terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Em nossos caminhos, cada segundo conta...

Em nossos caminhos, cada segundo conta...
Pois é mais uma chance, e é sempre grande
qualquer nova oportunidade para acertar.
Cada instante nesta caminhada para o qual dizemos sim,
pode ser a opção correta, que contém o poder para a redenção,
para a glória, o potencial de domínio sobre si próprio e
de boa influência sobre o todo que nos cerca.
E a lucidez, que parece estar sempre acima e além da mente,
pode então nos atingir como um clarão de luz, que assim,
legitimará o ente perpétuo, multiciente e infinito na atitude.
Em não mais que um instante, não mais que um segundo,
onde esta ligação se estabelecerá e trará à tona, o fluxo do eterno,
a libertação de todas as amarras, o descomplicar, a dissolução...
E a própria redenção...
Que possamos sempre fazer Boas e Sábias Escolhas,
e que estas, nos tragam também a epifania  e o vislumbre
de nossos caminhos legítimos, entre as realizações desejadas!
E a felicidade, seja sempre fácil e constante para todos,
e que possamos seguir sempre solidariamente juntos
nestas nossas utopias 'caminhadas'...
ralleirias (das lutas de classe)


segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

...mas que sacana esse maldito tempo...

60 segundos, 60 minutos, 24 horas (2 + 4 = 6)
6 6 6 esse tempo é um capeta
que nos hipnotiza com suas 'tretas'.
O tempo é o próprio diabo...
quer colocar um foguete em nossos rabos.
E não há como vence-lo... nem com todas as lutas...
mas que sacana esse maldito tempo... tremendo filho da puta...
ralleirias


implicados com toda a complexidade desta existência

Que importa o quanto pensamos estar implicados com toda a
complexidade desta existência, numa sociedade, que por vezes,
parece ter sido arquitetada pelos piores canalhas e sádicos...
Nossas complicadas e dedicadas performances,
ainda estarão condicionadas pelas nossas naturezas...
E sim, repousa nas exigências de nossas necessidades mais básicas,
quem sabe, a esperança e a certeza de nossa verdadeira humanidade...
ralleirias

Vamos embora no enquanto, que daí, este não fabrica tempo.

Vamos embora no enquanto, que daí, este não fabrica tempo.
Aproveitemos a falta daquele momento, assim impossível,
que seria o tal de porvir...
Mas, contudo, eis que deste jeito,
é melhor ficar no sempre, este em que se pode partir.
Veja bem...  mesmo não havendo descontentamento
ainda que, se não há motivo pra fazer graça,
pois este é realmente o momento ideal, onde se deve rir...
E é melhor saber que sempre é tarde... para se desistir.
Sim, o tempo acontece... nada não passa,
e tudo num continuo prosseguir.
E... então, se compreendeu isto agora...
Uma nova realidade, seu mundo acabou de parir.
ralleirias


domingo, 29 de dezembro de 2013

E então... Felicidade, pode se ter com simplicidade...

E então... Felicidade, pode se ter com simplicidade...
Mas só para quem tem esta coragem de transcender a simples emoção.
Tem claro, um quê de sentimento com muita intensidade ...
Mas é surpreendentemente, muito mais por opção.
E é arte, quando se faz mesmo das escolhas erradas, não um descarte...
Mas também um meio de chegar até a própria realização.
ralleirias


sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Saudade é uma invenção.

Saudade é uma invenção.
Pode ser, que ela seja apenas 
uma das máscaras, da própria insatisfação.
Saudade é um buraco, 
por onde se esvai o nosso tempo,
transformando a existência, 
num limbo dos descontentamentos.
Saudade tem que ser breve,
pois na saudade,
é como se a vida e o agora 
estivessem em greve...
ralleirias - Das mortes não morridas


Seria bom...

Se fosse o fim de tudo que não nos serve, seria bom...
Mas seria bom, se tudo o que não se presta à nossa satisfação
também não nos transformasse, assim como acontece com o metal em fundição.
E seria bom, se a semente de todo o mal
que nem é dura como o metal
mas sim, adaptável como um buçal
não se enraizasse e fundisse com nossa imaginação,
acabando por confundir-nos sobre as coisas que
desejamos ou precisamos... ou não.
Assim como todos os devaneios de pífia satisfação.
Seria bom, se mesmo tudo o que não nos presta,
não fosse, talvez a força que nos resta.
para nossa salvadora transformação...
ralleirias


outras escolhas...

Uma escolha pode ser determinada...
pelas expectativas das suas consequências.
Uma escolha é portanto uma geradora de causas.
Uma escolha pode ser uma fuga,
pra dentro de outro cárcere antes impensado.
Uma escolha pode vir a ser à sua pena.
Uma escolha, envolve a temporalidade
do que é bom ou ruim, do quando e porquê
e certo e errado...
Mas somente até quando tudo isto seja mudado
por outras escolhas...
Independentemente de tudo o que vier depois,
Fazer as suas escolhas, apenas com a sua mente
sempre vale a pena..
E isto, justamente... pelo seu potencial de semente.
ralleirias -das lutas de classe




O que realmente é 'nosso'?

Só não se perde, aquilo que se dá... 
Como também, a posse daquilo que não se tem...
Me parece que a posse é sempre efêmera assim
como entidade e o mundo circunstancial e estas
todas identidades também...
Há um acervo da vida e da natureza,
o qual somos quem sabe, meramente curadores....
Então, que importa a posse?
Este desejo revela medo ou amor?
Melhor talvez seja, que incorporemos
esta vontade de cuidar como auto existência...
Seria o desejo, uma mera sombra da capacidade
enorme de 'aplicar' o amor à tudo..?
ralleirias

Imagem: tapejara o último guasca
Amar, amar, amar...
é como um mar,
imenso para navegar...
Onde às vezes, não há velas,
noutras, não há vento...
Daí ... só nos resta remar,
e quando virar o tempo,
então, aproveitar a preamar...
e momento após momento
amar, amar e amar...
ralleirias


'Assuma a responsabilidade por suas escolhas'...

'Assuma a responsabilidade por suas escolhas'...

Rabiscado em uma folha,
no meio do caminho, encontrei.

E as não escolhas, também.
Foi o que de pronto pensei...

Maldita causalidade,
que matreira se esconde...

Como se não fosse a construtora
de boa parte da realidade...

E eis que provavelmente
somente a consciência é redentora.

Mas que porra de responsabilidade!

E essa folha..
É uma manifestação causal
ou é casualidade?
ralleirias


Não quero

Não quero que movas, céus e terras...
Nem que haja sofrimento na tua busca, por um amor...
E que atravesses todas às eras...
E que venças lutas,disputas... não, nem dor...
Quero que seja fácil e confortável sempre, esta opção de amar...
Que não sejam odisseias e ainda, sem que de nada abdiquemos...
Apenas floresça e cresça ...e o amor, aconteça... em admiração e tesão...
Isto, para que o maior tempo possível, juntos fiquemos nesta emoção...
E sempre apenas por amor, nunca por obrigação...
Simplesmente, respeitemos nossos corações...
Pois bem sei, que não é simples, nem mesmo amar é uma opção,
Quando estamos rendidos pela paixão...
ralleirias



quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

um pouco se inventa

O que sai e o que entra, na sua imaginação,
é apenas percepção...
ou têm sempre uma permissão
do que antes lhe contenta?
O que é verdadeiro, o válido,
quem é que lhe apresenta?
A realidade, já antes, foi conclusão...
Ou também na hora, um pouco se inventa?
ralleirias

Fazer o bem, não fazer o mal e controlar a própria mente....

Poderíamos iniciar uma grande mudança, adotando três posturas básicas:
Fazer o bem, não fazer o mal e controlar a própria mente....
E claro que é infinitamente mais fácil pensar e falar do que agir.
Talvez porque o mundo seja tão confuso e violento em tantas dimensões.
Porém a prática fica mais fácil, na medida que descobrimos caminhos, pelos 
quais desvendamos a compaixão possível em relação a cada agente externo a nós.
Fica mais fácil, quando compreendemos, que parte daquilo que os outros seres 
e coisas 'são', é por atribuição dada pela nossa mente e nossa compreensão. 
E fica mais tranquilo, quando percebemos que a maior parte de nossos conflitos, 
são consequências de nossas próprias decisões em algum momento.
Compreensivamente, não fazer o mal, já é fazer o bem.
Controlar os próprios pensamentos, requer primeiro compreender que 
a maior parte do que pensamos originalmente não é nossa criação, 
mas sim de nossas culturas, expectativas, ansiedade, e mesmo de nossos devaneios.
Então, quando silenciamos nossa mente, aos poucos percebemos que não somos
exatamente quem pensamos ser...e todos os atributos deste ser quase fictício e 
de forma multidimensional condicionado, passam à ser não tão relevantes...
Mas daí, as ações deste ente, agora então desperto, podem ter sim, grande valor
para si próprio e portanto, para todo o seu meio...
ralleirias- Das ações, dos valores e dos mercados (fragmento)


quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

se dissolverá.

E esse tempo,
que parece eterno,
passará...
Posto que nada também é pra já...
mesmo o inferno
do amor eterno
se dissolverá.
Eu disse amor?
Referia-me a dor...
E num futuro distante,
ao voltar por instantes,
ao teu triste passado...
não me recordarás...
Pois embora, eu caminhasse contigo,
tu não estavas junto comigo...
E simplesmente, um 'Nós'
não haverá...
ralleirias


terça-feira, 24 de dezembro de 2013

... em reticências.

Me parece, que todos os ideais impostos por uma noção de eu,
que é essencialmente fugidia, estão fadados à falência...
Mas daí, da tristeza, vamos ao potencial de redenção,
movidos pela certeza de uma busca nova...
que se faz por si só, e como emergência!
E ainda que, mesmo com bases em idealizações...
Pois decerto, quando cumprido um ideal,
por fim, o veremos falho... e não nas realizações,
mas, na comparação dos gabaritos impostos
pelos seus eu's' transitórios...
Eis que então, surge um novo eu,
novas glórias, novas buscas e tenências...
Mas é sempre este 'eu'... em reticências.
ralleirias


Há tempos... tempos múltiplos, tempos paralelos...

Não haveria retrospectiva
num lugar sem tempo?

Do próprio espaço
onde ocorre a existência, emerge
em cada minuto,
talvez
apenas a insistência
na vontade deste existir.

Pois, há tempos...
tempos múltiplos,
tempos paralelos,

paradoxos de compreensão do nada.

O tempo é ... ou poderia ser,
uma noção errada
da multiplicidade do existir?

Ou o tempo
é uma realidade alternativa
em que
na medida que nela mergulhamos
não percebemos
que estamos a lhe construir?

O meu tempo
parece
que transpassa meus movimentos,

como uma agulha
que os costura
com o meu sentir.

Pode ser
que nesta
ciclicidade vaga,
o tempo
seja como uma draga,

removendo a sedimentação
da nossa superficial impressão,
sempre num novo porvir...
ralleirias

Não é caos, que agita o mundo ...

Explicado...
Não é caos que agita o mundo e a sociedade,
mas sim, a previsibilidade...
Tantos combatentes a guerra e o belicismo
já perderam para o desejo (e mesmo o de amor...).
No entanto, ainda assim,
foram apenas pequenas batalhas.
O desejo é uma força, que quando 
não entendido e atendido... é fúria.
O ímpeto da guerra, talvez, seja 
o tesão dos sádicos e masoquistas,
manipulado pelos fascistas...
- Das lutas de classe







Na boca do inferno

Na boca do inferno,
cheguei de terno
e sapato italiano...
Elegantemente eu corria até ela...
todos os dias, todo ano.

Na boca do inferno, eu fui estiloso,
com o meu carro moderno
Demônio garboso...

Na primavera, verão,
outono e inverno...

Pra boca do inferno,
aonde fui engolido...
Pensei ser o 'mocinho'...
E eu era o bandido...

Mas daí, cuidados eu tomei e...
E até que melhorei...

A boca do inferno
então me cuspiu.
Pois minha ganância,
com toda ânsia,
agora eu sei...
foi esta a puta
quem a pariu...
ralleirias



Pode ser a loucura uma licença...

Pode ser a loucura uma licença...
Parece, poderia...
Quem sabe é?
A alienação relativa que ela proporciona, liberta.
O "quê" de liberdade que ela possui, encanta.
Nada mais, que mais uma prisão, fora da prisão...
A lucidez é a gravidez de uma nova verdade?
Então a loucura é um parto...
Ela, talvez seja a vida, desconstruindo a realidade.
ralleirias (das lutas de classe)


Nenhum momento no espaço está vago.

Nenhum momento no espaço está vago.
Mundos se formam entre baforadas e tragos...
Desfechos impossíveis de glória e vingança...
Desdobramentos desejados,
Amores, afagos, mágoas, lembranças.
E por vezes... voa tão baixo a razão
pra quem sabe, resgatar destes infernos,
a própria mente e coração...
ralleirias






Num mundo indefinido...

Num mundo indefinido...
Nada faz real sentido...
Mas sendo assim, tudo é um meio...
Nada é definitivamente bonito.
Nada é completamente feio.
Então.. não fique tão aflito.
Pois tudo é quase um devaneio...
Eis que à partir do nada,
o 'tudo' expressa-se neste meio.
ralleirias

Tantas fragilidades invadem nossas existências ...

Tantas fragilidades invadem nossas existências ...
Como parasitas nos corroendo...
Desejos e devaneios, aparentemente tão loucos,
mas objetivamente, com experiências de potencial e intensidade tão rasas...
O que se apresenta como imprescindível, amanhã se revelará como desnecessário...
Quando não, estúpido!
ralleirias


Das singularidades

Um despertar que antes fora amargo, aos poucos transformou-se em libertador.
Diluídas as dores, o saber ficou cada vez mais simples e mais amplo...
A intelectualização, dispensou a verborragia e passou a abarcar os 'entãos', pelo óbvio.
E a felicidade, também revelou-se, ocupando espaços, apenas como invenção.
Sim e não, inexistem e existem ... e nem não inexistem, nem não existem...
Qual entre tantos fenômenos é a realidade? ...
A resposta 'pode' ser:
Aquele que, o que você pensa ser 'você', escolher...
Ralleirias- 'Das' singularidades...- fragmento.


em círculos


...Tenho a impressão, que estou andando em círculos, e
repetindo infinitamente a mesma existência...
Não é a primeira vez que venho parar neste deserto
 super povoado de todo tipo de intenções...
Tão inóspito me parece... tão vazio de sentido... e ...
...Tenho a impressão, que estou andando em círculos, e
repetindo infinitamente a mesma existência...

ralleirias






Demônios prováveis em universos particulares existem...

Demônios  são prováveis...
Eles  existem em universos particulares...
Com uma ressalva... (pois os vemos à solta)
Embora todos habitem,  apenas nos
infernos portáteis de cada um, eventualmente,
alguns destes entes, 'vazam' ao exterior...
Saem pelas bocas dos seus proprietários...
ralleirias



Seu demônio esperto...

Enganam-se os que pensam que eles tem chifres e rabo...
Vivendo em meio aos medos, ódios e desejos descontrolados,
seguem assim, como se estivessem ao seu lado...
Agora mesmo, há um bem perto de você.
Como evitar, e o que há para se fazer?
Olhe lá, no espelho mais próximo, irá compreender...
E o que ele quer, você pode ver...
Ele deseja, e precisa que deixe-o florescer...
Seu demônio esperto...
Você nem ficou boquiaberto...
Seu demônio... Sim...
É você...
ralleirias


só uma opinião...

Causa e consequência, são elos, mas não são inquebrantáveis.
Antes de mais nada, há vacuidade em tudo...
Pois embora, absolutamente cada ato realizado por um ente humano
esteja permeado por vontades, medos, desejos, compreensão e
determinação entre outras coisas...
O fato de darmos nascimento para novas situações,
é sempre uma escolha nossa...
e a continuidade dos nossos dramas também....
Me parece que o mais importante, é considerar e valorizar nossa
humanidade e a de nossos semelhantes,
e isto, implica em perdão, compreensão...
e como entes racionais, em planejamento também, sobre as nossas paixões...
mas claro, isto... é só uma opinião...
ralleirias



O tempo cada vez mais curto...

O tempo, cada vez mais curto...
Me assombra a possibilidade de outra vez ter sido em vão...
Tudo e todos os atos se esvaem.
Nada restará, nada perdurará.
A significância limitada de mim, para mim e por mim,
comigo chegará ao fim.
Estas glórias pífias...
Essas vitórias dolorosas e inúteis...
As derrotas de todos os que venci, me doem mais do que as minhas...
E o tempo, só é infinito porquê não existe.
O espaço é como a posição do ponto em uma linha...
relativamente irrelevante... e essencial.
E no final das contas, toda sabedoria comporta-se
como um desdobramento da estupidez e
torna-se igualmente insignificante...
Essa maldita eternidade...
é como um novo ponto de chegada e de partida à cada instante...
Multiplomultiversomutanterrante...
ralleirias



para sempre minha.

Amaldiçoada...
Meu marco da dor encravada...
faz minha realidade ofuscada, por tanta ira...
Nas entranhas de teu penar pesado, eterno, e vago...
Melhor seria o lago do inferno...
Bem conheço tua miséria...
que agora é minha, e para sempre minha.
Apenas eu sei, de tuas nefastas, enganadoras cascas...
Dissolvi teus cortejos negros...
Resolvi teus desterros....
e então, preso fiquei aqui...
Imagem de coração tatuada, como um enterro
Liberei todas as almas que atormentaste...
pois apenas eu, queria seguir preso... por ti...
Maldita que nunca esqueci... maldita.
Maldita também, esta minha alma aflita,
que entreguei sem saber, para sempre... para ti...
Amaldiçoada e maldita...
Maldita que nunca esqueci...
..................
ralleirias- o rabo do diabo - fragmento.


um dom de construção

Humano, demasiado humano, diria Nietzsche...
Mas, o que me parece, é que a expressão pessoal
também é um dom de construção.
Nós, construímos nosso mundo, empoderando nossas razões...
Em cada termo, em cada palavra, na formatação de nossas
lógicas particulares...
Estas mesmas, que virão à ser fragmentos da realidade coletiva.
Somos nós e nossas idiossincrasias que construímos toda a vida.
E, é possível que nossa humanidade só acrescente pontos
positivos à realidade... como diria um amigo meu...
"sigam tranquilos velhos camaradas, que não se passa nada!"...
ralleirias


Há monstros em todos nós.

Há monstros em todos nós.
E são capazes de atrocidades absolutamente terríveis.
São bestas, piores que o mais baixo e vil ente poderia ser...
Eles permanecem silenciosamente imóveis em nós,
apenas esperando uma oportunidade de tomarem as ações...
E então aberto um precedente, nos encolherão
e inverterão nossos papéis,
e assumirão assim o controle de nossa humanidade,
restringindo-a à uma posição de importância secundária...
E nos tornarão reféns do nosso próprio medo,
mas, muito mais, de nossa preguiça...
ralleirias


Da mesma arte.

Somos
todos
um
todo
em
partes
E cada
um
traz
e faz
sua arte
E a arte feita
e mostrada,
é a arte aceita
e incorporada...
Somos todos parte 
da mesma arte.
ralleirias -Metateatro



Ninguém mais poderia e conseguiria...

Somente o teu ser, entre todos
guarda este poder ...
dentre estes bilhões de entes,
sobre esta terra,
ninguém mais poderia e conseguiria...
após estas tantas eras
e os milhares de anos passados,
dada a geração do universo,
e todos os eventos cósmicos...
a formação deste planeta
e constituição destes povos,
destas culturas...
Em tua voz, nesse teu olhar
tua força e teus gestos...
estes tão esperados gestos...
revestidos de uma aura sagrada
de culminação e realização...
...contém esta enorme dádiva
que libertará e permitirá
afloramentos únicos...
É tal como o qual,
nunca houve até então...
Pois deixa que o melhor
que colheste do todo
e que é o teu cerne,
e em ti concebeste preciosamente...
Permita que esta singularidade
se manifeste entre todos nós,
continuamente,
enquanto estiveres conosco,
como, o nosso presente...
e que hajam ecos desdobrados
desta perfeição inaugurados,
em cada segundo
um novo sempre
um novo mundo...
...e no então, haja de mim, sempre o melhor de ti...
Ralleirias


sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Ainda, às vezes me surpreendo...

Ainda, às vezes me surpreendo
perambulando num deserto...
essa minha assombrada alma
sedenta, nesta árida paisagem,
torce por encontrar
o amor ainda intacto...
nem percebe, que isso
agora é uma miragem...
vagueia como vento incerto,
inquieto, em altos e baixos
em torno e em volta
sem fazer contato...

...os nossos ecos ela caça...
e em devaneios, nos imagina
aqueles de outrora juntos:
pele, boca molhada,
olhos nos olhos,
enquanto te abraça...

...há tanto que não te vejo...
o meu tudo, que já foi o teu beijo
agora, é lembrança amarga...
o que nos aconteceu?...
quando foi que a beleza,
que sustentava o nosso amor
pereceu...
e virou uma carga?

E como tudo isso, foi parar
neste lugar errado...
neste terrível inferno,
onde somos fantasmas
que juraram amor eterno...
Ralleirias

em cada letra...

A palavra, 
não é mais
nem menos.

Não encerra 
definitivamente
o seu próprio conteúdo,
e ainda assim,
uma palavra nunca mente.

É portadora volátil de um significado,
que é um passageiro,
há com ele,
uma certeza efêmera...

E esta, no decorrer dos dias e noites,
do clima, da temporada, do gosto e
da moda, se dilui, se deforma,
se arranja e se reorganiza...

E ainda que transmitida
de uma mente à outra mente,
rapidamente e contraditoriamente
de forma permanente...

Mesmo portando conteúdos atávicos,
dogmáticos, aparentes...

A palavra 
não sai impune 
das mentes 
que à absorvem...

Ao permear o ente, este à possui,
e ao desferi-la, à transforma,
contorce e deforma,
adaptando-a 
à cada ouvido,
com novos sons,
conteúdo e sentido,
matando-a
e ao mesmo tempo
mantendo-a viva
em sua mente.

A palavra
tem poder 
de borboleta,
em cada letra...

ralleirias

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

O caos é causa.

O caos é causa.
Mantém, cria, desfaz.
Nexo, vazio e mais...
Energia da forma...
Potencial intrínseco...
Despertar...
Meu caos é causa.
Meu vazio é despertar.
Minha forma é o vazio.
Minha energia é o potencial.
Meu despertar é intrínseco...
Cria, mantém, desfaz ... e refaz.
ralleirias


quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Infinito o desejar...

Infinito o desejar...
Mesmo quando enseja,  
não carências,  
quiçá aspirações...
Mas definida está a essência?
E o que de verdade há por lá?
Concupiscências à relevar...

O que é puro?
O mar? O ar? O ser?
Nadar? Respirar? Viver?
Tão obscuro pode ser o querer...
Tão soturno é o ter?

O tempo que murcha e come tua carne.
O medo que toma teu cerne.
Todos, em instâncias diferentes...

E estamos crentes de que não somos 
tal como os vermes...
Não queres ter que... apenas ser?
Não queres ser ? isso, não é apenas ter?
Tenha tempo e coragem... 
pois a vida,  é viajem.

Pegue cada caco do mundo,
carregue-os neste sonho profundo
em que tudo... tudo é descarte,

Mas... converta estas fontes ambíguas
da cultura do lixo,  para um legado de arte...

E nas tuas dignas mortes
em cada 'uma' dimensão...
deixarás um legado de sorte...
Catalisando então um novo norte
para mundos em transformação.

ralleirias - crônicas das lutas de classe



domingo, 1 de dezembro de 2013

somente por agora

Estou de posse de teu ser,
somente por agora,
somente por hoje.

Tu, que embora sejas amálgama
do antes, durante e depois,
de essência volátil...
é como vapor na tempestade.
E em existências múltiplas devaneias,
com ânsias de liberdades últimas.

Não percebes, que no dia destas vidas,
o fim costuma ser para à tarde,
não há noite... nem haverá ceia.

E que tua essência, não tem identidade,
e a pura liberdade te permeia.

Então,  quando acordo, resolvo:
Uma vez desperto, te dissolvo...
(Eu quem?)
ralleirias


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

tua humanidade

E isto, por trás da matéria?

O que há neste teu olhar?

Quem é o ser que ai existe?

O que busca em todo o lugar?

Ser feliz ou triste...apenas rir ou chorar?

Mesmo quando o mundo, em complicar insiste... e torna difícil o teu trafegar...

Floresce assim tua humanidade... entre as tão passageiras mentiras e verdades...

e talvez, não exista algo tal como um caminho... mas sim apenas, o caminhar.
Ralleirias


Arte:  Minjae Lee

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Joga teu jogo... e só!

Joga teu jogo... e só!
não brinca com fogo...
ou transformará teus laços em nó.
Mas, apenas procura manter esta destreza,
de quem conhece a própria natureza...
Afinal, tuas interações não podem derivar subtrações...
Nem das tuas verdades, e tampouco dos sonhos alheios...
Guarda pra ti, o que supõe serem boas intenções...
as pessoas, têm seus próprios infernos,
e esses, mesmo quando muito modernos,
ainda, das profusas boas intenções, estão cheios...
Ralleirias - Do Rabo do Diabo - Fragmento


Artist: Jonathan Bartlett

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

heróis improváveis

Estes demônios, que me serviram sem o perceber.
Assim, como outros o fizeram durante muito tempo...
Pastores malandros, policiais corruptos, políticos ladrões, amigos falsos, namoradas traidoras, professores desinteressados, chefes exploradores, e toda a sorte de filhos da puta em geral...
Arderam em seus infernos particulares, aquecendo meu caldeirão, me dissolvendo até os últimos ossos...
E eles, como heróis improváveis, impensáveis... eles me libertaram deste inferno, o qual compartilhamos por eras, ...até que derretido, consumido e exausto, entendi que os seus velhos, batidos, diabólicos truques...
me tornaram imune...
Agora, eles representam apenas caricaturas dos seus próprios devaneios, tal qual eu também fui...
E então... liberto, sou nada, e o nada, é todo livre..!
Ralleirias



fala alto...

Meus medos, dependem também da intensidade dos meus desejos.
Minha indiferença, alimenta o desumano que integra a coletividade.
Minha desistência em relação aos outros,  fala alto...
Sobre as desistências que houveram em relação à mim...
Inevitavelmente, sou eu, o meu principio, meio e fim.
Ralleirias  (29/09/13)





O contraponto me faz vivo.

O contraponto me faz vivo.
Não fosse tua negação, eu não existiria...
Paradoxo surgido no teu medo,
Sem ele, o que eu seria?
Parto de tua imaginação...
que me cede um lugar... e me cria.
Um universo inteiro... para minha alegria...
Então nos teus recônditos comportamentos,
sou de todo, pura expressão de teus mais vis pensamentos...
Me negue, me odeie, me tema...
e me ame... eu sou apenas teu...
e tu, és meu único e delicioso problema...
ralleirias

Krampus!

terça-feira, 19 de novembro de 2013

um paradoxo

Algumas fotos, podem ser como uma espécie de túnel do tempo
e fazem acontecer algo, como um salto quântico na percepção...
Mudam conforme os dias passam, são um paradoxo,
pois na imagem, jaz congelado um só instante...
É possível perceber estas alterações em significâncias e sentidos,
quando olhamos uma foto de alguém que não amamos mais...
Lembrar o que esta imagem significava...
E perceber o que significa agora...
Então, talvez todo um mudo do passado,
poderá ruir neste exato instante...
E talvez, mesmo o mundo agora, passe a ser tão novo...
Que nada, nunca mais será como antes....
ralleirias


Lucido, procure uma visão clara, sobre como chegou aonde está.

Agora, desperte.
Lucido, procure uma visão clara,
sobre como chegou aonde está.

Perceba que tudo em sua volta
possui significado e valor...

Mas, que todos são em grande parte,
atribuídos por sua mente, por suas crenças.

Então, liberte-se da responsabilidade
de empoderar o que atrapalha a sua paz.

Permita-se abandonar, aquela parte
de sua complexa identidade, que não foi
criada legitimamente por seus pensamentos,
e que foi estruturada, por desejos alheios aos
seus interesses...

Não dê peso e valor para às coisas ruins,
enquanto resultados de enganos...
Extraia delas, esta clara vontade de alterar a forma
de gerar novas causas, e então, colher boas consequências...

Observe, que mesmo a sua linguagem e seus pensamentos,
podem limitar sua existência.
Faça de seu silêncio, seu templo de expressão do estado
desperto no agora, e no sempre.
e realmente assim, transcendentes...
ralleirias



"Se você quiser conhecer sua vida passada, olhe para sua vida presente. 
 Se você quiser conhecer sua vida futura, olhe para sua vida presente."
Padmasambhava

terça-feira, 12 de novembro de 2013

algo de ingênuo...

A imaginação sobre o inferno, tem algo de ingênuo...
Há infernos piores do que o do imaginário popular,
aquele... é quase burlesco.
Eles estão nos shopping centers, nas fábricas, nos hospitais,
nas escolas, e nas nossas doces residências...
E neles, as dores e penas, não são aplicadas por um agente externo...
ou por demônios hediondos e terríveis...
Na verdade, elas são quase que voluntárias e auto-infligidas.
Nossos infernos, são nossas criações exclusivas...
E as vezes, derramam-se e espalham-se por onde circulamos...
Somos o próprio inferno portátil.
Senhores dos nossos submundos, sentados em nossos tronos,
nós os vemos como legítimos paraísos...
Ralleirias - Do Rabo do Diabo- fragmento




segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Num sonho do enquanto consome-se o tempo...

Num sonho do enquanto
consome-se o tempo,
e dele, todo o seu tanto...
Este limbo, se consagrado 
ao lamento...
consome o tempo,
e dele, todo o encanto...
Um sonho ou tormento?
Decida num momento,
ou restará o pranto...
Do tempo que não foi tempo...
do agora, que se foi no enquanto,
da vida essa, que virou tormento,
do sentimento, que tornou-se pranto...
ralleirias -meta teatro



Outra vez...

Outra vez estou aqui...
Ente, caminhando nesta terra... sobrevivente.
Em busca das mesmas coisas... novamente.
Sonhando com o passado e o futuro... e esquecendo o presente...
Aos caprichos do amor e do medo... perdido, entre suas razões e segredos.
ralleirias





além de um ato da vontade

O querer acreditar, vai além de um ato da vontade.
Requer a responsabilidade de sobrepor-se aos próprios medos...
E necessita respeito, por suas peculiares verdades ...
E às vezes, mais que o fôlego para recomeçar... ao não obter acertos...
Pois eis que então, quando o cedo é tarde, e ainda, quando o tarde é cedo...
mesmo a fé, se transformará em um lenitivo de covardes...
Dos que não tem esta coragem, de desmontar dos seus pífios desejos...
ralleirias




Propriedade privada... já diz tudo certo?


Propriedade privada... já diz tudo certo?
Talvez seja também, privada da inteligência, privada do bom senso, privada da verdade...
Os caminhos do dinheiro, passam quase sempre pelas mentes embotadas, e pelo sonho do privilégio e da meritocracia ensaiada, mas não exercida... numa sociedade que está em negação quanto ao próprio caos de sua civilização... isto parece exagero?
Deixe  eu lhe mostrar ... vá lá, até a sua grade mais próxima, agarre-a firme e dê uma boa sacudida ....
Agora, e então... me diga, quem está preso por quem?
Estamos privados da vida de verdade, e este mundo em que vivemos... é mesmo então, o mundo da liberdade?
ralleirias