi, um amanhã nunca chegará.
A eternidade está toda aqui.
Seu instante, é tudo o que há.
- crônicas das asceses místicas
de passagem
E se os deuses me deram
a vantagem da escolha
é pra lograr novos caminhos
e saberes, sejam quais forem
as coisas que eu colha...
E é que, nem sou daqui, mas...
estou de passagem.
E também, eu nem sou assim,
mas vou como estou, nesta
minha roupagem...
e então, entre acertos e erros
seja como rei ou como pajem,
eu sigo munido de fé,
um caminho de boa vontade...
até o fim da minha viagem.
- meta teatro
me fala
Parece que
me fala o fogo
sobre um amplo queimar
assim, me fala a água
sobre como é o perseverar
então me fala o vento
entre tantas coisas
sobre espaço a alento
daí, me fala a terra
que resiste e
tudo encerra
também o éter me fala
da vontade
e também me cala
e me fala
o espaço
como permanente
verdade
e o silêncio
parece me falar
como um senhor
que todos
esses possíveis
momentos está a
coordenar
meta teatro
Ainda não parou
é o esperado...
é teu
na possibilidade
Acreditar na possibilidade
da real felicidade. Daí,
desejar-se ajustado, na
própria forjada identidade.
Querer ao mundo pertencer,
e no próprio ser, imaginado,
assim, se reconhecer.
E então, dispor-se a criar e a
fabricar a tal da própria realidade.
E esperar que o mundo constitua-se
assim, em insólitas verdades...
Tal obra, de tamanha envergadura
funda-se desta maneira em frágeis
subjetividades, e quando não,
na loucura...
- meta teatro
fazer as pazes
Eu quero fazer as pazes
com a vida, sim...
E recuperar o amor e
a alegria, esquecidas... enfim.
E cantar, sorrir e dançar
de felicidade, por mim...
Quero de novo
a possibilidade,
de poder viver
de verdade,
como um bom
projeto de gente
ser alegre e
ser contente
e espirituoso
e sorridente...
Aguardo pomposamente.
Anseio credulamente
Sim... eu quero,
ao menos é o
que eu espero,
solenemente...
- crônicas das lutas de classe
o meu delírio
Sou eu... o meu delírio.
Fina flor... única, como
um raro lírio... De forma
aroma e cores tão diferentes
que aos outros, pois assim,
nem então são pertinentes...
Sim, e sou enfim eu o raro lírio
flor tão natural, única e pura...
flor do ser que é mesmo
tão livre, quanto a loucura
deseja ser...em delírio.
- meta teatro
fosse o tempo algo meu
as noites de São João
Eu lembro, fizemos uma fogueirinha,
pequenininha lá no teu chão...
e tinha pipoca, não tinha batata,
mas tinha quentão...
também tinha carinho
e muita alegria na conversação
e a tal fogueirinha tão pequeninha
foi a nossa melhor festa
de todas as noites de São João...
- meta teatro